Desdém

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De repente... 
Levantei-me da cadeira, 
Inúmeros pensamentos aos olhos, 
Olhei pela janela da tarde ensolarada, 
Para muitos apenas um dia comum, 
Sem que o mundo pare para te ouvir. 

Após alguns instantes, 
Suspirei bem fundo, 
Um copo com água tragou minha sede, 
Figura sedenta do meu ser, 
Delineando entre a razão e a loucura, 
Flertando com a noite morosa. 

A tarde castigava a minha solidão, 
Açoitando-me com a cruel ausência, 
Daquela que um dia ousei chamar de amor, 
Que tampouco se importou em partir, 
Equívoco da vida em trágica epopeia, 
Gritando aos meus ouvidos ensanguentados. 

De repente, 
Nada fazia sentindo entre as horas, 
A fidelidade não foi suficiente, 
A ilusão estrada da tristeza, 
Enriqueceu-a com o ouro de tolo, 
Deslumbre tardio da falsa liberdade. 

Fui o que pude, 
Destreza do verdadeiro amor, 
Levando o que não me pertencia, 
Amanhã quem sabe estarei mais forte, 
Compreenda que as flores murcham, 
Mas a primavera tudo renova. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Sirlanio Jorge Dias Gomes

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Comentários

  • Sirlanio, receba minhas reverências pelas linda obras partilhadas aqui na Casa.

    Exuberante este poema.

    Parabéns e Destacado!

  • 3647263?profile=RESIZE_710x

  • Soberbamente escrito...e sentido poeta

    Bem haja pela partilha de boas emoçoes

    FC

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