Falso Outono
As folhas secas contorcidas e inertes
Voam ao vento nas beiras dos meios fios
Das calçadas da grande fechada cidade
Poucas de poucas árvores do concr
Falso Outono
As folhas secas contorcidas e inertes
Voam ao vento nas beiras dos meios fios
Das calçadas da grande fechada cidade
Poucas de poucas árvores do concr
Ouvinte da vida
Sendo do mar da vida um atento ouvinte,
vou olhando a natureza com cuidado,
ouço as ondas, uma e outra e a seguinte,
ao baterem no rochedo enrugado.
Ouço o vento assoviando na colina,
o despertar do passaredo quando acorda
o cantar de um g
A girafa e o elefante são vizinhos
O elefante gorducho
Nem pra girafa quer olhar
Só pensa em encher o bucho...
Com seu porte elegante
A girafa espicha o pescoço
Todos os bichos percebem
E começa um alvoroço.
A bicharada começa a gritar
E não deixam
Sensual saliente
Saliente raios dourados espraiam
Por músculos que se retesam
Normas do ventre livre desmaiam
Magnetismo de um corpo enviesam
Sob outro corpo rebentos
São almas que almejam
Sedentas por novos experimentos
Nunca senti
Nota: Letra de música popular ADomingos
Ciúmes nunca mais...
Bato a sua porta meu amor
Quero voltar ao nosso lar
Trago arrependimento
Para você me perdoar
Quando te abandonei
E das crianças eu larguei
Fui para um mundo estranho
Meu coração um estanho
Nause
Só saudade
Na fonte da vida deixei meu querer
Tão jovem, tão puro, num canto retido
Com trapos segui para não mais sofrer
Pensando que a lida não tinha bandido.
De longe da estrada, parei, pude ver
Que os braços carentes estavam perdidos
Sem forças, s
Como está a Rosa!
Quando a gente vê a rosa vermelha fresquinha reluzente
Sob chuva ou sol
Sobre a mesa
Ainda com as gotículas d’água trilhando
Sob o olhar da Luz
Coisa boa
Não deve ter acontecido
Quando se vê a rosa vermelha murcha ressecada
Sobre a mesa
Chuva caindo (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)
Veja a chuva caindo na serra,
Veio para molhar a terra.
O pássaro voa apressado,
Não quer ser molhado.
O vento sopra forte,
Com medo da morte,
O pequeno filhote,
Clama pela mãe, sua mas
Liberdade (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)
É voar,
Pousar em algum lugar.
Ver tudo do alto,
Nos lugares, não falto.
Pairo no calor,
Para mim, não é horror.
Vejo as cidades,
Cheias de calamidades.
Pessoas correndo,
Seres morrendo.
Sou
O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um gato maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e sua noivinha
Dom Gato e Dona Ando
Catástrofe
No meio da escuridão,
um grito ecoou nos ares;
e gente com celulares,
trombavam de sopetão.
No auge da confusão,
o povo então corria
um cão labrador latia,
e a água tomando conta,
da rua de ponta a ponta,
tristeza é o que só se via.
Edith Lobato -
Não quero o sol nem o luar,
Não quero o doce nem o salgado,
Não quero o brilho nem a escuridão,
Nem quero amar a mais de quem possa me amar.
Não quero o azul porque já conheço o verde,
Não quero a paz porque já conheci a guerra,
Nem o mar porque a terra pa
A vida é um caminho de mão única,
Que leva todos ao mesmo lugar.
Pensar assim me induz a acreditar,
Que não importam os caminhos a caminhar.
Mas sei que estou equivocado,
Que os caminhos não terminam no mesmo lugar,
Sinto isto e pelo viver,
Faço o caminho
“Papai Noel” estou aqui
Sei que ao longe sou apenas um rosto
Como um quadro velho junto a tantos outros
Mas “Papai” eu estou mesmo aqui nessa janela
Eu não queria mais ver os que amo sofrerem
Então venho apoiando meu rosto
Com minhas próprias mãos
Ven
Tudo está acontecendo ao nosso redor
As cores os sorrisos puros e descompromissados
A música toca em nossa estação preferida
Mas o trem pode passar tão rápido
Que não percebemos os acordes tão mágicos quanto divinos
Sentamos esperamos e corremos
Passam
O vento chega quase que surpreendo-me
Não, não tenho palavras a serem levadas
E no sorriso de seu toque eu envergonhado percebo que
As palavras são dele e olho então aos céus atendendo ao chamado
Uma a uma as estrelas começam a brilhar
Uma a uma começ
Difícil estar aqui viemos com um objetivo
E na maioria das vezes nos perdemos
Culpamos o meio lançamos nossa ira
Culpamos lembranças culpamos e estacionamos
Um dia ou seria noite quem sabe madrugada
As notas do piano nos dizem para confiar em quem som