- às horas náufragas,arquitectadas num imenso e triste silêncio...
Profundo como este silêncio é o vazio
Que resvala pelo abismo do tempo fugidio
Onde mergulham palavras e gestos arredios
Foi mais um dia de todos os silêncios estúrdios
Quantas vezes intolerantes e consumíveis
Tantas outras inconsolavelmente devastadores e imperceptíveis
Na esquina das desolações desequilibram-se
Muitas solidões, amenizam-se razões perdidas no tapume
Das horas expostas a tantos dissimulados lamentos inaudíveis
Morre a silhueta de uma sombra milimetricamente irredutível
Calam-se os silêncios num imenso eco ecoando de improviso
Embebedando a noite que chega vestida de negro e tédios irremovíveis
Frederico de Castro
Comentários
Poeta de profunda beleza poética adorei abraço..
Silêncio, solidão e poesia, um trio perfeito para lindos versos. Aplausos!!!
Poeta Frederico! Em nosso país, a desigualdade social é uma das características mais importantes, já que somos um dos piores países do mundo neste tipo de diferença entre as classes sociais. Cumprimentos, sua página é uma atração, me considero privilegiado por poder desfrutar do que escreve!
Lindo,verdadeiro e triste seu poema!
Infelizmente é a realidade
Bjs
Grato poetisa pela mensagem
Votos de dia feliz
FC
Você esceveu aqui uma relidade contemporanea onde a vida se mostra em um desigual muito alem dos olhos
Grato JCarlos pela mensagem
Bem hajas
FC
Frederico, aflroam lágrimas este poema em conjunto com esta imagem.
Encontro de realidade triste e inadimissível.
Bela noite.
Grato Edith pela mensagem carinhosa
Bem haja
FC
Um imagem muito forte. Excelente texto, Frederico!