Por Entre Cacos

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Por Entre Cacos

 

O que há dentro deste oco

tanto desespero incontido 

a fúria deste que vos lê

semente morta sem sentido

 

O que tenho neste vaso fúnebre

e que me traz ambiguidades

olho e vejo tantos de mim

espalhados...vermes decepados

 

Emborquei todos meus mistérios

nesta noite inconsequente e pura

com meus olhos olhei a rua

no coração disparou meus medos

 

Sou um caçador de desventuras

sou meu próprio algoz

retalho-me como as faces da lua

e a tua mão não me deixa só

 

Esta chama é tudo que me resta

esta mão insana, este inverno

estou sempre neste inferno

a alma quente neste mar de lama

 

Viver é andar em cacos de vidro

o corpo segue a frente indeciso

a alma tua é só suicídio, mas nosso

olhar vislumbra o desconhecido

 

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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Comentários

  • 167518716?profile=RESIZE_710x

  • Muito bom! Vivemos entre cacos de Vidro! Vamos com calma para não sair ferido!

  • Prezado Alexandre

    Não há como não nos revoltarmos com a série de barbaridades passadas e atuais , belamente traduzidas em suas belas metáforas de indignação.

    As Instuições em frangalhos.

    É rezar e ter muita fé afim de uma sobrevivência de esperanças

    Parabéns por belo texto de protesto

    antonio

  • Versos duros com imagens tétricas.

    Grande momento de inspiração.

    Parbéns.

  • Versos com imagens fortes, dá impressão que foi escrito em um sopro. Maravilha de inspeiração!

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