Posts de Alexandre Montalvan (557)

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Deus! Das Guerras? soneto

Deus! Das Guerras? soneto

Minha finitude é tão cruel
é este o mal que me faz pensar
e desgraçadamente procurar
um berço nos berçários do céu

Em minha cabeça tudo é possível
se mataram Deus eu matei o diabo
e o devorei com frango e quiabo
fiquei com a boca eivada por fel

É sério que sou filho deste Deus
que criou tudo que há no universo
e até a loucura que estou imerso

Deus que mundo é este tão perverso
O que me acalma é escrever versos
das perguntas que você não respondeu

Alexandre
 

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Quando Ela Engravida

A folha balouça nos galhos
Ao ouvir o gemido da cotovia
A primavera principia
Quando o vento leve e falho
Assusta-se com a chuva que caia

Nisto o vento então se cala
E também a cotovia
Era o inicio de um novo dia
E a cada gota que caia
Era a terra agora que gemia

A endurecida terra se amolece
Ao sentir sua entranha invadida
A água lhe perfura como um falo
Na copula ela se abre e engravida

Este encontro antigo e necessário
Faz da terra a mãe mais querida
E o maior e mais lindo berçário
Que sustenta e procria toda a vida

Alexandre Montalvan

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Que me Prometeu

Quando o amor eclodir em cada átomo do mundo
Estrelas irão brilhar o nosso exterior
Em nossas mãos haverá flores e frutos
E as vozes do amanhã calarão bem fundo
Haverá transbordância em nosso
coração do mais puro amor

E aves se libertarão de seus ninhos
Levando em seus bicos as folhas mortas do outono
O brilho do sol aquecera cantos esquecidos
E o mar levitara em forma de nuvens de sonhos
Ventos dissiparão os que se sintam sozinhos
E propagarão amor em seus caminhos

É preciso buscar o eterno
e a mão terna de um ser salvador
é sonhar neste mundo moderno
e sorrir não importa aonde for
ter amigos em todos os cantos
viver e distribuir amor

Os sãos e loucos enredarão os seus destinos
Pois todos somos filhos de um único Deus
É deste ponto que eu de ti me aproximo
Certo que todos meus desejos são os teus
Pois teus olhos são luzes do divino
Pois é todo o amor que me prometeu

Alexandre Montalvan

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Soneto: O Orgulho

O Orgulho

O orgulho forja a alma dos homens
Pois creio, submissão é corrosiva
Viva os loucos, mas não os domem
São verdadeiros e feitos de vida

Na contra mão a arrogância enoja
Respeito ao individuo é supremo
Sitio que faz do ferro aço é a forja
É na forja onde o calor é extremo

Ao tombo de um leão em uma luta
Morto por um grande filho da puta
Leão tombou inerte na relva quente

Mas sua gloria em vida ninguém refuta
Na morte seu orgulho edificou a disputa
E morreu mais glorioso que muita gente

Alexandre Montalvan


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Universo do Eu

Nós somos o mundo
E lentamente nós o matamos
A dádiva foi somente um infortúnio
E nós somos os: De que eu reclamo

Os sentidos nada têm de profundo
São medíocres tão cheios de enganos
As verdades vão ficar no fundo
De uma cova rasa em poucos anos

No meu pensar eu me confundo
Pois é um pensar falho de um ser humano
E nesta lama negra em que me afundo
Percebendo as dores que conclamo

Nós espelhos que eu circundo
Provedores de todas as verdades que exclamo
Que se desfazem quando penso em segundos
E são como as folhas que caem dos ramos

Com uma vela ilumino um mundo irreal
Meus pensamentos se aniquilam em poucos cliques
Como um pingado adoçado com sal
Mas percebendo a escravidão desta matrix

Alexandre Montalvan

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Soneto: Sorriso Postiço

Este rosto num riso postiço
Como sol na flor da madrugada
Pétalas brancas sem um inicio
E falhas memórias da sua amada
 
Qual beleza mantem este viço
Quando a alma nunca fala nada
Será o amor fruto de um feitiço?
Ou é esta pergunta que é a errada
 
Toda a beleza que o tempo leva
É uma constante luz entre as trevas
E é na boca que a paixão evapora
 
Num tremor o falso descarrega
Este lindo poema em conserva
Desmorona no inicio da aurora
 
Alexandre Montalvan
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Rosa Vermelha

Uma rosa vermelha em um ramo
balouça num tremor extremo
ao ler lindo poema
lagrimas de perfume ela derrama

Como se fizesse carne, num sentir supremo
rosa vermelha rosa
desabrochou assim mesmo
ao final deste poema
com suas lagrimas caindo a esmo

Na emoção que avança ao infinito
viva na comunhão e na
proximidade com seu espirito
rosa vermelha rosa
teve o fim mais bonito

Soltou-se deste ramo e em fuga
liberta como em um sonho redentor
rosa vermelha rosa
transformou-se na mais linda rosa
a rosa vermelha...do amor

Alexandre Montalvan
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Jardim de Amor

Quando o céu aparecer no mar
desenhado pela luz do luar
oh meu Deus! meu destino cruel
é te amar... é te amar

Sei que o tempo não pode parar
pois não posso viver sem você
e no céu eu consigo só ver
o brilho de o teu doce olhar

E na noite me pego a sonhar
com teus lábios com gosto de mel
quando a chuva caindo no mar
faz tremer todo este meu céu

Vem amor, vem comigo dançar, sei que
a chuva vai molhar teus cabelos
eu com você quero sempre sonhar, sei que
o amor vai arrepiar os meus pelos


Eu bem sei que nunca soube de mim
deste amor que eu dedico a você
porem o amor que eu conheço é assim
e o floreio em um lindo jardim

 

Alexandre Montalvan

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Amor na Cama

Eu preciso dizer que eu te amo
Não me importa nem onde, nem quando,
Ou como
Eu preciso sorver do teu riso
E fazer dos teus olhos meu único abrigo


Ondular em teus longos cabelos
Ser um sonho em teus pesadelos
Eu preciso envolver-te como um rio
Ser calor em teu frio
O amor em profundo desvelo


Eu preciso pedir-te perdão
Mesmo antes de tê-la ofendido
Pois excesso de dedicação não merece castigo
Eu preciso entregar-te o meu coração


Pois sozinho ele não vale nada
Eu preciso de ti
Eu preciso de ti minha amada


Não preciso de pão, nem de reis ou rainhas.
Eu preciso entregar-te a minha
alma em chamas
Por ti meu amor é tanto, que derrama.


Na vida, na rua, na cama.
Eu preciso dizer que te amo



Alexandre Montalvan


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Conjulgando o Verbo Amar

O amor é uma ave rara
Doce flor num deserto escaldante
Linda luz de uma estrela rara
E deixa rubro nosso semblante

O coração pula tão desconcertante
Um cavalo açoitado por uma vara
Engrandece-se como um gigante
Num céu azul como a cor de uma arara

Todos somos livres para amar
Em nosso mundo cheio de cores
Ame contumaz extirpe o verbo odiar
Neste um mar de tantas cores

Agarre o amor com as mãos,
Pés e coração, não o deixe escapar.
O amor! Amadurecimento da paixão
Viva a vida conjugando o verbo amar

Alexandre Montalvan

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Amor sem Jeito



E havia um mar entre mim e o paraíso,
uma voz sussurrava ao meu ouvido e
a cada flor belezas de tempo esquisito
que se abriam e  fechavam como um aviso

Nas sombras da tarde ecoam meus segredos,
com o mar entre nós,teus olhos nos meus,
um sorriso sem jeito.

Arde meu corpo como a queimar nosso leito
meus lábios inchados desejos volúpias e medo
explode em mim paixão em um furor inocente
nos delírios cada vez mais inconsequentes.

Tuas mãos descrevem rimas doentias em meu peito
teus lábios murmuram os sons da incompreensão
quando toco os teus seios de tom e contornos perfeitos
mulher que eu amo e teu corpo é pura tentação

És como uma lua dourada iluminando o mar
que nas sombras da noite embala suave canoa
é meu sonho de amor que eu adoro sonhar
uma altiva gaivota que suave sobre o mar voa

Alexandre Montalvan

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Furor Matricial

Nenhum som vem das tuas ranhuras
nem do gotejar arfante das negras nuvens
porem há gritos aflitos de ti criatura
que somente as almas ouvem
sem nenhuma censura

Conhecer o amor sem nunca poder amar
ser vermelha em meio a verde lume
cores mortas perdidas no ar

Nau que é da noite e seu negrume
navega em ondas serenas
mas o coração nunca assume
o calor das praticas Obscenas

E no corpo a insatisfação progressiva
como um poema sem fim e sem começo
um orgasmo sem nenhum apreço
a cada ato morrer mesmo estando viva

Velas acesas quando o sol se apagar
luz que nunca é verdadeira
e nas ondas deixar o desejo flutuar
viver a vida por inteira
com as entranhas expostas

Tão difícil é o teu coração
que passa as noites sonhando acordada
no seu bater misterioso enredo
sonhos eroticos na madrugada
entrevendo a cruel solidão
sobre a terra árida, cruel arvoredo
tão difícil é o teu coração
que não conhece o medo

Alexandre Montalvan

 

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Entre as Sombras e a Escuridão

Não há braços que me confortem
não há som no lamento de uma flor
mas há os que abraçam até a morte
na dor da existência sem amor
e a alma na eterna argúcia da desordem
 
Nela me apego antes que me tomem
e chego através das sombras
a borda da escuridão
Pois homens são lobos do próprio homem
eles enxergam onde não há luz
com olhos virados para dentro da sua solidão.
 
Palavras errantes entre os dramas e as comédias
vestidas de sombras com luminâncias falsas
sorvemos escuridão vivemos na tragédia
afundaram a nossa balsa
roubaram as nossas calças
também soltaram as nossas rédeas
entre as sombras e a escuridão
 
Alexandre Montalvan 
 
 
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Quero

Quero tê-la entre meus braços,
na pureza urgente
de uma paixão avassaladora,
de um amor ardente.
Procuro teu abraço
no escuro de uma noite
sem lua.
 
Procuro teu corpo na esperança
e graça desta ânsia
que se perpetua
em meu corpo desgraçadamente.
 
Dói-me este ardor
que contra mim conspira,
e a loucura que me faz perder
a compostura e desfazer-me
neste halo de luz que não havia
mais que ilumina minha vida
escura.
 
Alexandre Montalvan
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Amor,sexo e prazer (Soneto)

Diz-me qual é a sensação de um beijo
E todo o segredo de um amor devastador
Qual é a rosa ruborizada pelo desejo
E das pétalas macias desta flor

Diz-me qual é a cor das manhãs aveludadas
Pois a luz é que ofusca o que eu vejo
Silenciosamente quero andar nas madrugadas
Na sofreguidão de encontrar um grande amor


Um amor desesperado de puro prazer
Recheado de loucuras, sexo e excitação
Deixando rastros furioso de uma onda

Em meu corpo de descompassado coração
Que trinca como as asas de mil pombas
Brancas e negras como a luz e a escuridão

Alexandre Montalvan


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Partes de um Amor

Não existem propósitos leves
nas feridas
brisa mansa extenuada
a varrer momentos da minha vida
escuros e breves

Desconheço caminhos venturosos
desgoverno-me em medos
que ouço
e as palavras espelham um
cenário enganoso

Porem me calo diante do espelho
apenas nos olhos
marejados e vermelhos
que é possível perceber a dor
deste amor impossível

Nas noites desprendo-me da
minha armadura
e incerteza
e viajo feliz ao teu encontro
olhando a beleza
de uma brisa azul suave
e pura

Alexandre Montalvan

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Poeminha Melado

Dizem que o sol curva um terreno plano
Que o amor é só um desengano
Que a própria terra esta sobre um pano
Ai de mim que somente te amo
 
Não posso eu ser mesmo mais que o sol
E caminho lento como um caracol
Não brilho como a luz de um farol
Mas eu te quero em sol ou si bemol
 
Ai de mil que te amo doce princesa
Coisa mais linda rainha da beleza
Seu brilho é a luz linda da natureza
 
Eu quero ser para sempre teu namorado
Estar eternamente ao teu lado
Eita poeminha! Que é mais que mel é melado
 
Alexandre Montalvan
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Dispersividade

Há poemas que são o caos da mente
Feitos para destruir falsas verdades
Que nos trazem todas as maldades
Que imperam no coração da gente

Escritas com sangue pelo cotovelo
Borbotoante de beleza e zelo
Como a ante obra de Dostoievsky
E que nos faz arrepiar os cabelos

Que parece um arvoredo desfolhado
Onde a esperança falece ao desgosto
Morrem folhas e flores no gramado
E a mão que afaga o verso amado
Enxuga as lagrimas do rosto

O retrato da consciência
Que se encharca de maneira abissal
E eu que procuro teu olhar
Para unir e implorar paciência
É loucura que se instala onde o mal
Impõe-se pela tua ausência

Alexandre Montalvan
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Flores da Neve

Não há raiz fincada na terra
Nem a tenra menos ainda a robusta
A cada passo some no ar e se encerra
Uma nova vida continua em seu lugar

Tudo é efêmero até mesmo o amor
Não possui a existência de uma vida
Impera os extremos: Ou frio ou calor
Viver é morrer na desventura

Quantos universos no espaço flutuam
Que nascem e morrem em infinitos dias
Enquanto convicções em mim se perpetuam
Fazem-me nascer, quando outro eu morria.

Alexandre Montalvan

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Viver com o Inimigo

Viver com o Inimigo

Quantos de mim explodem e morrem
todos os dias, meses e também anos
se me salvo em meus desenganos
nestas flores desertas sem pólen
neste eu repartido e tirano

É nos universos finitos vividos
que quanto mais vivo mais estou morto
ao caminhar neste mundo desconhecido
são minhas almas que surgem de um aborto
e se despedaçam cada uma em seu porto

Eu crio em papeis mil novos planos
e tatuo neles as minhas almas
são tantas e tantas faces difusas
neste mal inerente a nos humanos
que me trazem todos estes traumas

Nada vem a mim com mais maldades
que um meu pensar que eu controlo
porque eu não possuo mais verdades
e neste gargalo eu peço e imploro
corte a minha razão pela metade

Corte esta dor que em mim assola
este meu viver é um cruel castigo
esta m’alma doida que se descontrola
sem ter a noção de que é um perigo
morrer mil vidas e ser meu próprio verdugo
viver mil vezes sendo o meu próprio inimigo.

Alexandre Montalvan

Saiba mais…
CPP