Rasga-se o tempo surreal
Desperdício de palavras coreografadas
Habitando o hospício dos delírios joviais
Onde inscrevo no papiro das memórias
Os rebuliços dos desejos sob pena capital
En(canta-me) e decora este excitado verso
Esboço infecto onde se consomem as ânsias
Estrebuchando num silêncio esquecido e disperso
Irreparável loucura penitente que disseca cada
Lembrança que se esboroa nesta sinestesia quase perversa
Recolho réstias daquela brisa imperceptível
Inflamando o ledo perfume que se esgueira
Traiçoeiro, anónimo cobrindo o lambrim da noite
Numa apostasia de prazeres a conspirar
Na trigonometria dos teoremas e axiomas matemáticos
Vislumbro nesta equação o seno dos ângulos da vida festejando
A soma dos quadrados da hipotenusa onde o bailado dos catetos
Veste a agrimensura saltitante e plangente de um sonho
Topográfico…desejo axiomático, calculado à tangente
De um beijo predador e telepático
Frederico de Castro
Comentários
Um magnifico poema que exala os mais belos sentimentos
Grato JCarlos, pelos seus sempre estimas comentários
Abraço fraterno
FC
Em seu especial e belíssimo ambiente literário. Banho-me nas águas do seu santuário!
Bem haja Sam
Votos de dia feliz
FC
O prazer é todo meu Maria recebê-la em
minha página de poesia
Bem hajas e um abraço desde Lisboa
FC
Encantada com tanta beleza! Aplausos! Bjs
Grato fico com sua gentil mensagem
Votos de dia feliz
FC
Parabéns, poeta amigo, poema matematicamente lindo... Passei para deleitar-me na beleza de seus versos... Abraços, paz e Luz!!!