Apressado o tempo escorre espreguiçando-se
Na ampulheta da vida que reverbera contenciosa
Geme tão efémera e displicente desaguando na
Madrugada que chega tão prodigiosa e complacente
Bebo agora uma xícara de ilusões deliciosas
Embebedo-me num verso quase ludibrioso
Imprimindo aos silêncios estas solidões que cadastro
Em cada murmúrio genuinamente seduzido e meticuloso
Preciso só que a saudade siga sua procissão
Homenageando todos os beijos que deixámos a
Conjecturar no baldio do tempo quase indigente navegando
Em mil ecos e lamentos sobejamente contundentes
Preciso que o vazio me encha a alma e transborde
De amores perfumando cada migalha de luz ofegante
Até que o dia a montante se espraie em nós algemando
Pra sempre todo este silêncio que acaricio ali a jusante
Frederico de Castro
Comentários
Muito gratificante ver que existe pessoa como você que valoriza a literatura e a poesia.
Greatto amigo Sam pelo comentário positivo e gentil
Bem haja
FC
A ilusão são cores de nossas imaginações que se transforma em miragens dentro de nossos pensamentos
Grato amigo e poeta pela sua constante presença
Abraço fraterno
FC
Cada dia que passa seus versos estão mais lapidados...belos demais. Aplausos, amigo Fred!
Obrigado pela estimulante mensagem Jennifer
Votos de dia feliz e em paz
FC
Grato pela visita e pela carinhosa mensagem
Bem haja
FC
Muitas dessas xícaras bebemos no decorrer da vida, às vezes nos intoxicamos com seu excesso.
Lindo poema Frederico.
Parabéns!
É isso Edith e nessas intoxicações saem palavras e versos trajados de mil ilusões
Abraço fraterno
FC