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A brisa

A Brisa

 

Chega um ar suave na face

Da moça tão tímida, submissa

Aos fugazes desejos, disfarce

Sem rumo, sua estrada é movediça.

 

Presença serena do vento

Passa por sulcos do rosto

Sofrimento no escuro, tormento

Noites chegam mal o sol posto.

 

A brisa enfurece e se transforma

Num vendaval que vai arrastando

Sonhos guardados para a plataforma

Da região abissal, já sem comando.

 

Onde ficou a suavidade da brisa

Que se perdeu no redemoinho

De palavras em sentido, à guisa

Da verdade nua, sem escarninho.

 

Serenou, a brisa voltou com a aurora

Aos quatro cantos a voraz tormenta

Partiu nas asas do vento que agora

Trouxe ao seu coração luz alvacenta.

 

. Mena Azevedo

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Saudade

 

Saudade

 

A saudade aperta

O coração chora

E alaga meus olhos.

 

Lágrimas descem tontas

Pela face desfigurada

E deságuam no travesseiro.

 

Momento de solidão e tristeza

 

Saudade que se eterniza em mim.

 

Mena Azevedo

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Tempestade - Indriso

Tempestade 

 

O vento sopra impetuoso

Raios cruzam o céu distante

E tudo me deixa apática.

 

Tempestade chega furiosa

No quarto escuro me confino

Solidão ácida me corrói.

 

Anestesiada pela dor, dormi.

 

Levito em transe na tempestade.

 

Mena Azevedo

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Sentimentos

 

Sentimentos

 

Sentimentos florescem na alma

Invadem nossos sonhos

Jamais nos abandonam.

 

Sentimentos são sonhos

Rompem do nosso imo

Transfiguram-se em poesia.

 

A poesia vem da alma

 

Materializa os sentimentos.

 

Mena Azevedo

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Gato no telhado - Poesia infantil

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Gato no telhado              

 

Que noite barulhenta

Barulhos pra todo lado

Da cozinha por uma fenda

Ouvia-se um rosnar danado!

 

Com a presença de alguém

Uma gatinha saltou depressa

Algum segredo ela tem

Porque seu miar não cessa!

 

Papai depressa subiu

Lá no alto do telhado

E pra sua surpresa viu

Cinco gatinhos malhados!

 

Suas patinhas estavam presas

Entre pedaços de pau

Por isso eles choramingavam

Miau... miau... miau...miau!

 

E o papai muito cuidadoso

Tirou os gatinhos de lá

Mãe-gatinha com ar temeroso

Miava pra lá e pra cá!

 

Mas logo os belos gatinhos

Foram bem agasalhados

Papai os colocou tão juntinhos

E dormiram todos enrolados!

 

Mamãe-gata logo viu

Que seus filhinhos estavam bem

Amparados contra o frio

Ela queria descansar também!

Mena Azevedo

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Idoso - fonte viva

 

Idoso – fonte viva

 

No outono da vida

Transportamo-nos...

Outra vida, outra fase

A fase da sabedoria

Que se construiu aos poucos

Com o passar dos anos...

 

O idoso é fonte viva

De saberes guardados

Não só para si mesmo

Mas para repassá-los

Aos que virão para beber

Experiências, conhecimentos...

 

A riqueza do idoso reside

Em tudo o que ele acumulou

De paciência, bondade, respeito

E espalhou com o riso na face

A verdade no espelho da vida

Entre os filhos, netos e amigos.

 

E, na ciranda da vida

Há os que partem e deixam

Aos que vêm uma fonte viva

De saberes que nunca morrem

Porque o idoso é fonte viva

Que carrega os fardos da labuta...

Mena Azevedo

 

 

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A magia da noite

A magia da noite

 

Era noite. Um risco profundo de luz

Cruzou o céu, imerso na escuridão

No alto, meu sonho suspenso em tons azuis

Na magia, estrelas oscilavam na imensidão!

 

Corpos estranhos transluziam no céu

Cá embaixo, detive-me por um instante

E a noite avançou na sua jornada e Morfeu

Fechou as pálpebras das estrelas oscilantes!

 

Oh! Astros, por que se escondem do tempo

E deixam obscuros os caminhos de Orfeu

Para lançar seu canto com a lira um só momento

E trazer ao coração o sonho que se perdeu?

 

Venham partículas luminosas, fluir na vida

De todos que são livres de pensamentos e desejos

Venham clarear-lhes o caminho, dar calor à lida

Para chegarem ao seio da terra em suaves lampejos!

 

Mena Azevedo

 

 

 

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Procurei a fonte

 

Procurei a fonte

 

Exausta, desencorajada, saí

Indo em busca de algo

Que me trouxesse paz interior...

 

Fui analisando situações

Vislumbrando oásis onde o deserto

Queria apossar-se de mim...

 

Aquilo que vivia nada significava

Então lancei-me às águas

Que refrescam e dão fertilidade...

 

Na imobilidade da minha vida

Precisava de algo que me refrescasse

Das energias negativas tão prejudiciais...

 

Alimentada pela imagem da fonte

De água pura e cristalina

Minhas forças se revitalizaram...

 

É assim a vida que flui em mim

Energizada por pensamentos positivos

E ações brotadas da minha sinergia com Deus.

 

Mena Azevedo

 

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À espera de um vencedor

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À espera de um vencedor

 

Vicente será seu nome de batismo

Virá triunfante nas asas de um anjo

Para ser nesta vida um vencedor

Pois virá sob a proteção de um arcanjo!

 

Oh! Ursinhos marinheiros, cantem louvor

Para o bebê que se espera há nove meses

Para ser embalado no barquinho do amor

Sob a proteção de Deus, será livre dos reveses!

 

E o sol que um dia verá brilhar

Será o sol da liberdade com que sonha

Ainda no ventre da mamãe que lhe dará

Uma vida colorida, alegre e risonha!

 

Seja em terra firme, seja no mar

Estará sempre com a melhor companhia

Será um marinheiro a desvendar

Estradas sem abismos; será bela a travessia!

 

Feliz irá crescer nessa estrada sem abismo

Nas lutas da vida será um vencedor

Sempre confiante, sem pessimismo

Você sabe que o esperamos com amor!

 

Aqui nós vamos lhe dar o possível

Preparar com desvelo seu futuro

Onde tudo lhe seja aprazível

E terá em nós seu porto seguro!

Mena Azevedo

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Tempestade - poema

Tempestade

 

Abro a janela, tudo escuro

Um raio risca o céu

Minha mente clareia.

 

Fecho portas e janelas

Recolho-me ao quarto

Que me deixa apática.

 

Tempestade chega

Tudo fica sombrio

Na solidão de estar ali.

 

Ouço uma canção

Percebo que não estou só

E gero mil sonhos em mim.

 

Na igual velocidade da luz

Tudo volta a ficar lúgubre

E ali enterro minha esperança

 

Mena Azevedo

 

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Fio de ouro

Fio de Ouro

 

Minh’alma prende-se ao corpo

Por um fio de ouro

Sou escrava lírica desse mar revolto

Navego em espumas

Uso a força de um touro...

Ouvem-me as ninfas

Socorrem-me as fadas.

 

Canto, pois, minha lira

Meu amor secreto

E, num pensamento alado,

Revelo meu segredo que gira...

Sou a verdade desse fio de ouro

Que tento preservar.

 

Sou empecilho qu’essa vida corteja

Mas não me deixo vulnerável

Ante o sofrimento que adeja

Pelo meu corpo debilitado

 E por onde uma dor imponderável

Resiste à analgesia do tempo.

 

Com o olhar para o etéreo manto, clamo

Para minha doce musa, alvacenta

Amada lua a quem sempre chamo...

Por que não acalmar o choro

Desse céu noturno sem estrelas

E cortar o espaço nesse fio de ouro?

 

Mena Azevedo

 

 

 

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A Espera - Cântico

A espera

 

Desperto e são horas mortas

Por onde andas meu Cavaleiro errante?

Partiste há mais de duas luas

E não me mandaste notícias...

Por esses caminhos desertos, desprotegido

Entre o murmurar do vento na tua face

Cavalgas no teu cavalo alazão tostado

Pelo sol dessas paragens desertas...

Sobe planaltos, desce planícies

Nesse terreno de terras vermelhas e áridas

Que nada combinam com teu coração amoroso...

 

Meu pensamento se confunde com a voz uivante

Dos lobos que nessa hora rondam minha janela...

Quero chegar ao teu coração para absorveres

Minha mensagem de amor, um amor grandioso

Que alimenta meus dias de solidão...

Vem, vem logo meu cavaleiro andante!

Mena Azevedo

 

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Árido coração

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Árido coração

 

Abre o teu coração para sentir

A dor do teu irmão em sofrimento

Dá a ele o calor que vem de ti

E o aquece com palavras feito unguento.

 

Se não houver em ti dó e afeto

Sê pelo menos pássaro que canta

Para espalhar teu canto no deserto

Do teu vil coração que nada imanta.

 

Mas se quiseres dar sentido à vida

Nessa ciranda de cor e alegria

Volta teu olhar para teu entorno

 

Vê quanta gente sofre sem guarida

Busca na fé do outro a cada dia

A verdade da vida sem contorno.

 

Mena Azevedo

 

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Floriu a paz

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Floriu a paz

 

Pensamento floriu

Andei sobre flores

Vi caminhos florando

Onde se plantaram girassóis

De um lado e outro...

Vi rosas ornando veredas

Reguei meus sonhos

Com a boniteza da paisagem

E meu pensar refloriu...

Meu caminhar ficou perfumado

Tudo floresceu cheiroso

E a ternura das flores viçosas

Banhou meu corpo refeito

Que só queria a paz da Natureza...

 

Mena Azevedo

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Lágrimas na noite

 

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Lágrimas na noite

 

Hoje, quero a canção mais pura

Saio da ausência no tempo

E debato-me em silêncio

Para escutar meu amor que se foi

Em uma noite enluarada...

 

Preciso da ternura do luar

Para clarear meus pensamentos

Que surgem embotados

Nessa louca e incessante busca

Para sair da solidão que me atrofia...

 

Mas não existe luar lá fora

A chuva respinga em mim

Cai uma gota, mais uma, mais uma

E outras que tamborilam na tecla invisível

Da minha mente silenciosa e fria...

 

Nesse silêncio, escuto uma canção

Que parece vir de longe, muito longe

É uma canção nostálgica que penetra em mim

E a chuva cai como lágrimas opacas

Nesse estado de inércia e dor...

 

Mena Azevedo

 

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Transmudação

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Transmudação

 

Ecoam pelo silêncio do cosmo

Vozes arrastadas de esperança

Submetidas ao acaso morno

Dos que assumem uma crença...

 

Nessas vozes existe um latejar da alma

Que afagadas por mãos solidárias

Descobrem o véu e as libertam da névoa

Que cobre a consciência aturdida...

 

Libertas dos escombros que as prendem

Lançam-se pressurosas nas asas do vento

Nessa hora, resgata-se a esperança adormecida

Entre a descrença e o desejo de transmudar...

 

Não mais a sós no seu espaço aéreo

Veem que luzes cintilantes se acendem

E vêm ao encontro desse ser aflito

Perdido na noite em busca de acolhimento...

 

Mena Azevedo

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Oásis em mim

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Oásis em mim

 

Fecho janelas e portas

Para na tarde calma

Ficar no meu oásis

Infinito de pensamentos...

 

Nesse oásis do quarto

Ponho-me a escrever

E sinto-me sozinha

Ilusão de que ninguém me vê...

 

Além de portas e janelas

A rua com seu burburinho

Passos apressados me perturbam

No isolamento não os vejo...

 

Bocas que falam, gritam, cantam

Mas não as ouço além dos ruídos

Minh'alma anuncia para mim

Que precisa meditar...

 

É um mundo diferente

Só meu, ondo posso me ver

Em transcendência comigo

Levito em pensamento diletante...

 

Então penso, reflito e escolho

Para gerar em mim mil sonhos

Ponho palavras no papel

E me envolvo nessa magia...

 

Mena Azevedo

 

 

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