Deita comigo enquanto há desejo
Os meses passarão junto aos dias de maio
E logo a libido acaba
Tudo se tornará relativo
Pouco adiantará se houver oportunidades
Nada significará ainda que exista
Depois um resto de vontade
Pense, não haverá necessidade de amor eterno
Nos motivaremos pela casualidade
Como tantos e inúmeros casos
Que extrapolam os padrões sociais
Sem alucinantes paixões
Apenas em axiomas imprecisos
Que satisfaçam os prazeres carnais
Mas se de repente um único olhar nos prender
Desses encontros de olhares lancinantes
Que cumpliciam os mais irrisórios casais
Ah, certamente após esse casual pormenor
A vida nos porá diferentes
E viveremos além dos tempos e concepções
Entre juras, sonhos e saudades
PSRrosseto
Comentários
É esta fagulha de um único olhar que faz a diferença.
Excelente poema.
O que vale, é a liberdade da expressão máxima do desejo,em suas interlocuções repletas de casualidades até onde os olhos podem alcançar.No fim,restará o que o destino aprouver além do que foi prometido ou consentido.
Maravilhoso texto.Um primor!Grande abraço caro poeta.