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Passo passo a passo pela bamba corda
Por onde destemido passeio
Cruzando as linhas das fronteiras
Entre as tuas cordilheiras
Nas curvas destas estradas
Salpicadas de estrelas
Voando por sobre rodas
Rondando batendo asas
Pensando sentir teu cheiro
Banhando nas
Risco no espaço
O contorno liso do teu rosto
O esguio desenho do teu corpo
Oblíquos segmentos que aos poucos
Dão a dimensão da tua imagem
Viva e evidente na memória
Então essa transparente miragem
Procura esconderijo e calma
Aqui dentro de mim
Redimensiona e
Publicado na Oficina de Rondel da Casa
Diariamente o sol nos engana no ocaso
Quando aparentemente diz ir embora dormir
Finge pôr-se atrás do horizonte de cada um
Tingindo o céu de inacreditável dourado
Mas ah, não é ele quem se vai, eu quem fico
Sentado ao pé da cama contemplando
Esse paraíso
Quando ouvi os cães ladrarem
Acreditei que passaste solta na penumbra
Ganhando o vazio das solitárias ruas
Também vaguei por essas mesmas vias
Assim tentado a ir ao teu encontro
Já não estavas lá
Nem a tua voz nem teus olhos negros
Vencemos as distâncias
Razões.
Quisera medir o desconforto da tristeza
Mas desconheço a unidade mais exata
Que se aproximasse ao torpor que no peito
Se instalara
O volume das razões aprisionadas
Pelo tempo que levara equalizando
Os estragos que essa dor fizera
Leia
PENSAS!
Você pode até pensar
Mais estou percebendo seu olhar.
Olhas para mim com um olhar diferente
Sei bem que você só não se chega devido
Ser um tímido mais já, percebi e digo mais...
Eu também estou gostando de você adoro
Quando você me olha com
O menino pisa descalço o meio fio
Corpo ferido
Corpo fedido
Corpo frio
Desprotegido e só
O corpo é pisado na calçada
Quando deitado
Quando amoitado
Quando açoitado
Atingido e só
O quando escalpelado na rua
Não insiste
Não existe
Não resiste
Fustigado e só
O só s
Penso ser doce o beijo
O quanto suave é tua fala
Terno o olhar que emana
Das belas meninas dos teus olhos.
Penso ser denso o perfume
Colado à tua pele nua
Ou envolta por tecidos leves
Teus segredos avivados
Recobertos pelas rendas.
Penso que a morna agua te
Não é porque caminhas vago sobre as aguas
Que um dia nelas não possas mergulhar
Explorar as profundezas oceânicas
Entender o fluxo imerso das marés
Onde tramitam as revoltas correntezas
E todas as incertezas castas dos mares.
Aprender no vai e vem das bru
Gole a gole seca a xicara
Do café degustado
Servido à língua
Sorvido pelos lábios
Entre olhares dispersos
Sorrisos e frases amenas
Nas horas pequenas
Entre um movimento e outro
Assim consumado
Restam vestígios e rastos:
No fundo desenhos na borra ma
Se te sentires indefeso sem rumo pelas sombras
Excluído até das sobras e restos da madrugada
Se vierem os lamentos pesados sobre os teus ombros
E entre escombros pisares sobre pontas de estilhaços
Se as mentiras se apegarem à tua mente oprimida
Comprimi
Se triste é ver um semblante chato
É terno acolher um semblante triste
Pois a tristeza é diferente do sorriso falso
Este sim existe escancarando a face
A tristeza normalmente usa disfarce
Esconde-se atrás de qualquer rosto nulo
Que por vezes nem parece es
PONTO FINAL
Eri Paiva
Neste estado de espera, reticente,
Respeitando teu silêncio, me recolho!
Não imagino o que planejas pra frente...
Que não venhas me cobrar em choro!
Um vento forte cheirando a vendaval
Parece -me espreitar o nosso teto...
MEUS CABELOS BRANCOS
Eri Paiva
Gosto de estar assim, feliz, sorrindo,
Com a idade crescendo, ano a ano,
Rosto calmo, sereno, num bem-vindo
Às novas ondas de meus cabelos brancos!
O tempo passa mas também ensina,
A desnudar-nos dos véus, sonhos
A gente prepara o futuro mas ele chega e nos apanha descalços
Como relâmpagos atrás do escuro diferençando seus finitos
Percalços que atravancam sanar as nossas possibilidades
E logo após seus trovões arrebentam ateus tímpanos
Destapados interpostos a br