Risos Ao Luar
— Professor, o que temos para hoje?
— Um belo tema Juão. “Risos Ao Luar”. Em cima dele vamos tentar relativizar uma belíssima crônica.
— Deixa com o bardo aqui, dá para tecer uma bela história.
E ela começa assim:
Na cidade Encantada na Patagônia, sob a luz suave do luar, Lapisito e Borrachita caminhavam lado a lado, envoltos em uma atmosfera que mesclava romance e leveza.
A iminência de algo avassalador pairava no ar, uma sensação que fazia os corações pulsarem em um ritmo compartilhado, como uma ode silenciosa àquele momento.
— Juão a crônica começou bem e me parece que esse casal não me é estranho.
— Sim. São velhos conhecidos nossos de quando estivemos na gelada, mas linda Patagônia.
Lapisito, com a habitual retórica, tentava, de forma um tanto quanto purista, cacifar suas palavras para enaltecer a beleza daquele instante.
"Borrachita," começou ele, "há algo na eminência desta noite que faz com que o silêncio entre nós reverbere com mais intensidade do que qualquer diálogo.
Jamais esqueça que a beleza mora nos detalhes, e este momento, por sinal, é uma pauta que ressignifica tudo o que já vivemos."
Borrachita, sorrindo, espicaçou Lapisito com um olhar divertido dizendo.
"Lapisito, até porque, a sua obsessão em argumentar poeticamente poderia ser vista como um vício purista.
No entanto, vejo que, ao mesmo tempo, és um artífice do romantismo.
A sua retórica, por mais que eu a refute às vezes, é o côncavo que se encaixa ao meu convexo."
Lapisito riu, um som leve que dissipou qualquer tensão.
"Pois bem, Borrachita, somos díspares em muitos aspectos, mas desde então, o nada era tudo, não é?
E se o nada era tudo, faz com que nossas diferenças sejam, na verdade, mais um elemento entre tantos outros que tornam nossa dualidade única."
Borrachita parou de caminhar por um momento, observando Lapisito com um olhar que misturava carinho e leveza.
"Sabes, Lapisito, a sua perspectiva recorrente sobre a vida é o que me faz querer estar ancorada em você.
Tampouco és perfeito, mas és um artífice que transforma o trivial em algo a ser enaltecido."
Nosso personagem sorriu, sentindo-se tanto côncavo quanto convexo, acolhido pelas palavras da amada.
"Portanto, minha querida, se o nada era tudo, e o tudo é nada sem o riso, vamos fazer desta noite uma crônica repleta de risos ao luar."
Finalizando, entre risos e palavras, nossos personagens deixaram que a magia daquela noite, sobretudo, ressignificasse o amor que sentiam, uma dualidade tão natural quanto o côncavo e o convexo.
Fim!
— Gostou professor?
— Ainda estou preocupado. Parece faltar algo. Um toque. Enfim, vamos indo.
Que nosso querido
— Deus —
abençõe você que nos lê ricamente tu e tua casa.
#JoaoCarreiraPoeta. — 28/08/2024. — 9h
Comentários
Ninguém deixa de ter uma história alegre.
Depende.
Seus personagens são sempre muito animados e cheios de histórias. Leitura imperdível na sua página. Boa noite. Abraço
Obrigado Borrachita ops! Lili.
Você é muito importante na minha caminhada poética.
Você, suas visitas e suas belas apreciações fortalecem o meu estigma poético.
Um carinhoso abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.
Parabéns pela bela inspiração! Abraços poéticos!
Obrigado poetisa do Sul. Você e sua idiossincrasia fazem parte da minha história poética. Gratidão sempre.
Amei Borrachita e Lapisito!
São meus novos colegas de classe?
Aguardando ansiosa para conhecê-los pessoalmente!
Espero que Borrachita não fique com ciúmes de Lapisito e apague todos os meus escritos!
Abraços Professor Carreira!
kkkkkkkkkkk!
Amei a sua apreciação.
A ideia seria essa,
mas diferente de Juão Karapuça, Tião Tição e Ricardão poeta.
Mas, gostei mesmo da sua visita e inteligente apreciação.
Um carinhoso abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.