Vestal dos Mares
Naveguei infinitas ondas
Por corais de lua
Em leito salgado
Seminua
Singrando espumas
Sangrando o peito
Onde guardo
Infindos segredos
Escondidos ou desaguados
Como vestal dos mares
Que numa noite
De danças serpentinas
Envolta em sedas e purpurinas
Sonhei que era tua
Abraçada por suaves brumas
No ruflar de asas voláteis
De azuis profundos
E silêncios abissais
Renascida das águas
Em cauda de sereia
Aguda voz soprano
Ares de bailarina
A flutuar em direção
Dum vento contralto
Na lua de opala
Que reflete seu rosto
Gelado – face que
Não se mostra–
De Narciso afogado.
Elzana Mattos
Comentários
Inspiração divina Poetisa Elzana Mattos. Aplausos, aplausos. Um abraço.
Nossa! Que maravilha! Que sorte tem quem chega a esse poema: extasia-se!
Ele vem se desenvolvendo com lindas imagens e termina de modo absolutamente apoteótico.
A vestal fluida, a lua de opala, o rosto afogado... Que maravilha, Elzana!
Poema que nasce das flores dos teus olhos brandos. Um verdadiero encanto onde as palavras se enltecem
Relendo essa beleza de poema. Bjs
Maravilho poema. Aplausos de pé para
esta obra primorosa
FC