No rigor da solidão

Deitado ao colo do vento soergue-se o mar
Onde mergulho em suas maresias mais penetrantes
Deixo o tempo sossegadamente amarar num carinho
Empoleirado no trono de muitos silêncios radiantes

A esperança exonerou-se das horas que se defenestram
Pelas janelas dos sonhos mais vertiginosos
Deixavam escorrer suas brisas encavalitadas num eco
Perfumado, soltando suspiros enamorados…quase incinerados

E nisto sorria o vento dominando todas as fragilidades ficcionadas
Pelas minhas lembranças condimentadas com partículas de amor
Ornando o jardim das nossas meiguices e cumplicidades

Ficou a memória desorganizada, imputando ao tempo
O rigor de cada solidão labiríntica e civilizada perdida
Nas horas aladas convertidas em inquietações assim poetizadas

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3666607?profile=original

  • Tintas que pinta as palavras onde ela se faz toda magia nesse brilhante poema

  • 3666315?profile=original

  • Continue sempre assim com esse dom e essa bênção que o Criador te deu.

    • Amigo e poeta Sam grato sempre pelo comentario gentil

      Abraço fraterno

      FC

  • Parabéns, poeta, belo soneto, versos primorosos, encantado... Abraços, paz e Luz!!!

    • Muito grato estou pela visita e comentário

      amigo Ilario, bem hajas

      FC

  • La imagen puede contener: texto

    • Obrigado Maria pela sua gentileza

      FC

  • Uma linda tela poética, Frederico. Meus aplausos!

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