Sei que existo,
Finitude infinita,
Solícito firmamento que me abriga,
Andejar revoltosa fuga,
Sombra de outras sombras,
Louco disfarce de humanidade.
Mira o poente minha ilusão cansada,
Beijo o pó meu manto,
Quando abro a janela,
E abro a porta,
Destino incógnito vício,
Caminhar entre as alcateias,
Sorrateiros amigos entre sorrisos.
Tantas mãos empunhando facas,
Entre perfume e morte,
Pés vacilantes tal vaidade,
Casamata de estranhos,
Irmãos sem rosto,
Ouro de tolo trazem,
Vil pecúlio da solidão.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
Comentários
Infelizmente o homem cria o seu próprio abismo transformando em inferno o que deveria ser um paraíso... Meus aplausos!
Um poema que grita os momentos vividos de dor onde a tristeza se traduz
É nessa sociedade conflituosa, onde os valores andam bem esquecidos que habitamos e vivemos pedindo paz entre os homens, estes que são os mesmos que incitam a guerra.
Maravilhoso poema.
Parabéns!
Destacado!