Entreabre-se no tempo uma hora tão solitária
Acoita-se entre os vales desta ilusão excedentária
Aninham-se num silêncio inescrutável fugindo pela frincha
Da solidão selvagem quase inevitável…quase inimputável
Pelas frinchas da noite escapuliu um gomo de luz
Deixando na ruptura da alma uma subtil fenda instável
Bulindo esta solidão estilhaçada…incontestável
Manobro como quero até as palavras mais carentes
Elixir ou dopamina dos meus desejos virtuais ou
Tónico ardiloso que transpira das nossas dermes tão latentes
Esgueira-se aquele horizonte vestindo o vulto da noite
Com tenazes gomos de luz engolindo a escuridão ali adjacente
Até que se mate de vez este silêncio, versátil…complacente
Frederico de Castro
Comentários
Tão sonoro quanto á música que o acompanha é esse seu poema,
que ao lê-lo os versos vão invadindo a alma.
Confesso que paro ás vezes a leitura para meditar e entender os termos
menos comuns, onde sua inteligência os alcança.
E essas frinchas que tomam vida e se esgueiram pelo horizonte
vestindo o vulto da noite. Lindo...maravilhoso poema.
Parabéns pelos versos, música, tudo amei.
Abraços poéticos de Veraiz Souza.
Agradeço Veraiz tão linda mensagem
Bem haja
FC
Caro poeta, teus poema são de uma intensidade plena que evanesce os mais encantos dos encantos, maravilha
Grato poeta pela singela mensagem
Votos de dia feliz
FC
Grato pela carinhosa mensagem de apoio
Bem haja
FC
Obrigado Luly pela carinhosa e gentil mensagem
Votos de dia feliz
FC