Dia de papel
Hoje como a humildade do sol,
Fiz do dia para depôr, da dor, se a antes vivi...
Por crer, subi ao miradouro e amei,
E guardei tudo o que vi.
Não vi céu nem algo assim,
Mas as flores pelo caminho me encantavam...
Forte e calado lá fui eu assim
E vi as cores do amor-proprio que lá estavam.
Sei que eu, pessoa interior, humano,
Nem sabia o que era amar...
Fui amando ao meu geito toscano,
E o que te dei foi sem me honrar.
Tal como os Xistos, as pedras que ora agradeço,.
Que ora já desagradam-me tantos xistos, por tanto te amar,.
Ali tudo era meu e teu, que agradeço,.
Se me perdi foi estar a sonhar...
Tu não eras assim, sei eu...
o mundo era quando me abraça-vas.
Tornavas-o tão doce, profundo...
Com esse calor dessa era.
Era que te devo, e digo.,
Por fazer da tua minha admiração,
minha paz de que se não te admiro,
não te dava a minha mão...
Se não me surgiram palavras,
palavras estavam no céu...
não te fazia porque te encantavas...
Se quando choravas alegria tiravas-me o chapéu.!?
Do que te levo é o melhor de sempre,
O que o tempo já foi já não voltará,
Distante e ausente o presente
A saudade o passado o fará...
E hoje me sinto menos carente
Se for carência é tua.. mas isso é uma falta de coesão!
Esse amor é do meu coração!
Que hoje o levei ao miradouro todo contente!
Bruno Alves 25/12/2023