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Quando partiu
Mundim não levou
Consigo o bule de alumínio
O deixou sobre o fogão
Levou saudades
Das manhãs fumegantes
De sua infância
Embalou vivências
Nas poucas experiências
Deste chão sertanejo
Mundim não escreveu
Um livro, era analfabeto
Plantou árvores
que não vingaram
o chão era vazio
A casa de taipa
Escultura de barro
Fora erguida com ambição
Fazia o sol brilhar nos olhos
Apagados de Mundim
Sua maior realização
Inscreveu sua vida nos
Corações amados
Levou o corpo vestido
De andrajos...
O espírito ia no cabide
Para não amassar os desejos
Mundinho deixou
Dores e mágoas...e águas
O café estava no alforje
E seria servido expresso
Quando Mundim ...
...Virasse Mundão
Por Jennifer Melânia
Comentários
Um poema belo e magico como a seiva de uma inspiração verdadeira.
Tomar um café, é delicioso, prazeroso
Que lindo e rico seus versos,poeta!
Encantada eu aqui e aplaudo de pé!
Beijossssssss