Na bruma incerta, vi tua sombra noutra, Saudades mudas, versos irrefutáveis. No peito, o amor, lembrança que se doutra, Gestos e juras, ecos inesgotáveis.
O lençol guarda aqueloutra fragrância, Memórias dançam, incognoscíveis rastros. No olhar, vidência e amarga militância, Ressignifico os sonhos mais nefastos.
O tempo fonfona o enigmático ensejo, De alvíssaras surge o mais inusitado. No peito, ecos de um último desejo, Que sussurraste ao vento apaixonado.
A dor caminha conosco, mão atada, Como um segredo que já não se esconde. Mas a poesia jamais se faz calada, Canta esse amor que no peito responde.
Fim!
Que nosso Querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 07/05/2025. —— 11h01min —— 0673 ——.
Sob o luar bruxuleante e flébil, Deslizam prantos como águas calmas. Na idiossincrasia imensa e imperecível, Escamotear memórias são minhas almas.
Em lágrimas, o tempo se desfaz, Cognição do amor que nunca dorme. Multifacetada dor que é voraz, Sobretudo, um rio em pranto enorme.
No conceito abstrato da saudade, Vagam ecos num lamento brando. Portanto, sigo em pura tempestade, Entre margens de um sofrer infando.
Nas águas tristes, resta-me sonhar, Que cada gota um dia se refaça. E nesse rio que insiste em me afogar, O sol renasça e minha dor se abraça.
Fim!
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você tremendamente, um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 07/05/2025. —— 15h05min —— 0672 ——.
No ontem, escrevi teu nome nas estrelas, Reverberando além da imensidão, No hoje, és luz em almas paralelas, Matizado fulgor na vastidão.
O tempo, réfluo, em sua sapiência, Resiliência forja nosso enlace, O amanhã desponta em eminência, Sonho miscível, nunca se desfaz.
Sem estigma, enigma a nos guiar, Passado e presente em utopia, Nosso amor não há de cacetear, Segue firme em sua melodia.
E convosco, nos versos cintilantes, Ecos de afeto fluem pelo espaço, Nosso sentir explode triunfante, Em chama viva de laço e abraço.
Fim!
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço! Todos os direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 05/05/2025. —— 15h36min —— 0670 ——.
—— Juão, já fizemos centenas de crônicas e de contos e de repente, estamos focados nos poemas, sonetos e rondeis, somos ou, não somos cronistas e contistas?
—— Sim, professor, somos, mas a poesia é para aquele que ousa sonhar poetizando o seu dia, é pura magia! Acho que devemos fazer uma linda crônica com este tema de hoje!
—— Poetiza ai Juão sobre este casal que se amava e se separaram!
—— É pra já mestre!
"Os encontros da vida são marcados por uma dualidade incontestável professor: luz e sombra, alegria e dor. Ressignificar o passado não é algo trivial, mas tampouco inconcebível para eles. São duas almas machucadas pela vida que caminham pelas ruas do conhecimento, onde a suspeição dá lugar à confiança e a suspensão de medos permite a entrega ao sonho e ao amor que não envelhecem.
O paradoxo do tempo que os envolvia, imputa ao destino ou é mera compulsão do acaso? Eis a questão! No entanto, naquela troca de olhares, tudo parecia imutável, coeso e homogêneo. Silentes, mas intensos, solfejavam melodias invisíveis, contrapondo solidão e esperança num futuro incerto. A celeuma interna se dissipava, e, apesar da lacônica hesitação, o instante se tornava emblemático.
Contextualizando o momento, era evidente: haja vista que o amor, Sui Generis, desafia qualquer apologia da lógica. Porquanto, caminhavam juntos, sem teorizar sobre o futuro, condescendentes ao presente. Decerto que, tampouco o destino seria ostensivo em sua imprevisibilidade, porém a promessa permanecia.
Alvíssaras! O amor os havia encontrado, porém, algo os separou. Portanto, sobretudo, obviamente... eram enfim livres para sentir e sonhar novamente.
Fim!
—— Que lindo Juão, uma pena foi a separação, porém, a relação dos dois nunca fenecerá sendo eterna! Parabéns para nós, pois, continuamos cronistas como sempre fomos.
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 04/05/2025. —— 10h38min —— 0669 ——.
O Amor fonfona em notas cristalinas, Noutra alvorada, incognoscível luz, Resigna o tempo em rimas peregrinas, E a Lua envolve o sonho que conduz.
Seus raios dançam doutra perspectiva, No mar enigmático dos corações, Aqueloutra promessa é cativa, Irrefutável em suas emoções.
Meu peito pulsa em vidência encantada, Traz alvíssaras a ressignificar, A noite em prata, inusitado brada, A nos envolver e juntos eternar.
Conosco brilha a Lua enamorada, E Amor é chama que jamais se vai, Na eternidade, tão bem desenhada, Versos dourados em brisa de um ai.
Fim!
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 03/05/2025. —— 11h19min —— 0668 ——.
Na luminescência exígua da aurora, Murmureja o vento em voz ululante. O tempo, em parcimônia, ressignifica agora, O amor que espicaça o peito distante.
Verossímil sombra veste o apogeu, Nos versos que anseiam tua âncora e trilha. Ó dileta essência, onde estás? Quem tomou tua lira e calou tua brisa?
Consigo levo a dor deste luto sonhado, Onde as rimas jazem em névoa e ausência. Se és sol e suspiro, por que foste levado, Deixando em mim trevas e mágoa silente?
Volta, poeta! Escreve o céu com teu brilho! Ressignifica o amor com tua alma errante! Não deixes que o tempo dissolva o idílio, Que ululante se faz na dor ressonante.
Fim!
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente! Um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 02/05/2025. —— 15h12min —— 0667 ——.
O sol reverberava na gélida Patagônia, e na Faculdade Casa dos Poetas e da Poesia, a iminência de um embate linguístico causava expectativa entre os alunos. O eminente professor Juão Karapuça, artífice das letras e da retórica, preparava-se para a aula avassaladora sobre os pronomes demonstrativos. Na pauta, um mistério gramatical: "esta" e "essa".
Juanito Karapuça, seu filho, tampouco podia conter sua obsessão pela brincadeira. Com ares de purista e um olhar astuto, resolveu espicaçar o pai. Pegou duas canetas e disparou:
— Professor, se "esta" é a que está perto do falante e "essa" é a que está perto do interlocutor, então esta confusão faz com que eu cacife uma nova teoria! — disse, gesticulando exageradamente.
O professor, sorrindo, respondeu:
— Pois bem, Juanito! Se esta caneta está em minha mão, ela me pertence. Mas dito isso, a beleza mora nos detalhes: se eu a jogar para você, dissipo a dúvida, e ela se torna "essa" caneta que você segura!
Todos riram da sagacidade do mestre. O debate foi romântico, poético e sobretudo instrutivo. Desde então, "esta" e "essa" nunca mais foram vistos como meros morfemas, mas sim como âncoras de perspectivas díspares e complementares.
A moral da história é que a linguagem não é apenas um conjunto de regras rígidas, mas sim um jogo dinâmico de perspectivas e contextos. Ao brincar com os pronomes "esta" e "essa", Juanito e o professor Karapuça ressignificam a gramática como um elemento vivo e interativo. Essa troca entre côncavo e convexo na comunicação ensina que o conhecimento, quando abordado com humor e criatividade, se torna mais envolvente e fácil de compreender. Portanto, na língua, assim como na vida, a chave para dissipar dúvidas está em observar os detalhes e enaltecer as diferentes perspectivas!
Fim!
Espero que você tenha entendido a diferença entre os pronomes mencionados, portanto, que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente! Um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 01/05/2025. —— 14/h56min —— 0666 ——.
Na luminescência de um olhar ardente, Ululante chama, eco verossímil, A âncora me prende ao amor presente, Ressignifico o sonho mais sensível.
Com parcimônia a dor me espicaçou, Consigo ver no exíguo o apogeu, Dileta estrela, ao céu me transportou, No murmurejar do tempo és meu véu.
Se o amor é rio que corre sem fim, Que nunca seque em mim, nem mesmo assim. Os astros guardam nosso juramento,
Que a eternidade o torne infinito, Caminho ao teu lado sem desalento, E cada suspiro é um sonho bendito.
Fim!
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você e sua casa ricamente e um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 30/04/2025. —— 9h43min —— 0665 ——.
Tua luminescência ao céu se lança, ululante fulgor, chama que me aquece. Num tempo exíguo, numa breve esperança, verossímil encanto, amor que não esmorece.
Teus olhos são mares que murmurejam, no apogeu da aurora, âncora e guia. São luzes que, ternos, me sossegam, dileta certeza, num sol que me esfria.
Teus fios dourados são rastros de fogo, com parcimônia, fluem no vento. Consigo, reescrevo, renovo o jogo, amando-te sempre, sem desalento.
Nos versos antigos, renasce a sina, o amor não finda, é chama divina. Na eternidade, se faz âncora e guia, ressignificando em luz a doce magia.
Fim!
Que —— Deus abençoe este longevo poeta e a ti também! Um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 29/04/2025. —— 11h —— 0664 ——.
No limbo errante de um amor pungente, Voejar perdido entre o bem e o abismo, Recorrente sonho, enigma ardente, Destino escamoteia o seu exorcismo.
O nimbo escuro os olhos já envolve, Na percepção do fim, tartamudeia. Em ápice fatal, o tempo dissolve, Auspicioso adeus, a dor sem esteia.
Com perspicácia, o mundo os condena, O vento contextualiza a sua história. Entre laços e leis, jazem sem pena, Nas sombras do adeus, finda sua glória.
A paixão furtiva, sem rumo, sem paz, Resta um eco ao longe, ao tempo incessante. Pois amar em segredo foi seu eficaz Crime sublime e puro, eterno e errante.
Fim!
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você e sua casa. Um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 28/04/2025. —— 14h45min —— 0663 ——.
Aristocrático amor, pura magia, Bruxuleante luz no olhar profundo, No véu do tempo, idiossincrasia, Se torna eterno neste vasto mundo.
No relicário, a chama multifacetada, Guarda os segredos que não vou negar, Escamotear não cabe à minha estrada, Pois minha alma só deseja te amar.
Na cognição do amor, forte conceito, O flébil sopro da paixão me guia, Teus afagos são meu único preceito, Sobretudo a fé que me auxilia.
E mesmo que o destino nos divida, Portanto, sei que ao fim da travessia, Na eternidade, a promessa é cumprida, E juntos seremos pura poesia.
Fim!
Nada como um sublime "afago", que nosso querido —— Deus —— abençoe você e sua casa ricamente! Um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 27/04/2025. —— 7h45min —— 0662 ——.
Como um lábaro erguido ao vento brando, Nosso amor farfalha em doce enleio, Agnóstico ao tempo, segue amando, Tamborilando afetos no seu meio.
Nosso passado é fiapo de tempo, Gorgoleja em lembranças reluzentes, Lúdico encanto que toca a alma a tempo, Cognato aos sonhos, paixão entre gentes.
Vence a distância, desfaz o estigma, Na carícia breve, eterno fulgor, E nas reminiscências, luz que anima, Amor que ecoa num doce esplendor.
E se o destino em dúvidas se embala, Nosso sentir é força que resiste, O sol renasce, a aurora nos embala, Eterno laço, ardente e nunca triste.
Fim!
Com este humilde poema, rogo a —— Deus —— que abençoe você ricamente e um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 26/04/2025. —— 15h01 —— 0661 ——.
No frio papel se deita a minha dor, versos que choram em prantos sombrios, fiapos do tempo em tons tão vazios, traçam na tinta um fúnebre ardor.
Lamentos sutis que a alma esculpiu, na pena do artífice a mágoa persiste, idílio desfeito, memória que insiste, ecoam as dores que a vida imprimiu.
No enleio dos ventos, tristonha canção, incisiva melodia se expande, evoca o estigma que nunca se esconde, nos olhos marcados por velha ilusão.
Se a rima fenecer no fim da estrada, volúpia da pena, num sopro, sucumbe, mas versos renascem de um peito que ruge, pois sempre há poesia na dor revelada.
Fim!
Que —— Deus —— afaste de ti todas a tristeza, abençoando você ricamente. Um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 25/04/2025. —— 15h55min —— 0660 ——.
No relicário do tempo, tão feérico, Voeja o amor por entre a melodia, Noctâmbulo desejo, tão etéreo, Mitiga a dor de efêmera harmonia.
Sob o véu da lua, brilham reluzentes, Noctívago encontro que faz-se soar, Exitosa paixão une os diferentes, Laços proibidos que vêm a marulhar.
Ode sublime em fuga tão noturna, Solfejar do âmago ao algures voa, Corações pulsando na sombra soturna, Mesmo ao matrimônio, a paixão ecoa.
E ao longe, ao limiar de todo o tempo, Em relicário eterno vai pairar, Amor vedado no mais puro lamento, Que o feérico sonho ainda vai guardar.
Fim!
Que —— Deus —— abençoe você ricamente e sua casa! Um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 24/04/2025. —— 19h34min —— 0659 ——.
Num tempo além do tempo, almas dançam, Em vozes que a distância não desfaz, As memórias no peito ainda alcançam, E o amor renasce eterno em sua paz.
Nos olhos brilha o lume da saudade, Fonemas doces ecoam ao falar, E ao toque, a morfologia da verdade, O instante que fez o mundo parar.
Cascalha o vento, voeja a emoção, Cognatos no silêncio a murmurar, Resiliência é a força da paixão, Que as vidas apartadas vêm juntar.
E quando a luz da aurora as envolve, Fenecem as dores, renasce o viver, Um conluio sagrado que resolve, Que duas almas jamais vão se perder.
Fim!
Que —— Deus —— abençoe a tua vida ricamente e um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 24/04/2025. —— 9h15min —— 0658 ——.
No peito há dissidência e inquietude, A dor do amor se impõe e se desdobra. Dissocio a razão da plenitude, Mas sigo a paixão, que em mim se cobra.
Malevolente é o medo que me invade, Atochado de angústia e de torpor. Voejo entre a coragem e a saudade, Escrevinhando a sina deste amor.
Borboleteando em sonhos, hesitante, Evoco cada toque que incendiou. Mas sinto um vendaval, um passo errante, E temo o precipício onde pousou.
Se amar é despir-se de armaduras, Que reste o coração livre e sem dor. Que as sombras não sufoquem as ternuras, Nem calem para sempre este grande amor.
Fim!
Que Deus abençoe você ricamente, um forte abraço! Estou matando quem me matava de saudade! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 24/04/2025. —— 10h19min —— 0657 ——.
Reverberando nos ecos do côncavo e convexo da batalha tributária, encerro, enfim, este embate veemente e factível com o arquétipo fiscal, o famigerado Leão federal. Decerto que, porquanto findada esta odisseia factual, a declaração de minha própria renda, última entregue, deixa-me notívago e à mercê de minha amada: a poesia. Eis que retorno ao âmago, ao auspicioso abraço dos versos, das estrofes, dos poemas, da poetisa e do amor que mora nas entrelinhas e nos detalhes!
Finalizando, portanto, permitam-me ressignificar este momento com humor e leveza. A rotina aleatória e anódina dos números cede espaço ao déjà-vu efêmero de rimas e inspirações. Tampouco quero reiterar o repúdio à burocracia, mas o arrefecer deste compromisso fiscal é, de fato, libertador. Diria eu, de forma enfática e não parva: deem-me tempo, espaço e inspiração, pois a dualidade de viver entre os valores monetários e poéticos não pode ser repudiada!
No entanto, isso por quê? Porque o todo do tudo do seu nada ressignifica a beleza do viver. Sobretudo, a poesia é vida, é côncavo e convexo, é dual, é eterna. João retorna, parvo e ainda mais apaixonado!
Aquele que tamborila pelas linhas dos dias sabe que sou:
Economista, contador, trader (operador de Bolsa de Valores), mentor de investimentos financeiros e coach—aquele que enleia esperanças. Nessa última atividade, ajudo almas a gorgolejarem traumas antigos, principalmente os financeiros.
Como contador atuei por trinta e oito anos. Em março e abril de cada um desses trinta e oito anos, meu coração pulsava em ritmo lúdico e frenético, pois trabalhava dobrado: noites inteiras, o estigma das horas debruçado sobre declarações de imposto de renda, como um lábaro da perseverança tamborilando pelas madrugadas. Cheguei a preencher mais de trezentas declarações por ano!
E então, numa manhã de reminiscências e um fiapo de tempo que parecia eterno, em 31/12/2007, eu vendi meu escritório. Me aposentei. Nunca mais contabilizei nada, mas ficaram algumas dezenas de amigos "chegados" e da família, pelas quais ainda dedico meu tempo e carinho.
O ano passado (2024), afastei-me os trinta dias de abril da CPP - Casa dos Poetas e da Poesia. Senti o farfalhar das páginas em branco como um agnóstico perdido em meio à fé da inspiração. Tudo para executar essa tarefa que, mesmo sem brilho, é cognata ao dever.
Este ano, estou tentando não me afastar por completo, reduzindo postagens e apreciações, mas prometo que a partir de maio estarei aqui, inteiro, com meu coração e minhas palavras.
Ah, queridos poetas e poetisas, não percam o prazo de entrega! O leão ruge até 30/05/2025 às 23h59min—seja pontual!
Um forte abraço, meus adorados companheiros de versos!
P.S.: Ciducha, minha querida, Juão Karapuça vai morrer de saudades, farfalhando pelas noites com lembranças de nosso riso e carinho. kkkkkkkkkkkkkk!
No relicário, um coração sagrado, Ecoa o amor que o tempo jamais cessa. Enquanto os corpos sentem o passado, A chama eterna vibra em sua pressa.
Os anos voam, leves como um vento, Mas a canção do amor sempre persiste. Nosso compasso, eterno fundamento, Canta que amar é tudo o que existe.
A melodia vive em nós, serena, Guardada em sonhos de um relicário. Mesmo que o tempo a força nos condena, O amor renasce no seu calendário.
Eterno brilho em nós se faz presente, Além dos anos, além da própria vida. Nosso relicário canta em sua mente, Que a alma amante jamais foi perdida.
Fim!
O que seria do poeta sem a poesia? Que nosso querido —— Deus —— abençoe você eternamente! Um forte abraço! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 06/04/2025. —— 15h23min —— 0654 ——.
— Eu sou Juão Karapuça e estou aqui na fria Patagônia exatamente, na "Faculdade Casa Dos Poetas e da Poesia" com meu amado mestre João Carreira, poeta: vamos narrar uma aula indescritível na sala de número 01 desta Faculdade:
Era o primeiro dia de aula sem a indiscutível professora Dolores Fender, que, após décadas de lisura linguística mestre, pendurara sua régua vermelha no limbo do ostracismo. Em seu lugar, surgiu a pulquérrima e sensacional "professora Ciducha": empoderada, notabilíssima, com olhos de ébano e alma de Ode. Juanito professor, o aluno mais peralta da escola e filho do lendário Juão Karapuça, não tardou em vitimar-se com dúvidas “gramaticalmente amorosas”. Ao ouvir Ciducha verbalizar com diplomacia e charme o uso correto de “por” e “pôr”, seu coração — antes dado à galhofa — bateu em ritmo de arroubo juvenil.
— Professora... posso pôr você no meu poema? — perguntou, entre fonemas trêmulos e morfemas corados.
— Isso por quê, Juanito? — replicou ela, com um sorriso sensivelmente côncavo, depois convexo.
— Porque a senhora... é a causa, o meio, o tempo e o lugar da minha inspiração! — disse ele, cunhando ali, talvez, o verso mais ousado da sala.
— Ciducha professor, entre risos e alvíssaras, ressignificou o ensino com parcimônia, mas, é claro, sem abdicar da firmeza. E tanto é que transformou a gramática num campo de perspectivas poéticas, onde até os verbos transitivos sentiam-se apaixonados. Foi sobremaneira didática. Tanto que Juanito nunca mais errou "por" “pôr” — até porque passou a "pôr" poesia sobre tudo. Entendeu que por, sem acento se usa em: Por causa: "Estou cansado "por" trabalhar muito." Por meio: "Vou viajar "por" avião." Por lugar: "Vou passar "por" São Paulo." Por tempo: "Vou estar lá "por" uma hora." "Pôr", por outro lado, é um verbo que significa: Colocar algo em algum lugar: "Vou "pôr" o livro na estante." Estabelecer ou fixar: "Vou "pôr" um alarme para acordar cedo." Ocasionar ou causar: "Isso vai "pôr" em risco a nossa relação."
—— Juão Karapuça, você foi perfeito narrando esta primeira aula de nossa querida amiga Ciducha! Parabéns!
"Afinal, no imponderável tabuleiro das palavras, até um hermafrodita substantivo pode encontrar o amor na preposição certa."
Fim!
Espero que você tenha gostado desta crônica e entendido a diferença entre a preposição por e o verbo extremamente irregular pôr, que —— Deus —— abençoe você ricamente. Um forte abraço! P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução! Todos os Direitos Autorais Preservados. #JoaoCarreiraPoeta. —— 06/04/2025. —— 12h08min —— 0653 ——.
