Ah... Se tudo fosse primavera
Seria o respirar de renovada era
ao revoar de tantas quimeras.
Ao perfumar de belas flores,
o singular de seus amores.
Alegria, fantasia e açores
a escorar o seu veleiro, ao tisnar do nevoeiro.
Oh... Inocente primavera, é prima irmã do vil ve-
rão o qual aquece o coração na manutenção da ilu-
são. Seja como for, o outono, traz em seu bojo o bônus
ao inferno-gélido-inverno.
Oh... Inocente primavera,
Olá: Juventude; saudação.
É apenas mais uma estação
a rir da vida em sua profusão.
Apesar de bela saúde, um dia
toda essa maravilhosa alegria
resumirá nessa gloriosa plenitude.
O seu amor àquela flor, sobretudo,
o seu orgulho mergulhado no ataúde.
Despida, quiçá, lhe sobre um sobretudo.
Porém, essa é lei a qual advém
do misterioso circo do além.
Mesmo que você não goste!
Mesmo que você não que-
ira, meu adorável bem.
O poeta tem mente digital, pois, a informação não
lhe para de chegar, e haja antivírus para filtrar.
Ideias, ideais de todo o lugar, lá das quebra-
das da China, da Cochinchina, passando
pelo misterioso, ardiloso, velho e novo
Nepal. Egito do Nilo, Nilópolis do car-
naval, além do canavial de Sampa
da garoa, anúncio de gente boa,
sua cabeça sempre a povoar.
Apesar desse imenso car-
rossel, poeta também
não passa dum bar-
quinho de papel
frágil a nave-
gar poesias
de dor e
alegria
sem
par
ao
a
m
a
r
.
Comentários
O amor e suas variações nas percepções mais profundas da vida.Experiências que nos tornam mais aptos a entender o mundo em toda a sua complexidade.Parabéns pelo texto criativo!Um grande abraço.
Grato, caro Sirtanio pela sua honrosa interatividade.
Abraço.