Primaveras passadas
Emoldurando na mente a saudade;
Vago por um mundo sem cor e alegria.
Pois a beleza ficou no passado:
Nas manhãs das primaveras distantes.
A visão, a memória deixou guardada
Para que fosse recordada sempre!
E é assim: quando a saudade se aproxima
Acorda a menina existente em minha alma.
Sinto minha alma suspirando à toa,
Pressinto que está no tempo voltando
Para eu rever por onde caminhei.
Somente não sabe que não irei chorar.
Acostumei viver só de lembranças,
A realidade é bem diferente hoje.
Tudo que foi vivido na juventude
Não tornará os meus dias com matizes.
Márcia Aparecida Mancebo
Comentários
Tentemos "manchar" o nosso hoje com luzes do passado e do presente.
Bom dia, poeta! Ah! Há um tempo que somente podemos viver de lembranças, espeicalmente nos, poetas. Mas, a saudade de coisas boas e saudade gostosa. 1 ab
Obrigada Nelson.
Um abraço
A vida tem seus dias contados no calendário. Parabéns pela poesia, Márcia 🌷
Obrigada Lilian.
Bj
Cara Márcia:
Congratulações pelo poema, vertido com as cores melancólicas (mas não tristes) da saudade. É essa serenidade no ver os múltiplos caminhos já palmilhados — uns: de suave tessitura de gramado, outros: árduos e espinhentos e pedregosos — é a grande vantagem sobre aquele arroubo juvenil, que tudo vê pelas cores da ilusão (outro nome romanesco para hormônios...).
Abraço; j. a.
Obrigada,JA pela visita e comentário.
Um abraço
Olá Márcia!
Acabei de ler seu poema.
Uma verdadeira pérola negra.
Ele é como uma nota singular dentro de uma sinfonia sem par
de cada ser poético.
Um poema auspicioso e homogênico.
Parabéns.
Abraço carinhoso e fraterno.
Bem haja.
#JoãoCarreiraPoeta.
Obrigada, João.
Um abraço