Néon

As boninas bonitas pela relva.
O arvoredo coando a luz solar.
De longe o bafo bom do mar
Adentrando a pelúcia da selva.

O murmúrio suave do regato
Que vai movendo as pedrinhas.
No céu um bando de andorinhas
Fazendo da tarde um espetáculo.

O Sol queda no seu berço marinho,
A brisa trazendo essências do mato:
Uma mescla de hortelã e rosmaninho.
Em pouco tempo o céu todo estrelado!

Detrás do monte sobe a Lua cheia.
As nuvens se vão em balés mansos.
Os seres dos dias procuram descansos.
As ondas vem beijar levemente a areia.

Entre as folhas secas o vento sibila.
A várzea rejubila em gozo e em festa.
Na noite os seres noturnos da floresta
Deixam vestígios na amarelada argila.

A Lua, jóia de prata que pouco se consome,
Pelo céu escuro desfila de deusa rica.
Na noite os Homens amam e fazem Homens
Na placidez calma de uma luz néon que pisca.
 

Gilmar Ferreira 

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Comentários

  • Um luxo de poesia.

    Minhas reverências!

    Destacado!

  • Momento de poesia mágico amigo Gilmar

    Seu poema luz pra nós neste mundo que escuro desfila por nós

    Abraço fraterno

    FC

  • Um texto belo e comovente

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