As flores não existem fora de nós
Lá fora tudo é apenas um reflexo
O universo ainda sendo multiverso
Sintetiza-se em nossos afetos
Não se explica nossos instantes
A poesia mais perfeita não descreve
Teu corpo se fundindo com o meu
Exalando prazeres em forma de borboletas
A chuva com seus trovões apenas inveja
A umidade que tempera os nossos toques
Eu escorrego pelas linhas do teu pensamento
Como criança em um parque de diversão
Não se houve a canção mais tocada nas rádios
Apenas os murmúrios eróticos do teu respirar
Não importa o que está marcado na agenda
Se o tempo não puder esperar por nós
O problema será do amanhã com seus pecados
Não se deixe levar por nuvens pesadas de rancor
As tempestades só se formam se você quiser
Eu quero acreditar é no brilho dos teus olhos
E na minha vontade de eternizar o nosso gozo
Comentários
Os olhos traduzem muitas coisas, são deles que vem as mais belas palavras de amor
É flagrante,Cláudio, o quanto seus versos vêm revestidos de pura poesia 0 que faz da leitura deles um grande prazer! Muito interessante a sua transposição do universo íntimo para o mundo exterior carrega de subjetividade o olhar com que se desenham as experiências do sentir!