A noite é o relicário do amor,
Solfeja em fonemas, suaves, sutis,
Sombra e luz dançam em tom sedutor,
Tamborilando desejos febris.
Gorgolejar dos ventos gentis,
Grugulejar das folhas em fulgor,
A noite é o relicário do amor,
A noite é o relicário do amor,
Solfeja em fonemas, suaves, sutis,
Sombra e luz dançam em tom sedutor,
Tamborilando desejos febris.
Gorgolejar dos ventos gentis,
Grugulejar das folhas em fulgor,
A noite é o relicário do amor,
A madrugada em rútilo mistério,
Veste-se em matizes de azul e prata,
Segredos galhofam num tom etéreo,
Enquanto a brisa os sonhos desbarata.
No farfalhar das folhas tão discretas,
A viola entoa um cântico divino,
Voeja a alma em notas
Na alcova onde o enleio fez morada,
Voejava o desejo em luz tardia,
Mas vi-te, amor, na sombra dissociada,
Num fiapo de tempo que fenecia.
Tentei conter-te em névoa desatada,
Mas dissentir do sonho eu não podia,
Atochado em angú
No vale onde a lua em brilho esmaecido,
Permear versos faz-se um encanto feérico,
Arvorejam no céu um sonho perdido.
E as estrelas, em lume doce e etéreo,
Balalaica dos ventos, em som comovido,
Marulhar das paixões num cânt
O Caderninho e a Caneta do Poeta!
No limiar dos sonhos, ao dormitar,
Minha caneta dança em poesia,
Num prelúdio de luz a voejar,
Tecendo rimas que o tempo esculpia.
Abdico o sono e, abstêmio, escrevo,
Pois a inspiração não pode esperar,
Se é ambíguo o
Quando a tristeza vem e me devora,
Noctâmbulo, me perco em melodia,
Minha viola canta e me acalora,
Lúdico encanto em pura harmonia.
Nos trastes soltam-se os sons da memória,
Gorgolejar de notas tão sentidas,
Fonemas soltos c
Seguindo os passos da noite, o pedido ápice,
Dos sussurros da lua em flanco iluminado,
Lábaro de estrelas no ar se espraie.
Entre peitoris do céu, tão bem traçado,
A função e detalhes do sonho, lúdico enlace,
Empírico senti
A Gramática na Patagônia e o Caso "Fedelhos".
— Eu, estou novamente, no sul da América do Sul! E a brisa gélida da Patagônia entra pelas frestas da janela da sala de aula número 01 da
"Faculdade Casa Dos Poetas e da Poesia",
quando a professora Dolores
Já era madrugada e o sono fugia,
Entre matizes da noite, tão lúgubre,
Buscava no dogma da arte inefável,
A volúpia dos versos, qual mitologia.
O farfalhar das folhas, em melodia,
Ressignificava o silêncio incansável.
Já era
Pela noite adentro, em idílio profundo,
Um fiapo de tempo se estende ao além,
E o artífice do verso recria o mundo.
Entre as sombras que o estigma retém,
No enleio da busca, um déjà-vu acende,
Eclipsa o prosaico, revela o divino,
Atrás da negritude da noite, busco um canto,
O céu recrudesce em tons feéricos e frios.
Enquanto a lua solfeja seu encanto.
Arvorejam estrelas, incipientes brilhos,
Simplesmente, esmaecido, o verso tenta o manto
Compendiado e lúdi
Relicário Das Eminências.
Flébil canto nas asas da noite a vagar,
Flexuosa, a poesia se torna dileta,
Um relicário de sonhos a farfalhar.
Porquanto solfeja em cadência secreta,
Pontuar com proficiência o verbo a brilhar,
Inelutável, sua força é persuas
A Beleza da Borboleta e da Poesia.
Vagueando ao som do vento, desnuda e etérea,
Permear o céu, seu mote excêntrico é,
Emoldurar versos com graça tão séria,
Ao invés de silêncio, poesia de fé.
Entre contos e encantos, a razão da borboleta é
Arfando no a
O circo é magia que faz o tempo parar,
Ponto cego onde sonhos e real se encontram,
Cada dia na sua agonia vem mostrar
Que o todo do tudo no nada se afrontam.
No picadeiro, proeminente, há emoção,
Palhaços que verbalizam risos se
Ziguezagueando entre agruras e esperança,
Desnuda segue a alma a permear o céu,
No lídimo encaixe que o amor alcança,
Arvorejando o sonho em um doce véu.
Apoteótico em mote lírico e profundo,
Arfar do peito exibe sua evidênc
Parônimos: A Dança Das Palavras Gêmeas.
— Bom dia, eu sou Juão Karapuça e, já descrevi aqui o vocábulo "homônimos", entretanto, hoje a pedido do amado mestre vou falar sobre "parônimos" que é outro substantivo masculino.
— Juão, eu quero que seja uma d
Sob o conluio da dor, o palhaço faz sorrir,
Tiquetaquear do tempo não lhe dá alívio,
Cascalhar ressoa, abafando o choro furtivo,
Gorgolejar das lágrimas, luta para não cair.
Nos fonemas de risos, tenta se redimir,
A morfolo
A Luminescência de Um Coração.
Entre os matizes de um amor aquém,
Que dissociam dogmas tão sutis,
Rútilo brilho que aos céus convém.
Há luminescência em corações febris,
Um fiapo de tempo, em enlevo, se vai,
Voejar da alma, claudicante em verdade,
Farf
Ziguezagueando em trilhas de ternura,
No permear dos braços nasce a calmaria,
Um neófito amor, tão lídima ventura,
Que encaixilha o peito em doce sinfonia.
Desnuda a alma, em feérico enlevo,
Agruras fenecem sob a proteção,
O arfar do
Empoçar e Empossar: Aula de Vida e Linguagem.
Era uma tarde chuvosa no Vale Encantado, na fria Patagônia, na sala número 04 da Faculdade Casa dos Poetas e da Poesia.
As goteiras do teto empoçavam água no canto da sala, e o professor Juão Karapuça, com