Dualidade: O Jogo Entre o Côncavo e o Convexo
— Mestre, bom dia! Sem mais delonga vamos destrinchar esse substantivo feminino.
— Bom dia Juão. O leme poético e literário está em suas mãos.
— Ok professor. Como o dinheiro anda em direção à suas mãos, e as minhas estão vazias eu vou contar uma história:
Esse substantivo que equivale à duplicidade, em seu sentido literal, refere-se à existência de duas realidades opostas, mas complementares, coexistindo em harmonia ou em tensão.
Eu Juão vejo o côncavo e o convexo, o dia e a noite, a certeza e a dúvida, a vida e a morte, a alegria e a tristeza. Como dualidade.
Essa tensão, por vezes inconcebível, é o que torna a vida tão rica e, ao mesmo tempo, tão complexa.
Agora vem a história mestre:
Professor era um dia de céu nublado, quando Isaura e Alfonso, duas almas machucadas pela vida, se encontraram em um café.
Havia algo emblemático na maneira como seus olhares se cruzaram, uma suspeição mútua, mas também uma suspensão do tempo, como se aquele momento fosse imutável.
Contextualizando, já era de certa forma esperado que algo assim acontecesse, pois o sonho e o amor não envelhecem, mesmo que os corpos e as almas carreguem cicatrizes.
Isaura balbuciou:
"Dualidade é, justamente, o que nos define, com um sorriso que misturava tristeza e esperança. Não é algo trivial, Alfonso, mas há questões pontuais que precisam ser ressignificadas."
Alfonso, com um olhar coeso e conciso, respondeu:
"Obviamente, Isaura, o que sentimos não é apenas epidérmico. A conexão entre nós é côncava e convexa, encaixando-se de maneira que parece feita sob medida, apesar de toda a celeuma que a vida nos imputou."
Suspirando, Isaura comentou:
"É inconcebível, mas fazemos apologia ao amor, mesmo quando ele se torna ostensivo e dolorosamente presente."
Alfonso sorriu, oferecendo alvíssaras por suas palavras, e completou:
"Porque, no fim, o amor é isso. Ele ressignifica tudo, até o que parece imutável. E, ao contrário do que muitos pensam, não somos dois opostos, mas duas partes de um todo. O côncavo e o convexo que, juntos, formam algo único."
E assim, naquele pequeno café, Isaura e Alfonso ressignificaram suas dores, encontrando na dualidade uma nova forma de amar.
— Juão Karapuça parabéns! Mas, você já contou histórias mais pulquérrimas. Entretanto a de hoje parece faltar algo!
— Mestre mils perdões.
Eu estava aqui presente, mas longe pensando na minha belíssima poetisa Márcia.
Mesmo assim, simplesmente, um cheiro poético sem dualidade a ti Márcia e a você que nos lê.
Que o nosso querido
— Deus —
me abençoe ricamente.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
#JoaoCarreiraPoeta. — 01/09/2024. — 16h
Comentários
Muito bom. Auspicioso.
Sim. Auspicioso.
Bom dia, escritor. A dualidade rende teses de doutorado e aqui sua escrita traz um pouco disso com leveza e conhecimento. Parabéns
Obrigado poetisa pela elegante visita e bela apreciação.