Rogado silêncio

A solidão desabou sobre o tempo como
Uma intempérie de angustias desoladoras
Devorou todo o silêncio emaranhado a uma
Impermutável hora chegando tão predadora

Em reclusão deixei a marinar um quilograma
De memórias refastelar-se na balança da noite
Onde se diluem depois todas as centésimas partes
Do silêncio migrando tão rogatório

É só mesmo esta ausência maltratando os sonhos
Inacabados ruindo no ambulatório da tristeza crivada
De desassossegos sempre inquisitórios

Em fuga para a frente fiquei a um passo do abismo obrigatório
Caindo estatelado na tacteante solidão que não mais recua
Pois respira-me anseia-me reclusa-me assim retaliatória e abrupta

Avante lá vão todas as marés morrendo na praia
Sedenta de tantas lágrimas peremptórias e corpulentas onde sei,
Não viveremos mais ausentes daquelas maresias mais lamurientas

Todavia ainda amamento aquele gomo de luz explicito colorindo
Todo o cenário da madrugada prisioneira, sugando astuta
A pulcritude da vida que renasce imperiosa, intimista…absoluta

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

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    • Grato fico pela mensagem Margarida

      Votos de noite feliz

      FC

  • lindooooooooooooooooooo!!Amei,babei!!

    Sou fã dos seus versos,poeta Frederico!

    Bjsssssss

    • Grato Ciducha pela carinhosa mensagem

      Votos de noite feliz e em paz

      FC

  • Lindo poema onde o coração chora esse momentos apeno de uma tristeza antagônica que pervera dentro dos olhos que tanto ama. Poema magnifico, sentimental. Feliz ano novo 

    • Grato amigo pela visita e gentileza

      Votos de noite em paz

      FC

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