Te dei amor e me deste cicatrizes,
Decepou a flor do meu amor,
Me deixando apenas amarguras,
Transformou-me num deserto sem oásis,
Rasgou minh'alma feito papel,
Calou o meu grito sem piedade.
Pesado suplício verteu de ti,
Odioso veneno ignóbil vertiginoso,
Mácula em meu corpo a ti enredado,
Tresloucado sentimento desvairado,
Oscúlo de espinhos em minha boca,
Agora seca lacerada ao desgosto.
Te dei amor e me reduziste a nada,
Alejou a confiança do nosso amor,
Este sentimento que agora sei,
Nunca tive deste torpe coração,
Desejo apenas do meu pensamento,
Domado a duras penas de sua infidelidade.
Te dei o que nunca te perteceu,
Até a sua falsidade abstrair meus sonhos,
Roubando a minha paz iludida,
Quebrando o espelho da minha imagem,
Fragmentado reflexo da mulher que fui,
Buscando forças para prosseguir.
Te dei amor e pego de volta meu tesouro,
Renovarei o meu destino a toda prova,
Terei ao certo um novo amor,
Serei feliz nesta selva de perigos,
Mais forte e decidida,
A ter o melhor que mereço.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
Comentários
Magnífico poema, Sirlenio!
Lindíssimo!
Sem mais delongas.
Parabéns!
Espetacular o seu poema tem muito sentimento real e a realidade é na verdade o que importa. Parabens pelo belissimo poema.