Nos corredores frios, luz tardia,
Ressurge o nosso afeto inefável,
Sob a égide intensa e imutável,
Que em rútilos matizes reluzia.
A noite nos guardava em harmonia,
No abraço de volúpia inenarrável,
Onde o desejo ardente, inab
Nos corredores frios, luz tardia,
Ressurge o nosso afeto inefável,
Sob a égide intensa e imutável,
Que em rútilos matizes reluzia.
A noite nos guardava em harmonia,
No abraço de volúpia inenarrável,
Onde o desejo ardente, inab
A luminescência invade o alvorecer,
Em tons dourados, cálidos, serenos,
E os raios traçam sulcos tão pequenos,
Que o céu parece, enfim, adormecer.
No vento ululante a voz do dia
Ressoa branda, em tom verossímil,
Enquanto a aurora, em
Pensamentos Carreirianos —— 0027 ——
—— Juão Karapuça, bom dia!
—— Bom dia mestre!
—— Posso fazer-lhe uma pergunta Juão?
—— Decerto que sim professor!
—— O que você entende por: "trabalhar por prazer?"
—— Mestre, no meu humilde entender, seria eu fazer
Ontem, Hoje e o Amanhã do Poeta!
O poeta é livre a voejar,
Rútilo em versos, dono do tempo,
Matiza o ontem num novo intento,
E ao amanhã pode já cantar.
Sob a égide a lhe guiar,
Inexorável, sem contratempo,
O poeta é livre a voejar,
Rútilo em versos, d
Uivos ao Vento na Negritude da Noite!
O vento uivava e cortava em açoite,
Estigma cruel que a noite me dava,
Porém, na penumbra, um brilho se acoite,
E o enleio em sua alma já me encontrava.
Fiapo de tempo em idílio bendito,
No ar, seu perfume eclipsa
A noite é o relicário do amor,
Solfeja em fonemas, suaves, sutis,
Sombra e luz dançam em tom sedutor,
Tamborilando desejos febris.
Gorgolejar dos ventos gentis,
Grugulejar das folhas em fulgor,
A noite é o relicário do amor,
A madrugada em rútilo mistério,
Veste-se em matizes de azul e prata,
Segredos galhofam num tom etéreo,
Enquanto a brisa os sonhos desbarata.
No farfalhar das folhas tão discretas,
A viola entoa um cântico divino,
Voeja a alma em notas
Na alcova onde o enleio fez morada,
Voejava o desejo em luz tardia,
Mas vi-te, amor, na sombra dissociada,
Num fiapo de tempo que fenecia.
Tentei conter-te em névoa desatada,
Mas dissentir do sonho eu não podia,
Atochado
No vale onde a lua em brilho esmaecido,
Permear versos faz-se um encanto feérico,
Arvorejam no céu um sonho perdido.
E as estrelas, em lume doce e etéreo,
Balalaica dos ventos, em som comovido,
Marulhar das paixões num cânt
O Caderninho e a Caneta do Poeta!
No limiar dos sonhos, ao dormitar,
Minha caneta dança em poesia,
Num prelúdio de luz a voejar,
Tecendo rimas que o tempo esculpia.
Abdico o sono e, abstêmio, escrevo,
Pois a inspiração não pode esperar,
Se é ambíguo o
Quando a tristeza vem e me devora,
Noctâmbulo, me perco em melodia,
Minha viola canta e me acalora,
Lúdico encanto em pura harmonia.
Nos trastes soltam-se os sons da memória,
Gorgolejar de notas tão sentidas,
Fonemas soltos c
Seguindo os passos da noite, o pedido ápice,
Dos sussurros da lua em flanco iluminado,
Lábaro de estrelas no ar se espraie.
Entre peitoris do céu, tão bem traçado,
A função e detalhes do sonho, lúdico enlace,
Empírico senti
A Gramática na Patagônia e o Caso "Fedelhos".
— Eu, estou novamente, no sul da América do Sul! E a brisa gélida da Patagônia entra pelas frestas da janela da sala de aula número 01 da
"Faculdade Casa Dos Poetas e da Poesia",
quando a professora Dolores
Já era madrugada e o sono fugia,
Entre matizes da noite, tão lúgubre,
Buscava no dogma da arte inefável,
A volúpia dos versos, qual mitologia.
O farfalhar das folhas, em melodia,
Ressignificava o silêncio incansável.
Já era
Pela noite adentro, em idílio profundo,
Um fiapo de tempo se estende ao além,
E o artífice do verso recria o mundo.
Entre as sombras que o estigma retém,
No enleio da busca, um déjà-vu acende,
Eclipsa o prosaico, revela o divino,
Atrás da negritude da noite, busco um canto,
O céu recrudesce em tons feéricos e frios.
Enquanto a lua solfeja seu encanto.
Arvorejam estrelas, incipientes brilhos,
Simplesmente, esmaecido, o verso tenta o manto
Compendiado e lúdi
Relicário Das Eminências.
Flébil canto nas asas da noite a vagar,
Flexuosa, a poesia se torna dileta,
Um relicário de sonhos a farfalhar.
Porquanto solfeja em cadência secreta,
Pontuar com proficiência o verbo a brilhar,
Inelutável, sua força é persuas
A Beleza da Borboleta e da Poesia.
Vagueando ao som do vento, desnuda e etérea,
Permear o céu, seu mote excêntrico é,
Emoldurar versos com graça tão séria,
Ao invés de silêncio, poesia de fé.
Entre contos e encantos, a razão da borboleta é
Arfando no a
O circo é magia que faz o tempo parar,
Ponto cego onde sonhos e real se encontram,
Cada dia na sua agonia vem mostrar
Que o todo do tudo no nada se afrontam.
No picadeiro, proeminente, há emoção,
Palhaços que verbalizam risos se
Ziguezagueando entre agruras e esperança,
Desnuda segue a alma a permear o céu,
No lídimo encaixe que o amor alcança,
Arvorejando o sonho em um doce véu.
Apoteótico em mote lírico e profundo,
Arfar do peito exibe sua evidênc