Posts de Paulo Mauricio G. Silva (111)

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A ESPERA AO ANOITECER

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Ela medita com a alma acesa,
na janela pairando uma guirlanda...
Nova rosa no seu diário, presa...
Novas pétalas caídas na varanda.

O que pensa? O que sente? Sobre a mesa
luzindo a lâmpada zelosa e branda...
Há um alento na noite azul–turquesa...
Há um perfume em mágica ciranda.

Quando ilumina–se o beiral sombrio,
e a vidraça em prata resplandece...
Fitos os olhos seus no céu vazio

o que medita, ela, após a prece?
Quando murmura o vento fugidio
e a lágrima saudosa desce… Desce…

(Paulo Maurício G Silva)

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PARA SER FELIZ

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Basta-me o teu sorriso de ternura...
Tua presença que tanta coisa diz...
Teu gesto leve, cheio de doçura,
delicado como uma flor–de–lis...

Basta-me a luz da tua alma pura
como um frasco de límpido matiz...
O teu olhar suave que perdura
sobre a folha, num verso que te fiz...

Uma dedicatória num presente...
Cruzando como um sonho o ambiente,
o voo de um cortinado em tom de gris…

Ou, no estrondo da nuvem colossal,
um abraço ao cair do temporal…
– Tudo o que espero para ser feliz!

(Paulo Maurício G. Silva )

 

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FOLHAS NUM DEGRAU

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E vou te amar com todo o meu amor,
todo o carinho que terei pra dar...
Por testemunha, um raio de luar...
Um voejo de cortina... Um verso em flor.

E te aquecer... Com todo o meu calor…
Teus lábios em meu peito repousar.
Teus cabelos desfeitos, afagar,
se na paz de um momento sonhador.

Responder a palavra de um olhar
ao silêncio comum da noite morta...
Partilhar de um instante sem igual…

Que um dia, eu sei… Seremos sombras no ar…
Fotografias que ninguém se importa…
Folhas mortas sopradas num degrau...

(Paulo Maurício G. Silva )

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PARTIRÁS, TALVEZ

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Partirás, talvez… Numa tarde alta
talvez de lágrimas meu chão se farte…
Não só de luzes se faz a ribalta.
Também do pano que cai se faz a arte.

Partirás, talvez… Após, tua falta
uma sombra será por qualquer parte.
Nas madrugadas, numa hora incauta,
os ventos soprarão quando eu chamar-te.

Eu aprendi que o Mal também se espera…
E ele espreita cada sonho meu.
Por isso, amor, se um gesto teu pondera,

e a hora dança à beira do apogeu,
a nuvem de um mistério impera…
E ouço um raio estrondar–se no céu...

(Paulo Maurício G Silva)

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A NOITE DA MINHA ESPERA

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A noite da minha espera é a canção
das horas… É um momento glorioso...
Erram pirilampos no ar sedoso...
Descem estrelas, no Parque da Ilusão.

A minha mão espera a tua mão
como uma flor espera o sol radioso...
O canteiro desabrocha, cheiroso...
Vão abrindo-se as rosas em botão.

Uma sombra não longe se recata...
Um fino raio de luar de prata
inspira no silêncio, um violão...

E ouço no véu da noite iluminada
a tua voz como um tinir de fada...
Mas é só a voz do meu coração!

(Paulo Maurício G Silva)

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SUBLIME TENTAÇÃO

 

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Tu, que desfolhas uma flor singela,
a vagar entre a imensa multidão...
Fitas a cruz da catedral… Ante ela,
a sombra alta cruza-te a feição...

Que ouves o claro sino da capela,
como a voz interior do coração...
Que nos teus lábios a primeira estrela
colhes, quando na hora da oração...

Que soltas tua cabeleira lisa,
na carícia suave de uma brisa,
na fragrância de um círio que morreu...

Tu... Que a nuança dos vitrais matiza...
Em teu busto um rosário assim desliza...
-  Foi por ti que a minha alma se perdeu!

 

 

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REDENÇÃO

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Quando te vejo a minha alma se encanta...
Converto-me, como triste pagão.
Trazes no teu olhar promessa tanta
e nos teus braços tanta redenção,

que o teu carinho em minha fronte canta
como se fosse uma divina unção...
Beijo os teus pés como a uma terra santa,
os teus lábios e a cruz do teu cordão...

Desfio-te com dedos fervorosos...
E sigo como aos dogmas religiosos,
a tua sombra, os teus passos, o teu chão...

Vejo-me de mãos postas numa igreja,
com tua hóstia nos lábios, benfazeja...
E creio no amor... No coração...

(Paulo Maurício G Silva)

 

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CÂNTICO

 

 

 

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Raio de luz perene, tropical...
Na janela o florir de uma rama…
– É a tua presença onírica, irreal...
É a tua sombra sobre a minha cama.

Silêncio sem prelúdio nem final,
círios ardentes de mística chama:
é o teu sorriso…  – Límpido cristal… -
São os teus olhos em suave trama.

Leveza de asas soltas na amplidão...
Eternas partituras na canção
de um gesto simples, suave, que me chama…

– São tuas mãos leves e cariciosas…
Nas horas calmas e silenciosas,
num poema sublime de quem ama…

(Paulo Maurício G. Silva ) 

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VERSOS APENAS

 

 

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Eu terei tua voz melodiosa,
feito canção celeste, imaculada...
E terei dos teus risos a alvorada…
Dos teus cabelos a sombra sedosa.

Teu beijo, colherei como a uma rosa
a flutuar na haste delicada…
Terei tua carícia perfumada...
Terei tua fragrância prazerosa.

Terei tua magia sedutora…
Na folha que me escreves sonhadora,
o beijo carmim que teus lábios parte...

Inspirações do amor, terei, por fim.
Mas, que terás? O que terás de mim,
se apenas versos tenho para dar–te?

(Paulo Maurício G Silva )

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VISÃO ANTIGA

 

 

 

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Somos nós seguindo a mesma calçada,
mesmo destino, mãos dadas, tu e eu,
como numa data bem celebrada,
miniaturas num bolo sob o véu...

Somos nós pela rua iluminada...
Teu vestido bordado, meu chapéu...
Fotografia em luzes, matizada…
Visões de sonho… Glamour… Apogeu.

Vestes sopradas… Rosas em pilares…
Cumplicidade qualquer nos olhares…
Cores risonhas… Gestos feito voz…

E a multidão seguindo a noite acesa...
Os passos como vaga correnteza…
Um céu de fogos de artifício e nós.

(Paulo Maurício G Silva)

 

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O MEU AMOR POR TI

 

 

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O meu amor por ti é como a flora,
em teu caminho, pondo aromas seus…
Talvez como a janela sonhadora,
onde se busca um pouco de Deus...

Tal como estrelas das noites de outrora...
A chama da manhã beirando céus…
A lágrima que sobre a folha chora,
finalizando um poema de adeus...

Como o vento que lembranças, revira…
A rosa, entre espinhos, bem colhida...
A verdade sublime da mentira...

Sente… Sofre… Padece… Dilapida…
Vive… Sonha… Harmoniza–se… Suspira…
O meu amor por ti é como a vida!

(Paulo Maurício G Silva)

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