A chuva...(no silêncio da madrugada)

Assim desarrumei o tempo
Coei cada pedacinho de silêncio esmaltando
A delicadeza do ser rolando ladeira abaixo,
Fazendo deste verso a proeza da esperança retida
Numa pletórica palavra desaguando com tanta gentileza

Trepida o silêncio pela madrugada
Atropela cada sonho que se pavoneia  à chuva
Redigindo a saudade reclamada, perdida
Entre o travesseiro do tempo se despedindo
Numa hora tão derradeira

Sinto a solidão cremar meus pensamentos
Onde as ventanias se soltam alarmadas, imoladas
Por uma despedida de chuviscos vincada em memórias
Aleatórias beirando uma insanidade quase retórica

A noite por fim adormece no marasmo das lágrimas
Humedecidas em tantos desalentos, deixando um hino de louvor
À luz que se resguarda entre os densos lamentos esquecidos no
Vazio do tempo escoltando uma apneia de devaneios tão coagidos

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3668337?profile=original

  • 3668281?profile=original

  • Tempos que se traduzem cada vez mais seus encantos em diversidades, serenos que vem das nuvens molhando os nossos sentidos, onde as palavras são regadas pela plena sabedoria

  • Aplausos belíssimo ameiiiii poeta
  • 3668024?profile=original

  • Parabéns, poeta amigo, poema lindo, passei para deleitar-me... Abraços, paz e Luz!!!

  • Cumprimentos pela sua composição, plena de inspirações!

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