Pensamentos
Não concebo o desconhecido
nem me interessa o que pensa o amigo.
Quando as palavras se perdem no ar,
as que ficam será que merecem ficar?
E os pensamentos! ora são apenas borboletas,
azuis, vermelhas ou pretas
deixem voar.
Que importa que o vento passe
ou que o pó aporte na estante,
é só um adjutório ocasional
e apenas um instante
em um ponto sem um final...
Que se dane todo o mal
que a todos condena,
a quem diga a boca pequena:
Há um tudo de mim...
um tudo o que faço, em cada gesto
em cada poema
em cada verso
e no anverso é pena
porque é só
um desconhecido a desvendar.
Alexandre Montalvan
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Comentários
Belíssimo poema Alexandre, aplausos!
São iguais borboletas, vão e vem em escolher horas ou lugar.
Adorei teu poema. Lindíssimo!
Poema lindamente versado, maravilhoso