Cartas de amor

 

São pequenas linhas

Talvez sejam minhas.

Pequenas cartas de amor

Que o tempo não apagou.

Meio amarrotadas,

Mal escritas, borradas à caneta.

Diziam o sentimento à amada.

Ficaria ela calada.

Admirada...

Não sabia que eram escritas

Nem mesmo sabia quem era o admirador.

Trêmulo, quando a via,

Lembrando-me que ela descobriria

Os pequenos versos de amor.

“Querida, como gostaria de ser o teu amado,

Mergulhar no mar de teu amor,

Lambuzar os lábios, nos teus beijos,

Ficar-me apertado em teus braços”.

Velhas e amarrotadas cartas,

Que a ela não chegaram.

Revendo, hoje, com o passar do tempo,

Lembrei-me do amor,

Nascido com um pequeno sorriso,

Mas ela não sabia.

Entristecido, no canto, eu a admirava,

Mas todo o amor passou,

No último dia de escola.

Para mim, ela me disse:

Vou-me casar com o fulano.

                     

                                                                                                                                José Carlos de Bom Sucesso

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José Carlos de Bom Sucesso

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