(Des)conexões

Longa é a espera pela noite bordada no breu
Do tempo que remanesce solitário e constrangedor
Flui imerso num sonho proscrito e comprometedor

Gemem calados os dias desolados, balizando aquele
Silêncio repercutido num lamento quase avassalador
Mordendo só um gemido triste que ali ecoa tão pacificador

A sussurrar baixinho chegam as brumas da manhã apartada
Penetram no esqueleto da solidão onde a indiferença depois
Nos abraça, enlouquecida, meticulosa…arrebatada

Corroídas ficam as memórias num simulacro de tantas horas
Perdidas, egoístas, quase odiadas onde a espera arquitectou
Um desejo mirando as sombras que felizes um beijo eternamente conectou

Frederico de Castro

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Frederico de Castro

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • 3696969?profile=original

  • ""Perdidas, egoístas, quase odiadas onde a espera arquitectou
    Um desejo mirando as sombras que felizes um beijo eternamente conectou"

    Encantador seus versos,poeta!

    Bjssssss

  • Disponibilizar de matérias tão milionárias e de uma excitabilidade inexplicável, enobrece a CPP, como, também, quem a acessa.

    • Que dizer de tão excelsa mensagem

      Grato fico amigo...bem hajas

      FC

  • Verdadeira magia que se ilustra nesse poema impecável. A energia, ele traduz a vida

  • Lindíssimo poema.

    Aplausos ao teu belo trabalho poético.

    Destacado!

    • Agradeço sempre seus comentários gentis Edith

      Bem hajas

      FC

  • This reply was deleted.
  • This reply was deleted.
This reply was deleted.
CPP