Em meu exílio de estrelas invisíveis,
Espreita-me a morte em minha agonia.
Vagueio nas lembranças feito folhas ao vento,
Procurando repouso incerto na dança louca.
A lua escondeu-se de mim,
Levando consigo minha coragem.
Me perdi em sonhos de vidro,
Melindres de um bêbado no porre da vida.
Sou um saltimbanco sem expectadores,
Um joguete nas mãos do destino.
Brinco de esconde-esconde com a felicidade,
Distraído numa soberba insuportável.
A desgraça se diverte extrovertida,
Enquanto procuro alento na esperança.
Eis um palhaço numa tristeza vagabunda,
Catando ao chão risos perdidos.
Num canto qualquer jogo meu corpo,
Desolado,maltrapilho visionando estranhos.
Sem pensar em nada me levanto,
Rio de mim mesmo.
Em minhas mãos uma garrafa vazia,
Mas cheia da minha vida arredia.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
Comentários
Versos fortes, tristes líricos e lindos!
Passei aqui pra dar uma olhada e gostei muito do que eu decodifiquei -cumprimentos.
Teus poema são maravilhosos de uma essência plena
Uauuuu! Poema cinco estrelas.
Maravilhosamente reflexivo.
Parabéns pela maravilha de composição.
Destacado!
Parabéns, Poeta!
Um belo poema de lamento.
Aplausos poeta Sirdanio pelos versos em desabafo
Bjs