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Crônica — Um Romance Entre o Próximo e o Alto

Um Romance entre o Próximo e o Alto"

— Ricardão poeta depois de umas longuíssimas férias resolveu dar as caras.

— Professor, eu acho que o senhor esqueceu que o trio “Parada Dura” está fazendo faculdade de filosofia. Juão Karapuça está sempre aqui, pois é rico e não trabalha. Ele só estuda e namora.

— Mas, ele é corretor de imóveis, Ricardão?

— Decerto que sim, mas quem trabalha são seus corretores. Professor vamos deixar de conversa fiada, haja visto que temos uma crônica pulquérrima a ser feita.

— E você veio substituir o Juão? Ele está ficando famoso, você sabia?

— Sim professor, mas sou tão bom quanto ele:

— Eu sei disso, Ricardão pode começar a contar sua história sobre essas duas irmãs fascinantes. 

— Mestre João Carreira, num reino encantado da língua portuguesa, onde palavras dançavam e flertavam com poesia e metáforas, viviam duas irmãs:

Eminência e Iminência. 

À primeira vista, elas pareciam irmãs siamesas, ou seja, quase idênticas, confundindo os pobres mortais, 

mas as diferenças entre elas eram como a distância entre o céu e a terra. 

E é nessa história que descobrimos como o alto e o iminente se apaixonaram, mas nunca se tocaram.

— Ricardão poeta você escreve e fala tão bem quanto o carioca Juão!

— Obrigado professor!

Seguindo meu raciocínio Eminência, a mais velha, era uma dama aristocrática, inamovível em sua posição de prestígio. 

Com sua altivez inexpugnável, ela era reverenciada. Artífice da sabedoria e da coesão, era constantemente invocada nos salões mais eruditos, onde sua presença inefável trazia uma aura de grandiosidade.
Ela era como o sol rútilo, sempre elevado, brilhante e inalcançável. 

Tinha um toque de ortodoxia, sua volúpia pelo alto status nunca foi escondida.

Era como um vaticínio irrefutável que todos almejavam alcançar, mas poucos ousavam. 

A Eminência era a própria manifestação do auge; 

sua presença era quase homérica.

Por outro lado, Iminência era visceral.

Sua beleza estava na sua incerteza, sempre à beira do acontecimento. 

Ela era o esgar que fazia o coração acelerar, a sombra ululante de um perigo ou desejo que se aproximava. 

Com uma coalizão de sensações, ela trazia tanto um déjà-vu quanto um medo lívido de algo que estava por vir. 

Seus encantos eram mais sutis, mas indiscutivelmente mais intensos.
Era como esperar por um beijo sob o céu nublado, com o relâmpago do desejo prestes a recrudescer no horizonte. 

Professor e, por mais que pudesse parecer pusilânime, seu poder era abjeto, pois eclipsava qualquer outra sensação.

— Ricardão, estou achando fantástico! Continue.

— Eminência e Iminência divergiam diametralmente, mas juntas formavam um casal paradoxalmente harmônico. 

Enquanto uma representava o ponto mais alto a ser alcançado, a outra personificava o abismo iminente, prestes a se abrir. 

A coalizão entre elas era feita de dogmas que eram, portanto, ortodoxos, 

no entanto, tampouco inefáveis, até porque seu poder residia em seu efeito sobre os corações humanos.

Mestre, finalizando, o amor entre Eminência e Iminência era como uma peça de teatro épica, sempre à beira de um clímax, mas jamais alcançando o desfecho. 

Enquanto a Eminência se mantinha inalcançável, a Iminência seduzia com sua promessa de algo iminente, mas nunca completamente presente.

Fim!

— Ricardão podemos escrever um livro sobre essas duas irmãs. Achei bem interessante. Parabéns!

— Obrigado professor, eu vim para desbancar Juão Karapuça kkkkkkkkkkkkkk!

E aproveito para deixar aqui um cheiro poético, pedindo ao nosso querido

— Deus —

que nos abençoe ricamente.

P.S. Ricardão poeta mais dos meus personagens da Bolsa de Valores e que agora virou poeta.

#JoaoCarreiraPoeta. — 26/08/2024. — 9h

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Crônica Descritiva — Eminência

A Eminência

— Juão Karapuça dê-me o significado desse substantivo feminino. Por favor

— Mestre, eminência é uma qualidade ou estado de ser elevado, proeminente ou superior em relação a outros, tanto em posição como em importância. 

O termo pode ser usado para destacar uma pessoa de destaque em uma determinada área,

ou referir-se a uma elevação em um terreno. 

Literalmente é o que está no “pai dos burros”. kkkkkkkkkk!

— E poeticamente você tem algo a me dizer Juão?

— Perfeitamente. Mestre. Vou dissecar como segue:

Eminência é o cume do coração apaixonado, o topo da colina onde o amor se destaca soberano. 

É aquela elevação da alma que faz dos sentimentos grandiosos montanhas inatingíveis, onde só os corações mais corajosos ousam escalar. 

Na ternura dos olhos amantes, a eminência floresce em gestos pequenos, mas de magnitude imensurável, onde cada toque é como uma prece silenciosa à grandeza do amor que transcende o comum.

— Estou achando interessante Karapuça. Continue por favor.

— Professor, eminência é aquele ponto alto na relação, tipo quando você pega o último pedaço de pizza sem briga! 

Um verdadeiro Everest romântico, onde você se sente um herói só por ter lembrado da data de aniversário (pela primeira vez). 

Ah, sim! 

É o momento em que você está no topo do mundo, sem nem precisar de escada... ou desculpas esfarrapadas!

É isso professor!

— Juão Karapuça, a cada dia que passa você está ficando melhor, melhor, infinitamente melhor. Parabéns.

Um cheiro poético e eminente a quem nos lê. 

Que nosso querido 

— Deus —

te abençoe ricamente, tu e tua casa.

#JoaoCarreiraPoeta. — 25/08/2024. — 11h21

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Conto — O Beijo Roubado Na Chuva

12874856493?profile=RESIZE_710xO Beijo Roubado Na Chuva

— Professor João Carreira, hoje precisamos contar história, haja visto que não tenho dinheiro kkkkkkkkkk.

— Está bem, Juão. Continue tentando invadir a minha impenetrável mente:

— Mestre era uma tarde acinzentada, típica de uma daquelas cidades onde o cheiro de terra molhada permeia o ar com um enleio romântico. 

Lá estava ele, David, o notabilíssimo caipira da vila, dono de um sorriso que ganhava milhões de aplausos cada vez que se abria pelo menos, na sua imaginação fértil. 

Ela, por outro lado, era Juanita, uma moça empoderada, de lisura indiscutível, cujo andar desenhava poesia no chão molhado.

Dito isto mestre, o encontro deles foi um tanto... imponderável. 

Haja visto que David, ao passar pela praça, vitimou-se por uma poça d'água e, numa cena digna de novela, escorregou até os pés de Juanita. 

Empalideceu de vergonha, mas, mas é claro, manteve a diplomacia e verbalizou o inevitável: 

— "Moça, até a chuva parece mais sensacional com sua presença!" 

Juanita, com o riso contido e os olhos brilhando, respondeu apenas com um olhar que dizia mais do que qualquer palavra.

Tanto é que, nesse exato momento, uma gota de chuva escorreu pelo nariz de David, e antes que ele pudesse limpar, Juanita puxou-o pela mão. 

Referendado pela coragem que o beijo ia cunhando no ar, David sentiu-se sobremaneiras invencível, e quiçá um pouco hermafrodita de tão misturado em sensações. 

Em um impulso que parecia vir do próprio ébano da noite, David roubou um beijo, o beijo mais pulquérrimo que o mundo já testemunhara sob aquela chuva.

Obviamente, aquele beijo não foi apenas um mero ato; era, de fato, um momento sensacional, referendado pelas batidas dos corações acelerados. 

Perspectivas mudaram, o limbo do ostracismo em que David vivia parecia desmoronar, e o imponderável acontecia.

Portanto, a chuva, cúmplice, tornava-se música de fundo para aquele romance inesperado.

Juanita, ainda sorrindo, tocou levemente o rosto dele e sussurrou: 

— "Isso foi... interessante, mas não pense que vai escapar tão fácilmente." 

E com um piscar de olhos, virou-se, deixando nosso personagem embasbacado, mas com uma certeza: aquele beijo roubado seria um déjà-vu recorrente em suas memórias.

No entanto, tanto quanto aquele beijo foi inesperado, foi também perfeito.

Fim!

— Gostou, professor?

— Karapuça parece que falta algo nesse conto, nessa chuva e nesse beijo. Enfim, mais um conto narrado por ti.

Um cheiro poético numa chuva romântica, espero que você que leu tenha gostado.

Que nosso querido 

— Deus — 

nos abençoe ricamente.

P.S. Juão Karapuça é um dos meus mais ativos personagens.

#JoaoCarreiraPoeta. — 24/08/2024. — 14h

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Crônica — A Metáfora: O Artífice Dos Sonhos

12874454678?profile=RESIZE_710xA Metáfora: O Artífice Dos Sonhos

— Hoje, eu vou repetir quase a mesma pergunta da crônica anterior:

Juão Karapuça, tu sabes o que é essa tal de metáfora?

— Tenho algumas dúvidas professor, mas acho que sei algumas coisas, também tenho uma historinha bem legal para contar:

— Pois conte Juão. Estou ansioso para ouvir.

— Professor, era uma vez, em uma terra onde o “nada” era "tudo" e o tudo cabia em um fiapo de pensamento, que vivia a tão afamada Metáfora. 

Ah, ela não era qualquer artífice de palavras, não mestre. Era como uma musa poética, tecendo realidades díspares em uma só tapeçaria. 

Ela tinha uma habilidade avassaladora, fazia da retórica uma dança sublime. 

Sua pauta? 

Guardar beleza nos detalhes e enaltecer o que estava além do óbvio. 

Mestre, a metáfora era, sem dúvida, uma ode aos sonhos, àquela iminência do que está por vir, mas ainda se esconde nas sombras.

Sua obsessão era sempre transformar o comum no extraordinário. 

Fazia com que cada palavra reverberasse como uma âncora de significados, ao mesmo tempo leve e profunda. 

Quem ousava refutar a sua influência? 

Poucos, diria eu. 

Talvez alguns puristas, obcecados pelo literal, que tentavam espicaçá-la com suas regras rígidas. 

Mas dito isso professor, a Metáfora sempre se reerguia com uma graça intocada, dissipando qualquer tentativa de apagamento e desprezo.

Então veja, ela não se contentava em ser apenas uma figura de linguagem;

era mais um elemento entre tantos outros da poesia da vida, ancorando-se nas perspectivas díspares e díspares, ao mesmo tempo, unindo extremos. 

Desde então mestre, ela tornou-se recorrente em textos de amantes e poetas, tanto quanto em discussões acaloradas e retóricas.

A beleza da Metáfora mora justamente nesse toque mágico de transformar o nada em tudo, o vazio em pleno. 

Quando ela se lançava na mente dos apaixonados, criava mundos onde o amor era âncora e o tempo, um mero espectador. 

Haja visto que a vida sem metáfora seria como o céu sem estrelas cheio de espaço, mas sem brilho. 

Portanto, ela habitava em cada recanto, entre o que é e o que poderia ser, entre o real e o imaginado, como uma eminência silenciosa, mas irresistível.

Sobretudo, o poder da metáfora não era avassalador pelo impacto imediato, mas pela forma como suas palavras reverberavam nas profundezas de quem a recebia. 

A metáfora era, portanto, o artífice das emoções.

Fim!

Infelizmente acabou. O senhor gostou professor?

— Decerto que sim Juão, mas estou com medo. Minha mente parece estar sendo invadida.

Mas de qualquer jeito, com metáfora, ou sem metáfora,

com medo, ou sem ele, eu deixo aqui um cheiro poético e metafórico a você que nos lê.

Que nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

#JoaoCarreiraPoeta. — 20/08/2024. — 11h

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Crônica — Antítese: O amor dos Opostos

Antítese: O Amor Dos Opostos

— Juão Karapuça, tu sabes o que é essa tal de antítese?
— Decerto que sim, professor!
É como um romance da vida, onde os opostos dançam juntos. 

É uma figura de linguagem que junta palavras de sentidos contrários, mas que, por algum feitiço linguístico, acabam se entendendo.
Se me permite, mestre, a ousadia de poetizar:
A antítese é do contra, sim! 

Mas também é uma amante ardente da contradição. 

Imagine só, um esquerdista das figuras de linguagem, sempre à beira de um confronto retórico, buscando unir o que parece impossível.

— E qual é a pauta da antítese Juão?

— Sua pauta mestre? Ora, é clara como o sol ao meio-dia: Simplesmente "contrapor".

Mas veja bem professor, não é uma rebeldia desajeitada. 

A antítese faz isso com a elegância de uma bailarina, rodopiando entre palavras com uma leveza que beira a perfeição. 

Aproxima, com graça, luz e sombra numa coreografia única. 

Ela é, diria eu, uma espécie de artífice do caos, que nos ensina que a beleza vive, sim, no contraste.
Imagine, mestre, aquela máxima antiga:

“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.”


Eis aqui a antítese em sua forma mais poética e genuína.

Cacifada na sabedoria popular, ela dá um nó na nossa mente, não é apenas morfemas jogados ao vento.

No entanto, tampouco se limita a brigar. 

A antítese também sabe brincar de apagar e desenhar de novo. 

Ela faz dos extremos uma união tão natural quanto o encontro do dia com a noite.

Seus opostos, ao final, se abraçam como amantes destinados e inseparáveis.
Sua presença reverbera, como uma serenata ao luar, em cada frase onde o contraste reina.

Ensinando, por fim, que a harmonia não vive apenas no óbvio. 

Ela se esconde, misteriosa e charmosa, nas forças que se atraem e se repelem.
Antítese, afinal, é o amor dos opostos — onde o claro e o escuro se beijam no meio do caminho.

— Juão Karapuça eu parabenizo-o. Você está simplesmente tomando a minha mente.

E para você que entendeu o contraposto, eu deixo um cheiro poético.

E que nosso querido 

— Deus — 

nos abençoe ricamente.

#JoaoCarreiraPoeta. — 28/05/2024. — 8h

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12870046869?profile=RESIZE_710xA Paixão Do Matuto Da Roça Pela Lua Cheia

— Professor, hoje eu vou te revelar um segredo.

Pois, diga Juão Karapuça.

— Meu pai e meu avô, não eram poetas como o seu pai e seu avô. Entretanto, amava um cigarrinho de “paia” e uns causos.

E hoje vou contar uma história, um conto que meu avô contou.

Pois, fale Juão, haja visto que, a cognição, a perspicácia  e a sagacidade, são todas suas.

— Mestre é sobre:

O matuto da roça, Seu Quincas era um homem simples, daqueles que falava mais com a enxada do que com as pessoas.

Meu avô contava de um jeito que parecia real, eu via a moradia do matuto ali, entre as montanhas, cercado pelo canto dos pássaros e pelo farfalhar das folhas. 

A lua cheia, particularmente, era a sua musa. 

Numa noite de predominância lunar, meu avô contou que ele parava tudo, fitava o céu e deixava o coração ser transladado até o brilho misterioso da dona Lua. 

Era um amor inusitado, mas simplesmente quem iria julgá-lo? 

Entre as idiossincrasias do seu Quincas, essa paixão não parecia, tampouco, inexpugnável, embora fosse inescrutável.

Enquanto isso, na sua cabecinha, rodava um misto de epifania e reminiscências. 

Na juventude, lembrava-se de como tentara flertar com as moças do vilarejo,

mas sempre esbarrava no jactancioso riso dos mais experientes. 

Meu avô ria que se lascava dizendo que o matuto era puro e inocente,

pueril até, com suas tentativas desajeitadas, um verdadeiro primata tentando entender a linguagem complexa do amor. 

No entanto, com a lua, ah, sinceramente, tudo era diferente! 

Ela o entendia, sem palavras, sem tratativas complicadas, sem a necessidade de monetizar sentimentos ou jogar com parcimônia. 

Ela apenas brilhava, e ele a amava.

Entretanto, mesmo com sua simplicidade, o matuto sabia que algo era profundo ali.

Sim.

Ali havia uma espécie de preeminência da lua sobre seu coração, como se ela fosse um artífice das suas emoções, moldando-as com um toque invisível. 

E por conseguinte, ele nunca deixava de pensar nela, tampouco arrefecia sua paixão.

Naquela noite, em particular, a lua estava mais brilhante do que nunca, uma verdadeira epifania de luz no céu. 

Seu Quincas olhou para cima, soltou um suspiro e disse: 

“Ô, dona Lua, se eu pudesse, casava com ocê! Mas, enquanto isso, fico aqui, só admirando. 

Até porque, quem mais no mundo tem sua parcimônia e seu brilho? 

Portanto, sigo aqui, seu fiel admirador. 

No entanto, caso um dia desça, simplesmente me avise. 

Estarei te esperando.”

Finalizando professor, com a lua sempre brilhando lá no alto, o matuto sabia que seu amor, embora inatingível, nunca seria ofuscado.

Fim!

Bravíssimo Juão Karapuça! Acho que temos algo em comum. Não acha?

Um cheiro poético desse matuto que acaba de narrar essa pulquérrima história para você que nos leu.

Que o nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

#JoaoCarreiraPoeta. — 22/08/2024. — 13h34

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Crônica — Bruxuleante

Bruxuleante

Eu acho que é um adjetivo oscilante, tremeluzente, oscilatório, pendular.

Refere-se a algo que brilha de forma intermitente, vacilante, como uma chama ou luz que oscila e treme suavemente.

Exatamente, ao pé da letra, eu acabo de descrever este vocábulo. 

Juão Karapuça diria:

Entretanto, na poesia bruxuleante é o encanto fugaz de uma vela à beira de apagar-se.

É como aquele momento em que o amor vacila, mas persiste, tremeluzindo entre o sim e o não. 

Diz ai Juão!

— O professor, romântico e teimoso, insiste em dançar, mesmo quando o vento tenta apagá-lo.

Haja visto que, no coração, há sempre um brilho, ainda que tímido e incerto, que bruxuleia, ansioso por ser estrela.

Mestre, esse vocábulo adjetivo é como aquela chama indecisa que não sabe se ilumina ou se cochila. 

Romântico? 

Sim, como aquele olhar de quem tenta flertar, mas gagueja no meio do caminho.

O humor? 

Ah, está nas faíscas que surgem e somem, sempre prometendo mais do que entregam.

A luz, mesmo fraquinha, ainda faz brilhar o sorriso e acende o riso, um pouquinho de cada vez.

Perfeito Juão.

Nada como entender a língua portuguesa que tende a ser no futuro muito próximo, "língua brasileira".

Um cheiro poético e bruxuleante a você que nos lê. 

Que o nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

#JoaoCarreiraPoeta. — 22/08/2024. — 10h14

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Crônica — A Magia Do Primeiro Encontro

12864760852?profile=RESIZE_710xA Magia Do Primeiro Encontro

Juão Karapuça meu fiel escudeiro, você tem ideia de como seria “A magia do primeiro encontro"?

— Decerto que sim professor e vou mostrar-te através de uma crônica narrativa de um sonho que tive:

Em meu sonho eu estava num parque onde o sol dourava suavemente os campos e o vento farfalhava entre as folhas, como um suspiro auspicioso. 

Ali, em meio a essa cena bucólica, ocorria o meu primeiro encontro com minha amada poetisa Márcia que transcenderia as expectativas mais otimistas. 

Juão Karapuça e Márcia, duas almas gemeas navegando no mar da vida, finalmente se encontraram, e o universo, como artífice caprichoso, parecia conspirar para unir seus destinos.

De quando em quando, nós trocavamos olhares tímidos, como se já houvesse um déjà-vu recorrente no ar, algo insofismável e inamovível. 

"Será que nos conhecemos em outra vida?"

Eu me perguntava, embasbacado com a naturalidade daquele momento sem precedentes.

A especificidade do encontro permeava cada gesto e cada palavra,

criando uma sinfonia discreta que mitigava as inseguranças típicas dos primeiros encontros.

Márcia, por outro lado, com sua sapiência discreta, sorria brejeira, saboreando cada fiapo de tempo que compartilhava.

O momento era emblemático, um fio dourado que encadeava não só palavras, mas também corações. 

Porquanto eu tentasse parecer confiante, a verdade era que meu coração estava completamente fascinado por ela.

Entretanto,

estereótipos ainda escamoteavam-se nas sombras,

tentando fazer com que ambos se encaixassem em moldes que jamais lhes caberiam. 

O preconceito, como quimera, vagava ao redor, mas a hegemonia do afeto entre nós era imensurável e, sobretudo, indubitavelmente invencível.

Márcia, com uma leveza que beirava a utopia, comentava sobre as pequenas magias do cotidiano,

enquanto eu, com sagacidade, entrelaçava as palavras dela com suas próprias histórias. 

O diálogo fluía como se nossas vidas fossem destinadas a concatenar desde sempre,

como peças de um quebra-cabeça que finalmente se encontravam.

Por fim, e com uma sinceridade que fugia ao esperado, eu sorri e disse: 

"Esse encontro é sem dúvida algo que transcende qualquer expectativa que eu poderia ter. Sinto que algo maior nos trouxe até aqui, e tampouco posso ignorar isso". 

Minha amada, com um brilho nos olhos, concordou dizendo: 

"Portanto, sigamos, pois o destino parece ter seus próprios planos."

E assim, nesse primeiro encontro, a magia desencadeou o começo de algo que, indubitavelmente, permeava não só o presente, mas também o futuro, como uma obra-prima que apenas o tempo poderia revelar em toda sua plenitude.

Uauuuu! Juão, mas que sonho? Que encontro poético maravilhoso? Nunca me contaste nada.

— Professor, tem coisas que guardo a sete chaves.

Fim!

Um cheiro poético e que — Deus — te abençoe ricamente

#JoaoCarreiraPoeta. — 21/08/2024. 14h10

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Crônica — Um Déjà-vu

Um Déjà-vu

— Professor eu sempre tive dificuldade em entender esse substantivo masculino que,

pronuncia-se Déjà-vi e não Déjà-vu,

é um termo da língua francesa, que significa 

já visto”. 

Professor, essa palavra elegante e cheia de charme

é uma reação psicológica que faz com que o meu cérebro transmita a mim que já estive naquele lugar,

sem jamais ter ido, ou que conheço alguém, mas que nunca a vi antes.

Déjà-vu professor é uma sensação que me surge ocasionalmente,

ocorre quando faço, digo ou vejo algo que me dá a sensação de já ter feito, dito, ou visto antes. 

Literalmente foi isso que consegui pesquisar. Mas estou louco para poetizar:

E eu lhe dou toda liberdade Juão Karapuça. Poetize:

— Meu grito de guerra: Iaaaaaaaaaaaaaaaa! É hora de poetizaaaaaaar!

Professor, esse termo exótico e ao mesmo tempo excêntrico

é  como aquele beijo roubado em um sonho, repetido na realidade,

deixando um rastro de familiaridade doce e inexplicável. 

É o eco de um sorriso já visto,

a sensação de um toque que parece ter viajado no tempo. Romântico e enigmático, ele me faz questionar: 

"Já vi, ou vivi isso antes?" 

No entanto, por mais que tento entender, o déjà-vu permanece uma dança mágica entre o coração e o mistério.

O déjà-vu é aquele aperto de mão professor que parece ter apertado mil vezes.

É o olhar que já cruzou outros caminhos. 

É como se o universo piscasse para o senhor, dizendo: 

"Ei profesor, já estivemos aqui, lembra?" 

Humoristicamente, é o truque do destino, nos fazendo pensar que somos repetidores de cenas antigas, mas, românticos como somos, acreditamos que talvez seja o universo tentando nos dizer algo. Outra vez.

Fim! 

Que pena. Lá se foi mais uma crônica.

Mas aqui fica um déjà-vu verdadeiro de um cheiro poético.

Que o nosso 

— Deus —

 te abençoe ricamente.

#JoaoCarreiraPoeta. — 21/08/2024. — 11h31

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Contos — A História Do Anel Encantado

12861791057?profile=RESIZE_710xA História Do Anel Encantado

Era uma vez um anel encantado que, segundo os sábios, tinha o poder de unir almas gêmeas. 

No entanto,

seu paradeiro havia se tornado um mistério, perdido nos tempos e nos contos, como um 

— déjà-vu —

 coletivo de uma lenda adormecida.

Em um reino distante, vivia Roselita, uma jovem cuja beleza e gentileza eram anódinas em comparação à intensidade de seu espírito veemente. 

Por muito tempo, ela sonhara com o amor verdadeiro, mas, de fato, a realidade factual lhe parecia cruel. 

Repudiada por seus pares por causa de suas ideias ousadas, Roselita era, sem dúvida, uma figura fora do arquétipo tradicional das damas de sua época. 

Haja visto que muitos basbaques, parvos, diria eu, tentaram cortejá-la, mas Roselita queria mais que promessas vazias.

Certo dia, por um capricho aleatório do destino,

nossa personagem encontrou o anel encantado enquanto caminhava pelo bosque. 

E por fim, finalizando

sua busca incansável por algo mais, ela o colocou em seu dedo.

Mas, tampouco, esperava que o anel despertasse algo simplesmente tão auspicioso: 

Uma conexão mística com um cavaleiro desconhecido, chamado Balzac.

O cavaleiro desconhecido, por sua vez, sentiu uma veemente atração por uma figura que surgia em seus sonhos. 

No entanto, sua busca parecia inalcançável, até porque o reino estava cheio de desafios.

No entanto, 

arrefecendo as esperanças de muitos, ele nunca desistiu, como um arquétipo de herói romântico.

Quando finalmente se encontraram, foi como um déjà-vu, uma faísca entrelaçada pelo destino.

Disse Balzac com uma intensidade enfática:

"Reitero, Roselita, nosso encontro não é aleatório, é de fato algo maior que nós."

E assim, ambos, transcendendo repúdios e obstáculos,

viveram um amor que nem a mais auspiciosa das lendas ousaria prever e contar.

Fim!

Um cheiro poético e encantado a você teve a pachorra de me ler até aqui.

Que o nosso

— Deus —

te abençoe ricamente.

#JoaoCarreiraPoeta. — 19/08/2024. — 11h47

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Mini Crônica — A Sagacidade

A Sagacidade

— Professor, hoje temos o compromisso de fazer uma descrição do vocábulo que encabeça esta mini crônica:

 

E como você vai fazê-lo Juão Karapuça?

 

— Vou explicar professor:

Literalmente, a sagacidade é um traço de personalidade que envolve inteligência, perspicácia e astúcia. 

É a capacidade de perceber e compreender rapidamente uma situação,

bem como de responder de maneira inteligente e criativa.

Uma pessoa sagaz é aquela que consegue analisar uma situação complexa e encontrar soluções inovadoras e eficazes. 

Ela é capaz de pensar fora da caixa, enxergar além do óbvio e encontrar alternativas que outros não considerariam.

Professor, poeticamente, eu passo-lhe a bola:

 

Juão, humildemente eu digo-lhe que, sagacidade é o brilho nos olhos de quem sabe dançar com as palavras,

enxergando além das aparências, desfiando mistérios com a leveza de um sorriso maroto. 

É o farol que guia pelo nevoeiro da dúvida, aquele toque romântico de quem lê corações como livros abertos. 

Sagacidade é um jogo de esconde-esconde com o destino, onde o mais astuto sempre encontra o amor escondido atrás da próxima esquina.

Na minha percepção, sagacidade é a flor que desabrocha entre as pedras,

é o artifício elegante que resolve dilemas com uma piscadela. 

Juão, este vocábulo entrelaça sabedoria com humor, desenhando caminhos inesperados como uma dança improvisada sob a lua. 

No campo do amor, é a faísca que faz o coração saltar e as risadas ecoarem.

Com ela, as soluções mais difíceis parecem simples.

E o amor, inevitável, surge no meio do caos.

Fim!

Um forte abraço a você que acabou de nos ler e um cheiro sagaz e poético.

Que o nosso 

— Deus —

 te abençoe ricamente tu e tua casa.

P.S. Juão Karapuça é minhas duas mãos e mente. Meu personagem e amigo.

#JoaoCarreiraPoeta. — 19/08/2024. — 15h56

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12860229279?profile=RESIZE_710xAmor Proibido Entre A Princesa E O Plebeu

— Professor, eu manifesto que estou amando contar histórias, haja visto que, parece mexer com minha cognição.

Sim Juão Karapuça.

É o que simplesmente sinto também.

E tenho certeza de que meu avô e meu pai sentiam o mesmo sentimento.

— Simplesmente já estou no clima de que: 

"Era uma vez, num reino distante, uma princesa chamada Rapunzel, cujo coração teimava em bater por um plebeu.

Juanito, um jovem que, apesar de ser visto como alguém aleatório aos olhos da nobreza, tinha o dom de fazer o mundo dela brilhar de uma forma inexplicável. 

No entanto, tal amor era veementemente repudiado pela corte, que via o romance como uma afronta ao arquétipo da realeza.

A princesa, com uma alma livre e um espírito factível, não se importava com as tradições enfáticas. 

Dizia ela:

— "O amor, de fato, não reconhece títulos. E, tampouco, deve ser submisso a estereótipos anódinos." 

Juanito, por sua vez, reiterava seu amor a cada encontro secreto, convencido de que o destino não era aleatório, mas sim uma força factual que os unira.

A rainha, uma mulher de convicções fortes, dirigiu-se a Rapunzel com repúdio. 

— "Dêem-me uma boa razão para aceitar essa loucura!" exclamou."É de fato impossível permitir que uma princesa ame um plebeu." 

O silêncio que seguiu foi tão intenso quanto o

— Déjà-vu —

que a princesa sentiu, como se estivesse revivendo uma história antiga e conhecida, talvez lida em algum conto romântico.

Entretanto, a princesa manteve-se firme. Afirmando:

— "Mãe, o amor transcende as fronteiras do status social. Repudiar o que sinto por Juanito seria arrefecer a chama da felicidade, algo que tampouco posso permitir."

Finalizando o confronto, Rapunzel olhou sua mãe nos olhos e afirmou: 

— "A felicidade é algo que todos merecem. Se não posso ser feliz amando, então para que serve o trono?"

Por fim, a rainha suspirou, cedendo com parcimônia.

— "Deem-me, portanto, vossa promessa de que serás feliz, minha filha, e aceito vosso plebeu."

Finalmente, o amor, contra todas as expectativas, floresceu entre risos e promessas doces, como por exemplo, um final feliz."

Fim!

Um cheiro poético de um plebeu que amou e se casou com uma princesa.

Que

— Deus —

te abençoe ricamente tu e tua casa.

#JoaoCarreiraPoeta. — 13/08/2024. — 11h

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Crônica Descritiva — Explícito

Explícito

Professor, antes que o senhor me peça, eu já fiz a consulta no

“pais dos burros”

sobre o significado literalmente, do título da nossa mini-crônica:

De acordo com o dicionário, o termo “explícito” é um adjetivo que se refere a algo que é claro, evidente, que não deixa margem para dúvidas ou interpretações. 

Quando algo é explícito, significa que está expresso de forma direta, sem rodeios ou subentendidos.

No contexto da comunicação, ser explícito é fundamental para garantir que a mensagem seja compreendida da maneira correta. 

Se eu escrevo algo de forma explícita, não há espaço para mal-entendidos ou interpretações equivocadas.

— Muito bem Juão Karapuça. Você está enriquecendo seu vocabulário. Entretanto precisa pôr em prática.

E poeticamente como você vê este vocábulo?

— Como eu vejo? Vou dizê-lo!

— Para mim professor, explícito é como um sol ao meio-dia: não se esconde, simplesmente, brilha sem pudor. 

Sinceramente, é a palavra que dispensa véus, fala sem rodeios, como um beijo roubado e declarado sem cerimônias. 

Explicitamente, explícito não permite dúvidas, revelando-se por inteiro, como uma declaração de amor direta, sem metáforas, nua de subterfúgios. 

Explícito é o sorriso descarado que revela segredos sem medo, de forma quase poética, e ainda assim, divertido em sua simplicidade.

Professor, explícito é aquele abraço apertado que diz tudo sem precisar de explicação. 

Não há sutilezas, nem mistérios, é como um pedido de casamento num megafone em plena praça. 

Mestre, este vocábulo não deixa espaço para mal-entendidos, tudo está às claras, à vista, como uma rosa entregue sem espinhos, com todo o afeto desenhado. 

Hoje eu Juão Karapuça, entendi que explícito é o amor declarado, aquele que pula para fora da página, sem hesitar, e nos faz rir pela coragem.

Fim!

Explicitamente, eu vou dar-te um cheiro poético, pedindo ao nosso

— Deus — 

que nos abençoe ricamente.

— Parabéns Karapuça.

Uma bela crônica descritiva e poética.

P.S. Juão Karapuça é um dos meus mais ativos personagens.

#JoaoCarreiraPoeta. — 18/08/2024. — 12h02

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Contos — Um Pica-Pau E Sua Bela Namorada

Um Pica-Pau E Sua Bela Namorada

Essa história aconteceu no século XIX exatamente, no ano de 1825 é um conto uma narrativa de um pica-pau que morava no alto de uma frondosa árvore de ébano,

era indiscutível sua notabilíssima habilidade de picotar madeira. 

Eu confesso que ele era tão sensacional em seu trabalho que merecia 1000s aplausos 100 parar dos bichos da floresta. 

Sua plumagem era de um sublime vermelho e preto muito intenso e brilhante,

fazendo-o parecer o mais empoderado dos pássaros.

De repente, um dia, enquanto o pica-pau exercia sua arte com lisura e precisão, ele conheceu uma – pica-pau Fêmea pulquérrima, cujos olhos brilhavam como estrelas. 

Dito isto, ele se vitimou de amor à primeira vista. 

Ela, por sua vez, ficou encantada com sua porfia e a elegância com que ele cunhava buracos nas árvores. 

Tanto é que logo se tornaram inseparáveis. Sobremaneira, havia uma questão peculiar:

Ela, com diplomacia, revelou que era hermafrodita, uma surpresa que o pica-pau não esperava. 

No entanto, no limbo do ostracismo de suas próprias tradições,

ele percebeu que o amor era imponderável e transcendia todas as perspectivas.

Assim, eles verbalizaram seus sentimentos com tamanha clareza que, quiçá, nenhum outro casal na floresta fosse tão unido. 

O enleio entre os dois era indiscutível,

tanto que todos os outros animais referendaram a união com entusiasmo. 

Mas é claro, eles enfrentaram desafios, como qualquer casal apaixonado.

Entretanto, 

com a diplomacia que só os pássaros apaixonados possuem, superaram tudo.

Haja visto que, viviam, portanto, um amor que voava acima dos estereótipos da floresta. 

Tanto que, sobre o céu estrelado, podia-se ouvir os ecos de sua felicidade, ressoando por toda parte.

Finalizando, o pica-pau e sua bela namorada permaneceram juntos,

um casal singular, que encontrou no amor um refúgio seguro. 

Sobretudo, quiçá, um amor para além do tempo.

Fim!

Aqui deixo um cheiro poético picotado por um pica-pau. 

Mas, peço a 

— Deus — 

que nos abençoe ricamente.

#JoaoCarreiraPoeta. — 15/08/2024. — 21h

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Crônica — Perspicácia

Perspicácia

— Professor, eu confesso que tenho a percepção de que a perspicácia é uma habilidade cognitiva

que envolve a capacidade de compreender

e interpretar informações de forma rápida e precisa.

 Juão, você está correto e ainda é a capacidade de perceber e compreender detalhes sutis, identificar padrões e fazer conexões entre diferentes elementos. 

 

— Sim. Entendo professor. 

A perspicácia é frequentemente associada à inteligência e à capacidade de resolver problemas complexos.

 Poetizando Juão, perspicácia é o farol que ilumina as sombras do incerto, desvendando os mistérios escondidos nos detalhes. 

Ela não só vê, mas antecipa, como um detetive romântico que, com olhar afiado, decifra os enigmas do coração.

 

— Enquanto mestre, muitos caminham no escuro, a perspicácia, lépida e sorrateira, dança entre as pistas ocultas, galhofando da ingenuidade alheia, e nos conduz com graça até a solução, sempre com charme e sagacidade.

Perspicácia é como um beijo roubado de uma borboleta sábia.

Com olhos treinados pela volúpia do pensamento, percebe nuances que escapam aos mais desatentos.

Perfeito Juão Karapuça.

Ela é romântica por natureza, desvenda cada segredo do vento, cada suspiro do tempo, e, sorrindo, sussurra para nós:

 "Veja, ali está a resposta que tanto procuras!" 

E, enquanto todos buscam no óbvio, a perspicácia brinca com o incognoscível, riscando o horizonte com luz e travessura.

Você é tremendamente perspicaz Juão Karapuças. Parabéns!

Um cheiro perspicaz e poético a todos que nos lêem.

Que o nosso querido 

— Deus — 

nos abençoe rica e eternamente.

P.S. Juão Karapuça é um dos meus perspicaz personagens.

#JoaoCarreiraPoeta. — 11/08/2024. — 8h55

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Crônica — A Dança Das Borboletas No Jardim

A Dança Das Borboletas No Jardim

Isto que Juão Karapuça vai escrever é sim uma crônica.

Entretanto, é uma mini história poética, romântica e humorística.

 

— É hoje professor deixa comigo:

 

Estou no meu jardim (Swiss Park), mas estou olhando a grama do meu vizinho Dom Manuel, parece mais verde que a minha, simplesmente pulquérrima. 

Este meu vizinho mestre,

tem um jardim de cair o queixo, as borboletas dançam como se fossem artífices de um balé insólito.

Fico observando suas asas,

matizadas com todos os matizes possíveis, parece eclipsar até o sol. 

O espetáculo é tão verossímil professor, mas, ao mesmo tempo, possui um quê de místico, como se o jardim fosse cenário de uma história já contada em um distante aforismo poético. 

Fico simplesmente encantado.

Mas, Karapuça, por que você fica tão encantado?

— Por quê? Vou dizê-lo:

Professor, as borboletas farfalham ao vento, criando uma sinfonia delicada que, por instantes, parece substituir a cacofonia pragmática da vida cotidiana. 

Cada movimento lembra um

— déjà-vu —

distante, como se aquele momento fosse eterno e, ainda assim, fugaz. 

Tampouco alguém se preocupa com a obsolescência de seus sonhos naquele jardim do meu vizinho Dom Manuel; 

ali, até os estereótipos das flores e dos insetos parecem perder o sentido.

Entretanto, 

um certo caos se instaura ali ocasionalmente. 

Pois, o Power-Borboleta, com suas asas mega-coloridas, faz galhofar até a abelha mais tacanha. 

Simplesmente, o jogo dicotômico entre a leveza das borboletas e a seriedade pragmática das plantas cria uma convivência surpreendentemente harmônica. 

Homólogos no amor à vida, borboletas e flores se saúdam amiudamente.

De quando em quando, uma borboleta particularmente portentosa e super azulada surgia, com um farfalhar que quase criava um pequeno furacão entre as “margaridas”. 

Dom Manuel, ao ver tal espetáculo, sempre ri e dança soltando um comentário cheio de sagacidade e perspicácia: 

“Haja visto que até as borboletas do meu jardim, têm seu momento de glória e eu danço no meio de tal beleza!”

No entanto, o insólito do jardim do meu vizinho não estava na sua grandiosidade, mas na simplicidade. 

Amiúde, a beleza matizada das borboletas matizava os corações. 

E, entre galhofas e cacófatos, todos que visitavam o jardim, sabiam que,

por mais breve que fosse o espetáculo,

ele era absolutamente insofismável em sua perfeição, como um aforismo que se repete na eternidade.

Fim!

Mas, eu guardei um cheiro poético de borboleta para você.

Que o nosso 

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

P.S. Juão Karapuça é um dos meus mais ativos personagens.

#JoaoCarreiraPoeta. — 12/08/2024. — 22h

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Crônica — O Romance Do Sol Com A Chuva

O Romance Do Sol Com A Chuva

Juão Karapuça temos um belo desafio pela frente.

Sim.

Contar uma bela história numa rica crônica.

Entretanto, simplesmente, me sinto sob uma forte chuva cognitiva.

— Deve ser a idade do professor.

Deixa que o carioca da gema entre em ação.

Minha percepção é que estou sob a égide do céu vasto, e sinto que o sol e a chuva mantinham um romance canhestro e incognoscível. 

Mestre, ninguém entendia essa paixão inusitada, até porque, aos olhos de todos, eles eram opostos ortodoxos: 

O sol, era aristocrático e proeminente, vociferava com sua luz exuberante e explícita, enquanto a chuva, bruxuleante e enigmática, derramava suas lágrimas silenciosas com voluptuosidade.

Porém, na ambivalência de suas naturezas, havia uma coesão que transcendia os estereótipos. 

Nosso personagem, o sol, com sua hegemonia sobre o céu diurno, era incapaz de resistir à indulgência suave da chuva. 

Ela, por outro lado, com sua proficiência em acariciar a terra, jamais conseguia eclipsar completamente a luminosidade dele, tampouco desejava tal proeminência.

Professor, aos olhos do mundo, esta relação parecia uma insurreição contra o que era considerado possível, uma barbárie meteorológica que desencadeava tempestades e Arco-Íris em igual medida. 

No entanto,

sob o artifício delicado do amor, esse embate criava paisagens deslumbrantes,

um espetáculo multifacetado de luzes e sombras.

Eu com olhos de poeta vejo nestes encontros furtivos, quando a chuva beija a terra sob os raios do sol, forma-se aquela névoa mágica, tão voluptuosa quanto breve. 

Nossos personagens são dois amantes, envolvidos em um idílio de gotas e raios,

fazem a natureza suspirar com suas cenas de paixão efêmera.

Mas como em todo amor secreto, havia defecções. 

Quando o sol se tornava magnânimo demais e suas invectivas luminosas recrudesciam, a chuva se afastava, lívida, deixando apenas a reminiscência de seu toque bruxuleante sobre a terra. 

Porém, inevitavelmente, voltava, pois entre o calor e a brisa, entre o fogo e a água, havia um magnetismo insofismável.

Finalizando, entre indulgências e invectivas, seguia o romance insurrecional e irresistível do sol e da chuva.

Parabéns Juão Karapuças. O que seria de mim sem ti. Você está sendo meus dois braços kkkkkkkkk!

Um cheiro poético molhado pela chuva e aquecido pelo sol.

Que o nosso

— Deus — 

nos abençoe ricamente.

P.S. Juão Karapuça é um de meus personagens mais ativos.

#JoaoCarreiraPoeta. — 10/08/2024. — 17h

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Crônica Descritiva — Heterogêneo

Heterogêneo

Excelentíssimo Bardo Juão Karapuça.

Dê-me literalmente, o significado do título desta mini crônica descritiva.

Por favor.

— Amado mestre foi com muito prazer que pesquisei este vocábulo. E entrego a ti o significado:

A minha cognição diz que, o termo “heterogêneo” se refere a algo que é composto por diferentes partes ou elementos. 

É o oposto de “homogêneo”, que se refere a algo que é uniforme ou consistente em sua composição. 

Quando algo é heterogêneo, significa que existem diferenças ou variações entre as partes que o compõem. Certo professor?

Certíssimo Karapuça. 

Porém, hoje quem vai poetizar sou eu:

E desde já me sinto no meio de um pulquérrimo jardim onde flores de mil cores se misturam, cada uma com seu perfume único.

Entretanto, simplesmente, juntas criam um cenário encantador. 

É o amor que une o poeta e a musa, tão diferentes e ainda assim inseparáveis, como notas dissonantes que se harmonizam numa melodia apaixonada. 

Diverso, mas completo, é o jeito que a vida nos lembra que a beleza mora nas diferenças que se complementam.

Eu não ia, mas vou te dar uma chance de finalizar nossa mini crônica:

— kkkkkkkkkkkkkk! Que maravilha professor. Existe coisa melhor que poetizar?

Não responda por favor.

Professor! Este vocábulo representa um casal improvável dançando uma valsa sob o luar.

Ele, pragmático e metódico, ela sonhadora e livre. 

No entanto, no embalo das diferenças, o riso se entrelaça à razão, e a paixão floresce.

Assim, entre a prosa e a poesia, descobrem que o verdadeiro encanto do amor está em ser múltiplo, variado, um caleidoscópio de singularidades que, juntas, formam um quadro incomparável.

Fim. Que pena professor!

Parabéns Juão tu és um excelente Trovador

Simplesmente, um cheiro diferenciado e poético a ti que nos lê

Que o nosso tremendo 

— Deus — 

nos abençoe ricamente.

#JoaoCarreiraPoeta. — 10/08/2024. — 15h44

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Crônica Descritiva — Escamotear

Escamotear

Juão Karapuça, você lembra do dicionário?

— Decerto que sim, professor. Foi lá que o senhor aprendeu e me ensinou o que significa escamotear.

Eu confesso que não sabia o que este verbo transitivo direto e intransitivo significava.

Ele é como um mágico escondendo sua mágica.

Sendo bem claro é como uma dissimulação, ocultação, larapiar, rapinar, roubar. Enfim. Passar a mão.

 

Agora vem a parte que eu amo. Escamotear poetizando:

 

É como o artífice do amor que, com um toque suave, faz sumir as dúvidas e esconder medos, como um mágico que brinca com a realidade. 

Tem o jeito sagaz de roubar um beijo sem que ninguém perceba, de esconder suspiros entre palavras doces e sorrisos roubados. 

No entanto, em meio a tanta destreza, o coração nunca consegue ser escamoteado, sempre revelado no olhar.

Escamotear é como o vento que sussurra segredos e leva embora as certezas.

Ele passa, disfarçado, escondendo intenções e brincando com o destino. 

Na dança do flerte, é o sorriso que desaparece rápido demais, o toque que escapa no último segundo, mas que deixa a lembrança matizada, como quem esconde a chave do coração, mas deixa a porta entreaberta, esperando ser descoberta.

The End. Simplesmente acabou kkkkkkkkkkkk!

Sem escamotear deixo um cheiro poético. Que

— Deus —

te abençoe ricamente

#JoaoCarreiraPoeta. — 15/08/2024. — 8h59

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Crônica — Uma Serenata Encantada Na Roça

Uma Serenata Encantada Na Roça

Era uma noite típica de lua cheia lá na roça, quando o jovem Tonho, o nosso caipira mais sonhador, decidiu que era hora de fazer uma serenata. 

A menina Júlia, de sorriso inefável, tinha roubado seu coração com uma simplicidade que eclipsava todos os dogmas e estereótipos sobre o amor. 

Mas Tonho, garoto de poucas palavras e de muita timidez, hesitava. Pois, a tal pusilanimidade parecia inamovível.

"Mas que nada!",

pensou.

"Essa noite vai ser homérica!".

Armado com sua viola e uma coragem que recrudescia no peito, ele caminhou até a janela da moça, onde o lume ululante das estrelas iluminava o campo com um brilho rútilo.

Lá, diante da casa de Júlia, Tonho desafinou as primeiras notas.

O esgar no rosto dele mostrava a luta visceral entre a vontade de recuar e o desejo de continuar. 

O pobre artífice das canções não tinha lá muita proficiência, mas a coesão dos seus sentimentos era inexpugnável.

Júlia, por sua vez, abriu a janela devagar, com o coração cheio de volúpia.

Lá estava Tonho, mais lívido que a própria lua. 

O ar de romantismo caipira tornava aquela cena algo de outra dimensão.

Simplesmente, ela ria de sua desafinação, mas, ao mesmo tempo, algo dentro dela ressoava.

"Tonho, cê é danado!",

disse ela, tentando abafar o riso.

"Essa serenata tá mais para vaticínio do que para melodia!"

Mas Tonho, no entanto, não se abalou.

"Cê vai ver, moça, essa é só a primeira de muitas!",

vociferou, tentando vencer o reacionário medo de rejeição.

E assim, no campo lúgubre, entre risos e notas desafinadas, a serenata de Tonho virou lenda. 

Quem diria que aquele amor caipira, tão simples e profundo, conseguiria transcender qualquer estigma e vaticínio.

Um “chero” e uma serenata poética “procê” que me lê. Que 

— Deus —

 te abençoe ricamente.

#JoaoCarreiraPoeta. — 01/08/2024 — 8h22

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CPP