Eram frutos de uma busca indiscreta
Corrigida pelo tempo abstrato.
Não detinham essa plácida paciência.
Cultuavam sim a perplexa vertigem
De quando checavam suas miragens
Com meia dúzia de linhas levitadas
Declaradamente inibidas que por si só
Astutas os amavam inteiras, secretas.
As tardes arrebatavam os seus barcos
Reviravam suas terras
Onde sombreavam porções de idolatria
Nutridas, reciprocas, reavivadas
Atadas às incontáveis e desejadas
Esperas dos voluptuosos abraços
Que os detinham enamorados
Entre as longas gloriosas rotinas.
Então se olharam pelo avesso, certa feita
E não mais viram defeitos nem distâncias.
Desaproximaram as faces das labaredas
Repensaram sensatos as verdades abertas
E se deixaram incontáveis à separação
Sob o limite da ventura coincidência
Intocáveis, temidos, exaustos
Onde hoje o amor não mais se deita.
PSRosseto
Comentários
Sentimentos a flor da pele em cada linha. Parabéns e otima noite
Composição belíssima, carregada de imagens, e um apelo profético para que reflitamos o que é amor. Abraços.
Magnífica composição... Aplausos!