Posts de Alexandre Montalvan (559)

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Adeus

Adeus

 

No frio da minha sepultura

triste só a lapide tão dura

sobre o meu rosto encovado

em alguns metros quadrados

onde eu estou neste momento

eu sinto os vermes me comendo

e a minha carne apodrecida

purga como ainda fosse viva.

 

No frio das minhas memórias

onde tudo agora é passado

segredos não revelados

verdades terrenas ilusórias

e quase nada então importa

o poder das mãos se esvai

quando a carne esta morta

tudo o mais fica para traz.

 

Não fosse o medo estaria rindo

tudo esta encerado e limpo

sobre a mesa um velho cachimbo

parei de fumar ora que findo

eu sigo aos tropeços no limbo

arregalo os olhos cor de osso

olho-te virando meu pescoço

dou-te um longo beijo e digo adeus.

 

Alexandre

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Beije Minha Boca

Beije Minha Boca

Quantas cinzas deixei no chão
Marcadas a força por fogo
Escrita a ferro neste espaço
Expulsas de um pobre coração

Qual estranho vazio me toca
Serão as marcas do meu passado
Palavras saem de uma boca
Será antes,  um quadro pintado

Porque é que me olhas deste jeito
O teu agridoce é minha seiva
Você não é a minha sereia
E nunca sei quem você é

Se tu tens o fel da verdade
Mostre-me a fria realidade
Abraça forte sem maldades
E depois beije minha boca
Antes que vermes a devorem

Alexandre


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Sonhar Contigo


Sonhar contigo
 
Eu deveria sentir toda a amargura
toda a tristeza desta triste solidão
são rosas murchas jogadas sobre a mesa
é um triste quadro do final deste verão.
 
Quando todo este silencio contamina
os vidros partidos já são afiados punhais
é este mar se transformando em um deserto
apenas sonhos que já não existem mais.
 
Esta terra seca onde voa estranha ave
e voa alto sem ter asas para voar
meus pensamentos tão dispersos são a chave
deste deserto onde antes havia um mar.
 
Quando um dia penetrares em minha alma
ver o fogo que consome o meu viver
talvez entendas porque o mar vira areia
porque eu sonho todo sempre com você.
 
Alexandre
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Poetisa

Poetisa
 
Embriaga-me poetisa com tuas poesias,
com as tuas dores, alegrias e amores
a tua doce meiguice me contagia
tuas palavras são para mim luz e esplendores.
 
Eu gosto das tuas poesias mais tristes
são as mais lindas que existem
são elas as mais sentidas
são tão belas
é a tua alma que chora
de sentimento e pesar
mas continua a existir um sol lá fora
sempre a brilhar.
 
Mas quem é você neste mar de palavras
nelas eu te procuro, tento te encontrar
são tantas as vezes que você nasce e morre
e eu fico aqui procurando por você
sem te achar.
 
As vezes eu te descubro em uma poesia de amor
eu te desnudo como a desfolhar pétalas de flor
mas logo você some em uma nova poesia
e o vazio em minha alma retorna repleto de dor.
 
As vezes penso que não devo te ler assim
em você eu encontro um pouco de tudo
mas eu me perco até mesmo de mim
vou acabar por ter um infarto agudo
e será o começo do meu fim.
Alexandre
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Revoada

Revoada

Lindos lençóis de seda
Que cobrem tua alma ausente
E o teu corpo inocente
Transformou-se em labaredas

Neste mundo que ti emparedas
Com o sol em teu nascente
Algemavam-te com correntes
Em tão florida alameda

Então foges, foges deste inferno
Deixas em mim amor eterno
E uma eterna madrugada

Como as aves em revoada
Em tão triste despedida
Eu ouvi teu adeus e mais nada

alexandre

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Meu coração e suas miragens

Meu coração e suas miragens

Meu coração é frio como aço
que rugi e mostra os dentes
mas se aquece inversamente
e eu me embaraço e me desfaço
quando estou perto de você.
E sendo assim
eu já não durmo
sou disparate e juras

e calado mas
no fim
tento ouvir teu coração, bum bum.
Faço de conta que sou notado
e olho o mesmo céu fatídico
na linda noite de céu estrelado.

Eu escrevo teu nome em linhas suaves
em arabescos, afrescos
ou tinta guache
desenho tua face
na noite de estrelas
e chego a vê-la
na luz do luar.
Nos céus há miragens
de anjos e fadas que fazem a vida
fantasiar.
Escrevo teu nome nas minhas miragens
igual a um barco em um lago ou num rio
de águas claras
que sem amarras
segue em direção ao mar.

Alexandre

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Vai-te Amor Meu

Vai-te Amor Meu

Vai-te amor meu
quero sentir o quanto eu sinto
a dor doída desta saudade que doeu
na minha alma tão aflita na aflição
e nas lágrimas que rolam dos olhos meus.

Quais labirintos desta noite escura
Esconderam  a luz dourada do luar
então vai-te nas asas grandes da tortura
esta saudade faz a gente soluçar.

Vai-te amor meu, que o dia ainda tarda
este amor imenso ocultarei na madrugada
findou-se o céu,os oceanos, doce amada
ao despertar a alvorada não restara nada.

Não terei mais nem esta noite tenebrosa
nem a dor que faz doer meu coração
nem o sangue que circula em minhas veias
vai-te amor meu que eu morro de paixão.

Alexandre

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O mar e a Solidão

O mar e a solidão
 
O mar que me contempla
bravio e majestoso
rugi furioso
anunciando uma tormenta
e me arremessa então a onda
que aos meus pés se esparrama.
 
E como uma chama sinuosa
em um indecifrável drama
é tanta a tristeza
que ela se vaporiza no ar.
 
 
Nesta praia da cidade
eu tenho apenas um lenço
e uma saudades imensa
e uma única ilusão.
 
Se a solidão é nesta cidade
um calar de uma voz
em meio a um alarido
ou então vontade atroz
de não aceitar a verdade.
 
Se sou um pássaro sem asas
um coração ferido
se sou do mar o seu rugido
que esta onda então
me leve para o fundo mar.
 
Alexandre
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Legião

Legião

Quem sou eu para saber se o bem ira vencer o mal,
porque o bem e o mal é inerente ao nosso ser.
Mas eles roubaram até a roupa do meu varal
é uma facção, corrupção é P ra vo C C ê ver.


Mas arrancaram a legião do meu quintal
e no rabo deles só temer para vencer
senão vencer foi (o) escolhido por vocês.
Neste país que dá valor ao carnaval


Seus chororôs estão virando um ritual
pobre é o osso depauperado por vocês
pensaram estar acima do bem e do mal
mas a casa caiu, tarde demais ao meu ver.


Quanto de mentira, faz criar um narigudo
que nunca sabe o que ocorre ao seu redor
quanto é preciso para afastar sapo barbudo
Ali-Babá e sua legião no meu quintal.

alexandre

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O Amor Ainda Brilha

O Amor Ainda Brilha

 

Quanto é o tempo que eu perdi em te amando

Ficar... Partir na certeza da despedida

Todos os momentos felizes vão ficando

Perdidos num tempo esquecido em minha vida.

 

Olho o passado e sinto a tristeza passando

Sorrir é difícil apesar da dor já esquecida

Sigo a vida com este sentimento brando

Sem ter você comigo amor, minha querida.

 

Procuro as estrelas que brilharam no passado

Em um céu escuro e com suas nuvens oprimidas

Com meu coração batendo este ofegar pausado.

 

Doce é a sensação de ainda ter você, querida

A vida com certeza é uma estrela que brilha

Em um lago de águas calmas, límpidas e coloridas.

 

Alexandre

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A Gosto

A Gosto

Esta na hora de parar os abusos fecham-se os dias
com céu de chumbo, o basta já foi dado,  e  o grito
vem das ruas. Se a miragem é sua, ela é sem valia
ela esta estampada na face seca esculpida na lua,
todos os parasitas empapados e abismados,se olham
no espelho. Estão apagadas todas as brasas,dói na
carne e no bolso, o sonho virou fumaça, despencou
a casa,ruiu o castelo, e as multidões agora estão
nas praças, infelizmente tudo que era sonho virou
pesadelo. Pululavam as palavras na  enrolação deste
novelo, todas as armas miram o desespero,é o medo
do austero que faz vibrar as cordas do hospedeiro.
Recriaram muros que dividiam as cidades, dividiam
os sorrisos,homens,mulheres,crianças e esperança.
Esta na hora de dar um basta,deixar que os ventos
sigam seu destino perceber que dividir enfraquece
os fortes e que somente a união e o amor constrói
Toda verdade se demonstra na realidade dos nossos
dias, onde  hipocrisia  e falta  de esperança graça
infelizmente, mas apesar do enfraquecer que a nós
foi imposto resta ainda um consolo A gosto esta ai.

Alexandre

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Divino Sonho

Divino Sonho

Sonho divino
No dia, no tempo
Olhando nas tardes
O firmamento
As
Escritas do destino
Na luz... deste silêncio
Eram
Paz e nirvana
Suave este suplício
"Quando os cães ladram porque passa a caravana"
Viver plenamente
O presente
O momento
O grito
Na beira de longos precipícios
Em  grandes mistérios
As dores, alegrias, amores
Na  noite e no dia
A existência sem critérios
Sentir a incoerência da vida
Da vida. . .
Negra é a lama
Da areia movediça
Que puxa que julga
Arrasa, inflama
Sufoca
Divulga e proclama
Como este sonhar que
Faz-me sufocar
E
Se alguém me chama
Rio um choro sucinto
E ai
eu sinto. . .
É hora de acordar.


alexandre[/center]

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Noite de Amor

Noite de Amor

Sombrio me faz este amor imenso
Que às vezes penso, vai transbordar
E escorrer na rua e refletir a luz da lua
E se perpetuar, como tudo se perpetua
Se acabar em fogo, uma ardente chama

Talvez então este amor incandescente
Se vaporize em nossos corpos molhados
Pelo suor do sexo que mesmo sem nexo
Faz-nos tanto bem...assim
É este nosso modo louco de amar

Em um rolar suave e delirante, os lábios instigantes
Quentes com palavras doces, tenros coloridos
A verter em suaves fluídos, um flutuar de pluma,
Toques imprecisos
Gozo dolorido de tanto prazer
Que em gritos surdos explodem no ar.

Com a tua boca aberta geme como fosse fera abatida
Ruge  com jeito felino e me olha feito madura criança
Perdida em sensações de ternura e calor
Envoltos na louca loucura
Desta eterna noite de amor



Alexandre

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Eternamente Amor

Eternamente Amor

 

És sublime transparência cálida

o que antes era tão concreto e real

agora são apenas nuvens brilhantes

que me envolvem como brisa vibrante

em um longo beijo de saudades.

 

Vejo-te agora pálida claridade

o nosso amor atravessa a escuridão

morre a carne material sem validade

permanece brisa envolvente

essência doce de uma eterna paixão.

 

Permaneço neste êxtase absurdo

ouvido a voz doce do desejo e da emoção

ouço-te e permaneço mudo

sinto teu hálito de flores

sinfonia eloquente e fragrância

bálsamo deste sonho e emoção.

 

Sinto-te viva e quente

como eu sinto a brisa ardente

deste espantoso sonho de verão

pego nas tuas mãos puras e macias

as coloco em minha face

quente como as lavas de um vulcão.

 

Desejo-te chama pura

pois em mim perdura a eternidade deste amor

carrego comigo este devaneio insensato

que da morte, me trás a vida

nesta amada quimera, convincente ilusão.

Alexandre

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Dama da Noite

Dama da Noite

 

Formosidade noturna dama

Suaves teus contornos,

Na brisa na rua

Na misteriosidade da luz da lua

Voluptuosidade em todo teu corpo

E o teu aroma de dama invade

As almas em chamas

 

Abrem-se as flores

Sussurram amores

Os enamorados, amantes, ficantes,

 

Mas antes,

Eu fico calado

Meus olhos

Tuas flores oh! Noturna dama

Escuto-te a noite

O teu farfalhar oh! Dama da noite

 

Alexandre

 

 

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O Amor

O Amor

Queres ler meus pensamentos...

mas é ele que me aprisiona neste instante

e este amor que me consome e perfuma

que me faz amante

a flutuar em um dolente mar de espumas.

 

Queres saber minha verdade

é te amar para sempre minha amada

é a magia da minha insanidade

é um olhar, é um sorriso, uma palavra.

 

Dizem que o amor não se busca

que ele surge como uma tempestade

de nuvens que parecem distantes

e transforma o nosso coração

e um vulcão de lavas flamejantes.

Alexandre

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Mel do teu beijo

Mel do teu beijo

Tua boca fala a minha
entre lábios, dentes
e gemidos
e como é doce, se junta a minha
no mel adocicado dos teus
beijos.

Não faz diferença se é amor
esta carne que lateja
este fogo que consome
crepita
e ninguém evita
este mar de beijos e desejos.

E dança musica ardente
em línguas, labaredas inconscientes
que se enroscam entorpecidas
pela urgência
do mel adocicado destes beijos.

alexandre

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Céu SAngrando

Céu Sangrando

Venho na borda deste mundo

Para perceber o incontrariável

Posso dizer não será agradável

Nem que com isto eu comungo.

 

Vejo o brilho selvagem que irradias

Nele o amor e o ódio nos consome

Esta febre louca que nos engole

Neste olhar intenso e indiferente.

 

Fez que eu me visse de repente

Como um ser vazio, seco e carente

Quantas outras vidas isto anuncia

Muitas já passadas e distantes.

 

Esta dor que nos queima lentamente

Em meio à tão intensa ventania

Sinto teus cabelos no meu rosto

Sinto tua pele quente e macia.

 

Ah quando, percebo no teu olhar

Toda esta dor que a faz carente

Deixe-me chorar para não vê-la chorar

Permita-me que a ame eternamente.

 

Percebo-me fraco e confuso

Grito o nome teu a todo instante

Ouço o silêncio como resposta

Só vejo intensas  brumas no céu difuso.

 

Tropeço, caio, grito e olho tudo

Não a tendo mais comigo eu sigo andando

Mas em meio à escuridão para o meu lamento

Somente posso ver o céu sangrando.

Alexandre

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CPP