Vagas do mar
.
O sol jaz inerte, impassível e derradeiro
Num último espetáculo antes do luar
As vagas do mar eclodem contra os rochedos
Prenúncio da tormenta que não tarda a chegar...
Vejo tudo...imersa em meus pensamentos
Tão revoltosos quanto a tempestade anunciada
Vagas de sentimentos que lutam contra
o arremesso do desespero
Que ferem e mutilam um coração tão sem esperanças.
Decisivos e vagos são os prelúdios do tempo débil
Tão intenso quanto uma alma que se
perde em vagas de pensamentos
Antes iluminados pela cálida luz do luar
Mas que agora, jazem com o sol, distantes
A espera do último e inóspito ato.
.
Maria Angélica de Oliveira – 09/11/17
Comentários
Um poema encantador e intenso tal como as vagas do mar
que dentro de nós ribombam com estrondo
Parabens pela escolha musical
FC
Do tempo entra dentro de nos aqueles sentidos que caminha pelos sentimentos acionando uma saudade tocas pelos ventos.
maravilhosos poema, encanto
Que lindo, Angélica!
Vai-se lendo e se transportando ao cenário - ou será ele que vem vindo com sua força marítima e poética de se arremeter na nossa percepção?
Tanto num caso, como no outro, fica patente a sua capacidade de nos envolver na beleza dos seus versos!
Nas ondas do mar, seu sujeito lírico se percebe no seu pensar. Nesses seus versos, nos sabemos reflexo do que queremos ver.
Muito lindo - e verdadeiro!