Lá fora há um dia insolente,
Coisas demais sob o céu,
Incongruência de mim,
Metáforas disformes do medo,
Expressões indecifráveis,
Furtiva banalidade da dor.
Ludíbrio da vida?
Queria abraçar as estrelas,
Sentir o infinito que surpreende,
E gritar bem alto,
E acordar o meu universo.
Me vejo na multidão,
Me fundindo ao caos invisível,
Ao poder mortal,
Em meio a olhares dispersos,
Num breve silêncio do outro lado.
São tantas paradas imprevistas;
Bifurcações do destino,
Que mais cedo ou tarde,
Nos revelará o segredo.
Sigo em frente,
Entre bons e maus momentos,
Lendo as memórias impressas,
Discrepâncias de um longo tempo,
Entre pedras,espinho e flores,
Matéria prima de várias pontes,
Do meu mundo indizível.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
Comentários
Mundo indizível que construímos dando-lhe ou tirando-lhe as cores. Lindíssimo!
Verdadeira maravilha de poema que esta um encanto