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Anhangabaú

 

Anhangabaú

  Nas névoas obnubiladas onde dormisse

o passaredo inebriado pela leve neblina

e, a quem acordasse  mais cedo, posto

que não houvesse nenhum segredo, e

fosse a agitada  cidade tão rápida como

torpedo. E por lá  Já existissem os “ramos”  

de  Azevedo  na mais plena  mocidade. Antigo  

cerne  a discernir  seus impregnados  segredos. Lá

sobejavam frondosos arvoredos. A lua derramava o seu

pranto de luz do Largo da Luz, passando pelo São Bento da

Cruz ao  sapientíssimo São Francisco  de Jesus. Não metere-

mos  aqui a religião. Embora,  se atocovelasse empolada multi-

dão.  Castro  e Barbosa  com seus pergaminhos nas mãos e muita

prosa se fazia da vertiginosa poesia  de antanhos dias transforma-

rem-se  em belíssimas  canções. São Paulo da Garoa, nave de boa

proa.  Nela continuavam seus  capitães a soletrarem seus versos

e  os de  Camões.  Abolicionismo  de  Nabuco a rezar o seu terço.

Século  dezenove,  onde  descartava grande nome:  Fagundes,

para  não misturar o Azevedo, que aqui se confunde, qual po-

eta Varela  respeitava  sem  medo.  Logo  seguiria do: Bexi-

ga, Rubinato e seus Demônios natos da garoa. Fato que

faria alusão  à paixão  da miscigenação do ítalo-lusófo-

no-alemão.  E de tantos  outros irmãos, somente pres-

tar a  atenção, gente,  índole boa, também de coração.

Quem diria que, tal megalópole pudesse à galope pro-

duzir  tamanha  poesia  apinhada  de  tantas estrofes.


jbcampos

 

 

MUNDO MÁGICO DA POESIA

Saiba mais…

Um violino por acaso

Um violino por acaso

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Viver é degustar a simplicidade da vida.

É errar ao ver um violoncelo e confundi-

lo  com  chinelo, à  ladino  ver um violino.

É se perder  na estrada do próprio destino.

É  ouvir o farfalhar  do ar puro na natureza,

ou na fuligem asfáltica da riqueza. Atender

ao zunir  da ventania  com  alegria, olhar ao

próximo bem próximo  do amor como uma

apaixonada donzela  fita à flor, sem jamais

deixar faltar em si a cortesia.  É respirar o

som melancólico da proeza. É requerer

da vida a generosidade. Esse é o dire-

ito já adquirido. Se por acaso, e até

por necessidade, e se for o caso;

mudar de sentido. É se embebe-

dar com a água límpida da nas-

cente;  encontrar  com pessoa

simplesmente  decente. A  bem

da verdade; ela pode  ser diferen-

te, pode crer ou acreditar se quiser

 fique à vontade... Mas  às vezes ela é mais

decente  do que a gente.  É ser puro quase  seme-

lhante à pureza adstringente. É ser amigo do feio enfe-

itado de beleza transparente. É sorrir desbragadamente

a mostrar os descorados dentes, sem ficar preocupado

em derrubar a dentadura  sobre a ferradura de alguma

cavalgadura que  esteja presente ao  lado. E a vida

sendo toda  essa enorme festa,  usar o olho que se

tem no centro da testa. Se faltar algum canino fazer-

se  de menino. Amolar os molares e deles abrir suas

frestas... E  jamais, confundir  melancia com pepino.

Para viver a arte da vida é  necessário entender o que

é despojamento ao deixar de  ser o centro. Ser centrado

no alvo do verdadeiro documento. É fazer do crepúsculo o

mais belo alvorecer. É indubitavelmente a simplicidade de

se fazer crescer! É ser gente  grande com a grande força

dum jumento. É  amar a natureza, seja  ela a de fora ou

a de dentro. Desprezar a dor do enfadonho tormento. É

enxergar  os mínimos  detalhes a fazerem a  diferença.

avençar ao avanço  na fidelidade da própria crença.

É  ter mente albina que supere a  do mais inteligen-

te  paquiderme.  É deixar a escrotice  de ser humano

semelhante  ao verme...  Encarar a vida com desvenci-

lhamento ao desprender-se da ignorância que causa a ân-

sia  somente  de olhar o futuro inferno. É ser um fino vaso

embasado  no  discernimento,  e  envasado  de  bom  argu-

mento. Ser um levíssimo violino a  violar  qualquer destino.

Ser  apenas  um entre  vários,  sem  necessitar  ser um fino

Stradivarius.  É  dar  azo  ao  extravaso  do extravasamento

contrário  quando se sente a alegria  no  nada divino. Viver

eternamente  em qualquer eternidade, tornando-se sibilino

ao sonoro som do divino sino. E continuando o Pensador

a cismar: Encolhido num canto qualquer, consigo a

prosear: Sentir a vida com a devida simplicidade,

ser auto mestre da real realidade. É estar no mais

fino lar, ou no estábulo a trabalhar, tanto fez como

tanto faz. É perceber a  alegria amorável no imo do

coração,  independente  de crença e do tipo de oração.

É estender a mão ao querido irmão. É se aconselhar a dar

conselho sem jamais cobrar. É doar-se a tudo e a todos pela

osmose da extensão. É deixar que o mundo rode, pois, Ele foi

Deus na  manjedoura, como  no reino de Herodes. É provar do

dulcíssimo  nirvana; É sair fora dessa caravana...  “É ser Ami-

go do rei, fazer uso de toda a força humana. Mesmo que na-

da tenha a escolher. É levar um cutucão na ilharga, passar

alguns dias em Pasárgada. “Navegar é preciso além de

Trapobana”. Não é   nada  do nada, é simplesmente

viver!  Sem a ninguém condenar,  porém, com a

consciência  de  não  se   condenar   também.

Que  aqui  não  fique  o  entendido  pelo  não

entender,  pois,  viver  é  a melhor maneira de

crescer ao alvorecer do amor do  benquerer...

A felicidade é plenamente intrínseca!

O pensador não para de pensar…

 

jbcampos

 

MUNDO MÁGICO DA POESIA

 

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Saiba mais…

artista da prosa

artista da prosa

poeta, você é filósofo-pensador,

que musicaliza as palavras, como

o escultor que lavra a madeira com

a goiva e seu  macete, marchetando

a  obra, e  vai dando  vida ao mogno

bruto,  enfim, burilando  a pedra, ou

cinzelando  a  tela  com  seu  pincel.

poeta,   você  é  músico  por  exce-

lência,  como  o  pintor que  toca

com seus matizes, dando  vi-

da à natureza  morta. seu

pincel  tange na plan-

gência  sonora e

cromática  e

na etérea

simetria

matemática,

com maestria

de mestre  arqui-

tetando   o  habitat,

semelhante  ao bisturi

do  cientista, vislumbran-

do a  beleza  da vida, qual a

batuta do maestro.  Parabéns,

você é o  profeta a proferir pala-

vras eivadas  de "amor", com cer-

teza   a  maior  de  todas  as   artes!

porém,  com  a  palavra poética Deus

do além  disse  também:  faça-se  isso,

faça-se  aquilo, fazendo  o homem tam-

bém  fez o esquilo bem  tranquilo; antes

fez o belo horizonte e montes aos quilos.

 

jbcampos


mundo mágico da poesia

Saiba mais…

A minha fantasia

A minha fantasia

 

Num belo dia no qual lia minha fantasia

ao sentir o  arfar  do  meu  pobre coração,

percebi  o  afagar  amoroso de suas mãos.

Era  o amor do  ardoroso e curável dom.

Para  não me  ver atrelado à filosofia

foi  me dito  à luz da  dignidade:

Filho, você  ainda é novo

à  visão - eternidade.

Deixe  de ilusão,

vá à claridade.

Empunhe

a sua

luz referta

de  humildade.

Imponha sua mão

e cure  o  seu  irmão.

Saí  à  busca desta  feliz

verdade  qual  foi  a  minha

felicidade,  pois, lá  ele  vinha

trazendo  seu  candeeiro luzidio

à barganha  de  minhas  entranhas.

Na realidade foi à busca feliz que fiz.

 

A permuta foi

justa, a troca foi

feita, a luz  foi per-

feita.  Curei  e  fui

curado, sonhos  

realizados.

 

A paz é a verdadeira saúde.

 

jbcampos

 

Saiba mais…

Por que você é poeta?

Por que você é poeta?

 

À

Pé,

Ou a

Carro.

A mente

é a  poetisa.

Profetisa da fé.

Escrava do carrasco

com cortesia, jamais o é.

Na tecla afiada de sua pena,

com a cor e o odor de açucena,

é amor de Jesus à Maria Madalena.

O  seu  amor traz o psico valor à cena

da  vida.  Elevando  a  alma  abatida.

Por  isto você  está aqui inserida.

Poesia é!  É amor-compaixão!

Representa a Deus, na dor,

no  torpor  do seu irmão.

Não é juiz que; apenas

apena com esta pena.

Na cena de um crime

passional – emudece,

padece  e  permanece

imparcial,  mas  acena:

Jamais   pratique  o mal!

Por isto…  Você é poeta!

Rei, ou rainha sem igual.

Jogral ou profetiza-atleta.

Abominando o ódio

caminha rumo

ao pódio

do alto

astral.

Paz!

Fé!

É

 

Poeta viril, você tem sexo de anjo, você é “Amor” sutil!

 

MUNDO MÁGICO DA POESIA

 

Saiba mais…

Que olhar mais atrevido

 

Que olhar mais atrevido

 

Ao vislumbrar seu atrevido olhar,

confesso:  Fiquei bastante inibido,

porém, fui  abduzido  pelo sonhar

de  um  violento  amor  descabido.

O seu olhar  invadiu o  meu  mar,

ao marejar  de  minhas  lágrimas

cintilantes, num  rápido chispar

de uma  emoção  tão  brilhante.

Agora  você  é  atriz, e eu por

um triz,  mero  coadjuvante.

 

A paixão é mistério profundo

a  corroer  o  peito do amante

galanteador galante-imundo,

ou  de  uma simplória mente,

de um apaixonado vacilante.

 

Como explicar sentimento tão nobre,

bronzeado de ouro sobre a alma  presa

em laço  lastro de humilhante  desdouro,

o qual  às  vezes, covardemente  alto valor

cobre, num suplício  de um  coração pobre

em pleno desespero desequilibrado, cheiro

de amor odiado e já voado pra outro lado.

amargurado ao pensar ter conquistado,

porém, atraiçoado pelo bem-amado.

 

O amor sempre é nobre quando bem interpretado,

mesmo que o choro sobre, sobre um coração culpado.

Até quando o erro erra o amor encerra por todo o lado

a dor doada pelo doador o qual será sempre coroado.

 

Olhar atrevido

jbcampos

mundo mágico da poesia

Saiba mais…

Vida bela

Vida bela

Quão bela é a vida
Vida, sentida pelos sentidos,
realmente faz sentido  diferente.
Não  temos  mais que o merecido.
Ainda assim o sol nasce para gente.
O sol nasce para todos os viventes,
porém, nascem árvores frondosas
também, nos Oásis mais quentes.
Veja como a natureza é bondosa,
Apenas  num modesto  canteiro
pode-se ver o seu mundo inteiro.
O Universo numa gota de orvalho,
ou pela mente, uma nova semente.
Para a felicidade não existe atalho,
o motivo aparente é viver contente.
O universo dá-lhe por encanto
o sentimento farto de espanto,
ao nobre e bem afinado canto
à canoro dentro de um viveiro,
livre do laço do passarinheiro.
À velhaco mundo passageiro.
Fazendo-se distraído,
e, revestido de recatado
sentido. Verdadeiro e santo,
e o seu pranto fica enterrado
num canto ao lado, fertilizado
de enorme amor sem fim
no afofado canteiro pronto,
vai plantar você só para mim.
É apenas força de expressão,
você já vive no meu coração.
Deixo afogadas as mágoas
em lágrimas desaguadas,
e moldadas  em amores
ao colorir de belas flores.
Inebriado em seus odores
a Deus elevo meus louvores
por  vislumbrar-me  no paraíso
de lírios e; odoríferos pendores,
refertos dos mais finos sabores.
Você pode ser feliz,
e o poema mesmo diz:
Faça da  sua vida, querida
matriz, esquecendo as feridas
matizadas em suas plumas lilás,
sem sofrer por querer enxergar
além do seu próprio nariz.
Não precisa ver mais.
Você, nunca verá o fim!
A terra fofa também cheira
aproximando o meu próximo,
desta morada derradeira a mim.
Igual ao bruto diamante
a ser tratado como brilhante.
Não importo, posto que tosco,
ou refinado, faço o que posso,
nas ilusões de um plano fosco.
Quero ser feliz sem egoísmo,
na felicidade  do próximo.
Restar-me-á  o heroísmo
sem  depender   do destino
se o meu próximo for próspero
tal qual a inocência  de um menino.
Pode-se   viver eternamente,  porém,
sem jamais ver todas as belezas da vida…
Quão bela é a vida!

jbcampos

 

MUNDO MÁGICO DAS LETRAS

 

 
Saiba mais…

A colina encantada

 

Colina encantada

 

 O poeta de tanto escrever seus sonhos,

sonhou com um  elevado monte a perder

de vista no horizonte, comparando-o com

sua vida naquela visão querida, consigo

resmungou: Estarei num paraíso tropi-

cal do mundo astral? Será que existe

mesmo o céu, onde tudo é o mais puro

vergel, e somente pra rimar uma rima mais

doce do que o doce mel? Não perdendo o divino

dom de rimar qualquer coisa que porventura achasse

na estrada de sua imaginação não dispensava o empoeirado

mote da criação. Não via anjos com suas asas brancas, tampouco,

arcanjos  com suas ancas francas, e se perguntou: Afinal que diferença

há na canja desses arcanos; anjos e arcanjos? Não havia ninguém rezando

ladainhas naquele além, destituído de  sinos  e  campainhas…  Sequer ouvia

a alegria de qualquer criança… Encafifado olhava para os lados e nada de

anjos alados.  Meio  embasbacado,  conjecturou  consigo  mesmo:

Que  mundo  é este que  estou  vivendo?   Não  dá  nem pra

encher o saco de tanto rezar, é  o  norte da pura sorte,

isto aqui está longe de ser azar… Há pouco estava

escrevendo e agora estou do outro lado sonhando

acordado.  Terei sofrido algum desastre atrevido e

estarei desmaiado.  Estarei deitado ao lado de quem

mais amo, quiçá, no paraíso perambulando… Apesar de

tudo  sua alegria superava  o canto de qualquer sereia, quando

foi  sacudido  por Afrodite, sua  antiga esposa que alardeia.  – Só podia

ser você pra me tirar o sono mais uma vez… – Você resmungava por demasia

mencionando o nome de sua tia e eu escutava o que Você dizia por repugnante

insensatez… Ai o poeta percebeu que o buraco era mais embaixo, e descartou

aquele seu sonho como se  fosse o paraíso de Deus… Porém, pensou seri-

amente em voltar outra vez e, jamais acordar para este falso sonho de

viver a vida-estupidez…

 

jbcampos

 

 

Saiba mais…

abraço que cura

 

abraço que cura

 

o simples ato de abraçar pode reduzir

a dor forjada pelo  mau pensar. na sarjeta

da vida pode-se  encontrar o exegeta do  amor.

o verbo amar é muito  enganoso, ponto. imprimir

sabedoria do verbo desvencilhar. somente pode amar

aquele que  despe de si mesmo.  no vicejar do velho olhar

pode-se antenar o prazer de  curar pelo amor do sincero abra-

ço como  traço de  conjugar a si mesmo. não se trata do verbo

para o qual tem sua hora, porém, agora é  abraço do amor per-

feito, sem  racismo criminoso. abrace seu filho, sua  esposa,

seu amigo, até o seu inimigo, mesmo com o pensamento

sincero e sem lamento, deixando o orgulho e o medo

da frustração, aliás, será que não é você que está

necessitando desse abraço amorável, é cura

da humanidade porque nele se encontra

a verdade  do próprio  e verdadeiro

amor. não tenha medo, abrace

a todos com amor e a sua

energia será mais forte

para protegê-lo e

ajudá-lo na sua

cura

psicossomática.

 

pode crer!

 

jbcampos





Saiba mais…

Sou mais um

Sou mais um

 

 Sou mais um

entre tantos,

entretanto,

sonho

ao encontro

do encanto

de louvor.

Lugar comum.

Neste instante, conto

o conto  a  somar ponto.

Lamento,  amor,  florindo

o canto neste velho canto,

mundo, imundo, lindo,

findo, vida indo

com langor.

Amor, amor, amor!

No amor vive a certeza

nesta vida de aspereza.

com o ardor da dor.

 

Amazon

jbcampos





Saiba mais…

versando a morte

 versando a morte

há  muito tempo

numa noite fria,

falava com ela,

com a morte,

foi logo ali

quando

nasci.

esse se nos parece

ser realmente à nossa

mente  tema muito forte.

diante dela nada vai mudar

a sorte, pois, parece ser igual

a todos os mortais,  porém, vem

uma reflexão  nos nortear o  norte.

leitor,  pelo amor  faça-me um favor,

aliás, vamos pensar em dois: sofrimento,

dor,  prazer,  afinal qual  será o sentimento

que  vai acontecer   em seu exato momento?

Ora, ora, ora  se você viver apenas duas horas

com  certeza viverá mais que  a morte a qual

durará alguns segundos, o  que é pior ainda

você  fica  na berlinda  ao saber que morre

a cada  segundo, vida e  morte se fundem.

pois, devia  ter  se acostumado posto que

a todo segundo você morre, já está selado!

desde  de  que nasceu  tanto você como eu

pela vida fomos interpelados  sobre aquele

que morreu o qual também sem pensar no

além envelheceu, ou  seja a cada instante

fica-se mais longe da vida a morrer a cada

segundo. isso tudo é arte da vida, da  qual

a morte faz parte, aliás, morte é um verbe-

te inventado pelo mortal, que não enxerga

em todo o instante  essa morte constante.

para ficar bem sacramentado e ratificado:

então;  você deveria  já estar acostumado

a conviver  com  ela ao seu lado, olhe um

pouco ao passado,  e  olhe aos seus pés

de  galinha, se já os  tiver.  hei… não  fuja

da  linha  ou se for galo não fuja  da rinha,

e se for galinha, me  perdoe amiga minha.

então fique feliz porque você dorme e an-

da com a morte que no  fundo é vida as-

sistida por Deus, em seu

glorioso eterno apogeu.

aprendeu?

 

ou quer mais?

 

Não tema a morte, ela vive intrinsecamente em você.

jbcampos

 

Saiba mais…

O trouxa da bola

O trouxa da bola

Estariam  os  nossos  craques de araque chutando essa bola de rugby, foi isso que eu vi.

Somente por esmola não se esmorece ao ver a nossa seleção sair de chapéu  na mão,

Empate grosseiro; a culpa é do juiz, do goleiro ou do zagueiro? Logo no  primeiro

jogo extrapola as batidas do meu encanecido coração, Fico desenxabido

meu irmão querido, Porém, lembrando do  passado me vejo de  juízo

atrasado me achando trouxa e; troncho sufocado dentro duma

trouxa de lixo é nisso

que me fixo, É muito engraçado. quantos  árbitros agem arbitrariamen-

te,   Não marcando  falta, pênalti,  escanteio e com a gente no meio, aí

vai ao boletim e fim, Por que  será serafim? Na CBF já vimos  o tes-

te, do que  acontece e do  que se padece, Oh… Meu  Deus! Não

basta a nossa   política,  precisa   agora  o Brasil  empatar

logo na entrada da estrada sem nenhuma demora?

Será a dona Corrupção? O Brasil pode até

não perder, mas alguém pode me prender por

aqui  estar  a  escrever o que sente o meu envelhecido

coração. Quanta  saudade da bola do velho Feola,  pelo menos

eu era menino sem consciente destino, e jamais imaginei caixas de

propinas, estava  concentrado na bola de alguma menina,  era  quase

indigente  inocente, Porém, cresci e envelheci   rapidamente e de sobra

tenho  de me desiludir ao ouvir fremir essa  situação de corrupção, Cara

de pau da era moderna,  Sensor top de linha acusa e ele abusa  contradi-

tando  até  a mais  alta ciber-intervenção, Enquanto, o hipócrita afirma

trazer contra a contravenção câmeras que dizem sim e árbitro que

diz não. Vou  parar por aqui minha irmã e meu irmão, porque

senão;  Não vai dar não, vou  me lembrar de sete a um,

aí  é  soda!  Será  que é  bola do caixa dois pra

depois do jogo meu estimado senhor?

Sou insistente, será que a bola

não é redonda suficiente

em jogar a favor

da gente?

Oh... Meu Good

será que vai dar bode?

 

Já vi esse filme muito antes de dantes.

 

Apenas falei de bola, agora, a corrupção aqui impera desde o império, seu despautério

vem do tempo de Adão e ela nós nos esfola. Assim ai de mim vou acabar pedinte

de esmola. Salve a seleção brasileira, quiçá, com o caneco na mão altaneira.

Desculpe-me pela verdadeira verdade de brincadeira.

jbcampos

Saiba mais…

anacoreta

anacoreta

zé perneta, mais conhecido por anacoreta,

havia perdido uma perna ao cair da biciclêta.

esse  acento  da bicicleta  é somente pra dar

rima e não dar cisma. pois, bicicleta não rima

nem  com corneta. não, não faça confusão

não é  acento de  seleta de bicicleta,

até porque, zé mané, acento de

bicicleta  é assim que  é:

assento de colocar

as nádegas,

quase

que

fa

lo

bun-

da na

qual aval

de acidente

é minha  gente,

pois, minha mente

quase se  aprofunda

numa  ideia moribunda.

vamos ao  que interessa,

anacoreta é  o cara que de

cara fica  insulado de  um lado

qualquer. bem essa didática está

faltando emoção, vamos lá  então:

anacoreta: cara  que perdeu a reta

e partiu  para solidão, ermitão meu

amado  e querido irmão qual está

longe  ao meu  lado da multidão.

espero, não  faça mais confusão.

seleta?  sei  lá deve ser  coleção

de trechos, ai de mim por não ter

“dito” -   resumo  de   benedito.

Ah... sim, selim, ainda bem

que  falo  de  sela  e

não falo de falo

na  cela.

agora vou sair do meu tugúrio.

vou andar alhures, obrigado.

SILÊNCIO

jbcampos

Saiba mais…

consciência proibida

mente secreta

hei… amigo, pense um pouco comigo

você sabe bem o que é consciência?

você sabe bem o que  é  hipnose?

ah...  a  você  pensa que sabe...

quiçá,  seja   por  osmose.

quantas   vezes   você

passou de  marcha

o seu carro hoje,

por   quantos

faróis você

passou

hoje?

não

sabe.

pare!

parece

sentar-se

na ponta

de  um

sabre.

é assim

sua mente,

muito ausente,

pra você ela  mente

constantemente,  não é?

por que você faz tantas compras

por compulsão, até casaco  de lontra,

agora então;  com essa tal  digitalização,

se  descuidar é capaz de comprar até casaco

de leão, companheiro... olhe  para seu dinheiro

lojas virtuais rolando  pela Internet, de montão.

cuidado  acompanhe  de lado a campanha em

suas entranhas à campainha dum coração

afetado de afeto  descontrolado e ligado

ao supermercado da sua maior confusão!

então meu amigo-irmão tome atitude-ação.

por que você não  se controla, meu  irmão?

é hipnose de  montão desde o berço à escola!

a hipnose  universal faz o  ser humano divagar

mecanicamente, escravizando-o, sem que tenha

a menor ideia disso. o sistema cega a sua visão

mental, não me leve a mal, acorda meu irmão!

controlar sua mente secreta

é como andar de bicicleta

não se esquece  jamais,

porém, há de se relaxar,

à meditação se entregar

sem pestanejar, então  meu

irmão você há de começar sem

jamais rejeitar essa ideal condição

a andarilhar pela sua mente atrás de

velha  semente  a lhe condicionar,

de carro,  ou de bicicleta sua

mente  secreta  também

você  há de  decifrar.

a mente humana é  

demente e  dona

de doída-doida

consciência

proibida.

 

saia dessa

vida.

 

ah… agora, sem rima:

por  que você magoa

a  pessoa  que mais

ama na cama, à toa?

 

faz-se uma ilha do mal

onde se inclui bela

família ideal.

 

lavagem cerebral

para   celebrar  o

mal do vil  metal.

 

Pense sobre isso!

jbcampos

Saiba mais…

70 poetar aos70

70 poetar aos 70

No assento sessenta o velho já carcomido,

cujo acento já removido pelo tempo decorrido.

Com sua placenta  intumescida e já vencida,

Pra lá de Marrakech, do árabe traduzido,

é todo ouvidos. Pai-avô - já foi bom

marido. O velho tempo passou

bem conduzido. Num suspiro

dolorido, porém, revestido.

bons  momentos vividos,

alegria, sutil esperança

mais  gélida  que fria.

Lembrança  de velha

companhia. O dia vai

passando nesta eterna idade,

quantas atrocidades do mato à cidade.

muito desenxabido por nada entender

ainda de  todos os fatos ocorridos.

O velho  assistiu e  muito insistiu

na sua veleidade de humildade!

Podia ter desistido, porém, foi

além,  esperando  por mais

uma   simples  utilidade.

O  sonhador  continua

sonhando com dias melhorando o plano

divino, afinando-se ao velho destino,

num  empanado sino ao velhaco

olhar de lado,  velho menino.

Assim vai encontrando

outras  vidas em

outros planos,

só porque

sonhar

é viver

mesmo que,

por  engano.

ao passar

dos  anos

com muito prazer.

Como o velho

assim diria:

É sempre bom agradecer

a eternidade terna de cada dia.

jbcampos

Saiba mais…

Quantos anos você tem

 

quantos anos

você tem?

 

que importância

isso  tem meu  bem?

até  parece  brincadeira

essa  é uma velha besteira

pois, você pertence ao além!

 

essa vida é apenas curto sonho

de  travessuras  e atos bisonhos.

é preciso  ser preciso  na miragem,

também  no juízo  de alegria risonha

para  ver a  preferencial  passagem.

sempre aproveitando a estiagem,

vida de intrincada paisagem.

 

veja, você tem muitos anos

para  pensamentos  insanos.

vislumbre o profundo do além

na virtuosidade de fazer o bem.

 

nunca morrerá, apenas envelhecerá.

com um pouco de esforço, entenderá.

 

você sou eu

tentando

expressar

mensagens.

com dádivas

que   Deus

lhe deu.

jbcampos

 

Saiba mais…

Ame com as palavras

Ame com as palavras

Há poeta que não se apercebeu

ser o arauto e atleta de Deus.

Para Deus pouca importa

a jactância recolhida,

ou atrás da porta

jazida à morte.

O seu alarde,

mais  cedo

ou  tarde

será reconhecido.

Seu teor de amor

não será vencido.

Poeta pequenino,

não faça do seu sino

aquele destino cabotino.

Portando-se como menino

intumescido de muito juízo

para sentir-se no paraíso.

O poeta-profeta de Deus

merece um pedaço do céu.

Ame com as palavras

na lavra que Deus lhe deu.

Ouça e veja este detalhe:

A paz e o amor traduzem a felicidade

ao neném, indo além, até ao jovem de mais idade.

Portanto, portando-se bem nada haverá que o embaralhe.

Ame com as palavras na lavra que Deus lhe deu.


jbcampos

 

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Anjo implicante

Anjo implicante

Dentro  de mim mora um  anjo, não sei ao certo se, bom ou ruim, o

que realmente sei é que ele exerce enorme influência sobre minhas

atitudes. Este anjo nasceu comigo  para me acompanhar nesta

jornada perigosa. Sabe, meu  irmão de caminhada, viver

é  muito perigoso! Porém, somente com o decorrer do

tempo pude percebê-lo ao meu lado, sempre a fremir

aos meus  ouvidos palavras sedutoras. É aí que começa

a minha beligerância  interna. Tenho de conservar a minha

personalidade idônea, tenho de me manter consciente de meus

atos. Este anjo às vezes me dá  alguns conselhos de atravessado e,

quando posso, rejeito-os, e quando  isto acontece, sinto-me fortificado.

Pois, creio estar vencendo o meu ego. O meu anjo de tanto me fazer errar,

está aprendendo a se evoluir, soprando à minha mente de que é errando

que se aprende. Está cada vez mais humano, plagiando frases soltas

pelo ar. Tem mudado bastante, hoje ele é outro anjo, e eu outra

pessoa. Fundimo-nos em erros e acertos. Assim foi por longas

décadas. Este anjo danado é enigmático como  a própria existência.

Às vezes  me vejo no Éden, aquele  mesmo; criado pelo Senhor de

todas as coisas.  Aí aparece o cara,  todo encantado, insistindo

para que eu saboreie um suculento  fruto. Já cansei de falar

que não quero me atrever, porém, ele é cheio de sedutoras

palavras, ainda bem que tenho  acordado destes sonhos

paradisíacos,  pois, pouco a pouco  o paraíso começa

tornar-se  insuportável.  Talvez seja aquele  mesmo

Anjo Torto  do poeta Carlos, que foi logo colocando

aquela pedra no meio de seu caminho para que o

nobre poeta nela tropeçasse e fosse gauche pela vida.

Um dia  desses, estava  sentado sobre a soleira do por-

tão  lá de casa, rua pacata, vizinhança pacífica, quando

me aparece Elifaz, o meu anjo, a me chamar à atenção:

Oi Véio! - Por que não vai ver um daqueles programas

policiais pelo  qual escorre sangue  da impunidade

pelo  monitor  de plasma  de sua moderna  tevê?

Às vezes penso que seja algum desajuste de minha

fértil imaginação, mas ao testificar vejo-o realmente

com  um sorriso  maroto e com olhar de soslaio. Em

seguida ouço três estampidos advindos da próxima

esquina  à esquerda, então tomo a óbvia atitude

de adentrar na minha casa, enquanto, Elifaz

pisca maliciosamente para mim e res-

mungando soletra: Cuidado véio!

     

Jbcampos

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