Às vezes aflora a impotência
Por não conseguir matar a barata
Ao perder o horário do trem
Ao deixar congelar a cerveja
Furar o pneu da bicicleta
Não conseguir estacionar na vaga
Deixar de fitar um olhar
Derramar café na roupa
Escorregar no piso da calçada
Si
Ao coração dê alento
Aos olhos o brilho de outros olhos
Ao tempo alimento para que não desgaste
Ao amor entrega-te cegamente
Enquanto permanecer vibrante
Qualquer excitante emoção renovada
Se houver rotina muda de rua
Dobre outra esquina
Sente outros vento
As rosas não são iguais
Não por não serem todas rosas
As melodias são distintas
Não pelos arranjos nem pela poesia
As palavras diferem-se
Não somente por possíveis ignóbeis significados
Os mundos são dispares
Porem nunca pela distancia entre si
Mesmo as dor
Equivocou-se
Quem rabiscou a folha
Escondeu o livro
Rasgou a revista
Em que fora escrita
A rota o mapa o registro
Onde tua alma habita
Rastreei o destino
A sorte o acaso
Achei a pista
Encontrei a luz que irradia de ti
Descobri o perfume do teu veludo
A beleza
Falo de ti poesia
A quem possa escutar minha fala
Das mil maneiras que tenho para que consigam me ouvir
Sem precisar que entendam minha língua
Ou necessite explicar simplesmente
O uso de palavras que tomo por minhas
Para descrever-te
Além do mais escrevo p
Intimidade é muito...muito mais,
que um sexo gostoso.
É em seus braços encontrar paz,
e um escutar generoso.
Intimidade é poder admitir
que tenho medo de te perder.
É depois do sexo sentir
que não foi somente prazer.
Intimidade é poder chorar,
Amor...
Espontâneo...
Sútil...
Recíproco...
Floresce, se aprende, cresce,
É luz na escuridão,
É guerreiro pois suporta,
Sou eu, somos nós,
É o universo, os seres, a vida...
Amor é tudo, são todos...
É simples, supera, evolui...
Amor. Somente...
Sonhar é continuar...
Às vezes o que me resta é sonhar...
Devaneios surrealistas...
Pesadelos introspectivos...
Alegria, sofrimento, vida...
Passagem de ida ao verossímil...
Regresso restituído com esperança...
Amor, descrença, nostalgia...
Sonhos de
Eu não ousaria mexer na solidão
Quando esta só significaria
Esconder o próprio coração
Dos existentes amores
E daqueles que porventura virão
Perceber se é possível fugir
Para algum horizonte sem luz
Onde o olhar não possa alcançar
Onde o amor resist
Quem passa
Segue um caminho
Veio por ele e por ele
Seguindo vai
Ou por ele veio e agora
Vai por outro
Depende da escolha
Da sorte da sina
Consegue seguir ou decide
Voltar
Quem volta não peca
Somente refaz
Se ganha ou se perde
Quem segue não sabe
Se chega ou se vol
Organização celestial
Ivone Boechat
As estrelas
inscritas
no universo
são autógrafos
divinos,
representam
a entrada no infinito
de cada um de nós,
todas têm espaço,
brilho, esplendor
e voz;
na organização
celestial, nada
acontece por acontecer
e s
