É fervorosa esta brisa erguendo nos ventos
Seu espampanante e caudaloso perfume deixando
No ar a ementa da suculenta solidão por excelência
Na viçosa planície da minha esperança rego o horizonte
Com azuis magistrais acariciando a luz aprazível que respinga
Do teu olhar opulento, conivente, despertando seduzível
Esvai-se a memória como um rio bravio aconchegando suas
Margens a jusante dos meus lamentos intemporais e vazios
Onde me quedo cada noite, neste entroncamento da vida…a ver navios
Imagino nas ternas madrugadas onde cada ilusão profana se acoita em
Mim a florescência do silêncio ébrio e tirano que imortalizo num verso
Dissimulado em cada odor vinculado num beijo que nesta rima explano
Trago no paladar todos os sabores mastigados num desejo diria
Excessivamente vertiginoso vasculhando o palato dos secretos
Queixumes mendigando um abraço completamente absurdo e fogoso
Frederico de Castro
Comentários
Palavras que chora um margo onde a dor do amor as faz em amargura no coração
Boa leitura, beleza, bom gosto, destreza. FELIZ NATAL!
Grato pela carinhosa mensagem
Bem hajas Marso
FC