Posts de PETRONIO PAES LANDIM FRANÇA (505)

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Em paz com minha alegria...

Das alegrias todas que eu vivo e já vivi
São elas que dividem uma metade de mim
Uma metade inteira do meu outro lado
O lado que me deixa viver ocupado
Principalmente quando ficamos sozinho
Sabendo que o outro lado não esta vazio

E as minhas alegrias ainda são crianças
Que gostam de brincar com todas as lembranças
Fazendo com que elas mudem de formato
Mesmo as mais remotas ou que estão de fato
Guardadas todas elas no subconsciente
É engraçado como elas mexem com a gente

E é engraçado como todas elas se transformam
Brincando com a lembrança, elas criam formas
Crianças mais travessas são as alegrias
Sempre do nosso lado, em nosso dia a dia
E elas não deixam a gente um instante sossegado
Sempre remexendo com as coisas do passado

E quer saber, vou reclamar...
Pra que? Se elas me fazem companhia
Pensando bem o que eu quero é mais
Viver em paz com muitas alegrias
 
 
(Petronio)
 
 
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Do corpo...

Quando menino, diante de uma mulher
Perdia o rebolado
Tremia o corpo da cabeça aos pés
Feito um atoleimado

Travava a lingua e cadê as palavras
No que me contradizia
Naquilo que eu pensava ser e achava
Olhando fotografias

No entando hoje diante de uma mulher
Se não perco o rebolado
Sinto que o corpo da cabeça aos pés
Vive de olhos fechados
 
 
(Petronio)
Saiba mais…

Cores da vida

A vida tem as cores que você pinta
Com a tinta que lhe convém
Já que quem pinta a sua vida
É só você e mais ninguém
Seja multi ou só colorida
Enfim, que as cores que lhe caiam bem

Tem gente que acha que a vida
Pintada de verde vai lhe trazer fortuna
Tem até quem prefira o branco
O que leva muito neguinho às alturas
E tem quem prefira o vermelho
E diante do espelho se julga imortal
Há quem tinja a vida de preto
No luto, preconceito ou mesmo pessoal

Pela tinta métrica da moral...

A vida tem as cores que você pinta
E só depende da tinta, aquela que lhe convém
Já que quem pinta a sua vida
É só você e mais ninguém
Preta, branca ou colorida
Apenas pinte sua vida
Com as cores que lhe caia bem
Ainda que não agrade a ninguém

Já que todas as cores são por igual...

 

(Petronio)

Saiba mais…

Enquanto os automóveis passam

Um dia como outro qualquer
Um dia tão sem graça
Quando o sapato não aperta o pé
A chuva faz pirraça
O relógio aponta
E a vida corre pelas veias
O tempo faz as contas
Cem anos ou meia hora e meia


Se a morte toma pelas mãos
Alguém em cima da calçada
Descansado ou sem descanso
Certamente ele buscava
Pela vida a todo instante
Porque vida é acontecer
E tão depressa ela passa
E não há como perceber


Ainda que em passos lentos
Sem pressa de ir embora
Eu siga ouvindo a voz dos ventos
Sem que ele me diga as horas
Ainda que o relógio aponte
E o sol não tarde a se esconder
O tempo conta e não desconta
Se acaso eu parar de correr 


Enquanto os automóveis passam
E a multidão caminha
Todos em busca de algo novo
Pela luz de um novo dia
Correndo mil perigos
Porque a vida é isso ai
É buscar, lutar, correr, morrer...
Sem nunca desistir


Enquanto o relógio aponta
E a vida corre pelas veias
Conta, reconta tempo e não desconta
Cem anos ou meia hora e meia

 

(Petronio)
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Dias sem sol

O dia amanhece
Com cara de poucos amigos
E nem o sol aparece
Faz tempo que o céu
Perdeu o ar da graça
Nem mesmo a vida que passa
Parece não fazer mais sentido

E quanto tempo faz
Que o sol já não me aquece
Eu já nem me importo mais...
Ele sabe que os desejos
Sucumbem todos sem a luz
Assim como todos os sonhos
Se não avistam mais o céu

Por que será que não há
Tanto sol nos meus dias
Que possam me fazer feliz
Será porque não há
Tanto céu nos meus dias
Que possam fazer o sol brilhar

O dia amanhece
Com cara de poucos amigos
Ou simplesmente sou eu que amanheço
Com cara de pouco sol

Eu preciso me encontrar...
Eu preciso me encontrar...

 

(Petronio)

 

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Cristina

O sorriso da menina me levou
Ate Cristina
Um sonho que o tempo deixou
Em cada esquina

Das ruas por onde eu passo
A procurar por nós
Na inquietude das vitrines
Ouço sua voz

Nem mesmo aquele ar ingênuo
Se desfez com o tempo
Seus olhos passando por mim
Leem meus pensamentos

Cristina! Cristina!
Tereza Cristina!

Na mesma rua ela passa
E sorrindo me acena
Seus olhos me causam embaraço
Sua pele morena

Radiante sob a luz do sol
Sorrindo para mim
Por todo canto, em cada esquina
Tereza Cristina 
Um sonho sem fim

Cristina! Cristina!
Tereza Cristina!

 

(Petronio)

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E Agora?

Agora, qualquer coisa que eu faça
Não tem cor, cheiro ou graça
Porque tudo envelheceu
E qualquer coisa que me diz respeito
Vejo  nela mil defeitos
Sim! O tempo corroeu
O ar da minha graça tão sem graça
Por onde a minha vida passa
A muito que já morreu
Viva a perambular pelos meus sonhos
Os mesmos que eu suponho
Serem agora todos teus
De outros ainda meus

E qualquer coisa
Que eu acredite
Haverá sim quem duvide
Pois tudo é questão de eu
E se eu cuspo a sapiência dos meus frutos
Creio ser absoluto
Já que o tempo me acolheu
E se brinco com as alucinações
No meu parque de diversões
Ninguem sabe o que aconteceu
Da corda bamba e do trapezista
Restou o palhaço alquimista
E a arte que a vida tolheu
Depois do chá das cinco que eu tomei
Da erva de um mato que eu plantei

E agora?

 

(Petronio)

 

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Ela Judia de Mim

(Rockabilly Song)

Quando eu olho pra ela
O que sinto eu não sei explicar
Meu coração bate mais forte
Não consigo nem falar

Ela sabe mas nem me da bola
E eu fico de bobeira olhando pra ela
Na cantina ou no pátio da escola
Todos sabem que eu sou amarrado nela

Ela judia de mim
Ela me faz sofrer
Só porque ando de Táxi-sola
Ela enche minha bola
Depois finge que não me vê

E quando chega o Domingo
Meu Deus que sufoco...
Tenho que fingir
Que não vejo ela na garupa
Da moto do boy
Sorrindo pra mim

Ah! Ela judia de mim
Ela me faz sofrer
Só porque ando de Táxi-sola
Ela enche minha bola
Depois finge que não me vê

 

(Petronio)

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Depois do Treino

PRIIIIIII!!!!!
Abrem-se as cortinas
No apito do juiz
Pelo relógio do tempo
O jogo vai começar
O jeito agora
É remexer bem os quadris
E procurar ser feliz
Sem dar chance pro azar

Não tem gandula
Nem mesmo substitutos
A vida vai aplaudir
Quem de fato mostrar talento
Pois nesse jogo aqui  
Não tem colher de chá
E muito menos tem o VAR
Pro tira-teima no intento

Pois é seu Zé
O jogo aqui não é mole não
Seja no pé ou na mão
O jeito é buscar seu espaço
Porque no jogo
A vida do jogador
Sabe que é só pelo gol
Que ele corre pro abraço

 

(Petronio)

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DO BARRO DE DEUS

O que foi feito do barro
Brinquedo de criança
Moldado pelo escarro
E polido à semelhança
De Deus

Que retorna para o barro
Emoldurada lembrança
Sob as flores do jarro
Logradas à redundância
Do adeus

Eu barro só pelo barro
O barro da esperança
Que vivera de reparos 
Espasmos e inconstâncias
Do Eu

Que fui criado do barro
O da infância de Deus
?

 

(Petronio)

 

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Amor Nunca é Demais

O dia inteiro eu passo pensando em você
E vivo a pensar e o que eu penso não é pouco
O que fazer eu não sei e prefiro nem saber
É melhor pensar do que não pensar e ficar louco

Penso que amar nunca é demais
Depois amar que mal nos faz
Eu me pergunto: E quem de amor carece?
Se um amor demais de tão contente
Ébrio de amor se faz paciente
Então lhe digo: Sofrer de amor ninguém merece

Você me faz feliz e o que mais posso querer
Pode até ser ruim mas eu preciso de você
Ouço dizer que o amor às vezes causa dependência
Mas eu não sei se saberia viver na sua ausência

Depois amar que mal nos faz
Que dele a gente apenas se contente
E se esse amor nos faz feliz
Melhor assim, peçamos bis
E que ele viva pleno em nós sempre presente

Você me faz feliz e o que mais posso querer
Viver assim é bom demais como é tão bom viver
AMO VOCÊ!

(Petronio)

 

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De Saudade

Não há dor que doa mais
Do que a dor de uma saudade
Já que quem parte nos fica
Parte inteira de metade

Uiva cachorro sem dono
No peito é dor que invade
Respira o ar o abandono
Que na carne sangra e arde

E se arvora de fora pra dentro
Remoe e aos poucos devora
O élo vital que é o centro
Que sai de dentro pra fora

Ah, vida
Que em morte nos consola...
 
 
(Petronio)
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Açude de Mágoas

Sentado só ao pé da escada
Olhando o fim da longa estrada
Nessa distância me deixo levar
A tropeçar por sonhos de uma vida inteira
De tantos já cobertos pela poeira
Ante a relutância do meu lugar

Que reluz em minhas mãos como cristal
Nesse sol que vem pra me contar coisas da capital

Que pede pr'eu deixar pra traz o meu sorriso
Já que o coração nas mãos será bem mais preciso
Eis que seu sorriso, guardo no bornal
A luz que irá nortear meus passos na cidade
Onde o sol vem derramar a sua claridade
Sobre o pó das mãos, com gosto do sal

Nesse sol que virá me contar coisas do meu lugar
Que reluz em minhas mãos a me guiar

Sobre o asfalto quente
Onde há um espelho d’água
De imagens insanas e léguas tiranas
Meu açude de mágoas

 

(Petronio)

 

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Papai Noel Esqueceu de Mim

Eu passei a noite olhando pro céu
Esperei e nada de Papai Noel
Será que o velhinho me tirou da lista
Ou é só porque moro no Itaim Paulista

Fiquei chateado com sua ausência
Será que ele foi vitima de violência
Ou, talvez eu seja mesmo azarado
Ainda não ganhei o do ano passado

Meu pai já me disse que ele foi roubado
Uns dizem que não, que caiu do telhado
Depois, Papai Noel de pobre só anda a pé
E achar que barraco aqui tem chaminé

Pois é, o bom velhinho esqueceu de mim
E nem era tão caro o que eu lhe pedi
No entanto eu não vejo ninguém se queixar
Crianças pulando pra lá e pra cá

O filho do Ademar tá andando de Bike
Ganhou um celular e vive no Control Strike
Se a mãe passa fora e o pai... Sabe Deus!
Saberá Deus na certa o que aconteceu

Com o Papai Noel que me tirou da lista
Talvez porque eu more no Itaim Paulista
Enfim, que Deus lhe de muita saúde e sorte
E FELIZ ANO NOVO pra todos no Pólo Norte...

Papai Noel! O Itaim fica na Zona Leste
Se não coube no saco manda pelo Sedex
Senão, em 2020 eu faço um puta escarcéu
Saio do Itaim Paulista e volto pra São Miguel

Boas festas Papai Noel...Uurrghhh!!!

(Petronio)

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O Jogo da Vida

A vida é curta
Bem curta
Por isso curta
Tudo o que a vida lhe der
E no faz de conta
Conta e reconta...
E conte com a vida pelo que a vida é

E sem tempo pra sabermos
O que é bom ou ruim
Melhor mesmo é ser feliz
Pois no imenso tabuleiro
Você faz parte de um jogo
Onde vencer é o detalhe
Que faz do jogador
Merecedor dos aplausos

Nota:  Não há empate
Já que o jogo da vida
É o jogo de um só...
É cada um por si
Deus com todos a sorrir
E que vença o melhor...

 

(Petronio)

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Corda Bamba

Eu não sou ciumento
E cuido demais
De tudo o que é meu
Por uma questão de zelo

E pelo bom senso
O que não me atrai
É tirar o que é seu
Pelo medo de não tê-lo

Digo cem por cento
Que uma mulher não trai
Apenas troca, não mais
Pelo fato de não mais tê-lo

O que nao me faz isento
Quando me ausento, de fato
Antes ou durante o ato
Pelo simples fato de sabê-lo

Não obstante, perdê-lo...
 
 
(Petronio)
 
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Cinzas

Algo que não se decifra
Ou que tão pouco se entenda
Como eu no hoje
Que a muito já morri
Restando cinzas apenas
Do ontem que há em mim

E das cinzas que me moldam
Que outros olhos contemplem
E apenas se contentem

Algo que não se decifra
Ou que tão pouco se entenda
Chama que sou
No outro a me queimar
No Amanhã que a mim vem
Se alguém vier me contar

Contando o que me faz vivo
Pelo que se faz decifrar
Nas cinzas que o tempo molda
Nos olhos que me contemplam
E que de mim se contentam
Jáz... Luz que o tempo exuma.
 
 
(Petronio)
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Ágata

Os olhos de Ágata
Me seguem por onde quer que eu vá
Aveludada gata
Buscando meu colo para se deitar

São tantos mistérios envoltos de enredos
Não me leva a serio, ronrona segredos
Suspira baixinho vem se aconchegando
No cio de mansinho vem me desejando

Ah, o corpo de Ágata
Se aninha em meu colo e eu me deleito
Oh, gata, me mata
Me crava as unhas e arranha-me o peito 

Assim,  não insisto.e não há como refutar
Ágata tem seus instintos e anseios de gata
O que faz de mim... Seu gato vira-lata
O gato de Ágata...

 

(Petronio)

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Feijão com Arroz

Amar, como eu te amo
Ninguém, mais amarei
E por te amar tanto assim
Só tenho olhos pra ti

Amar, só mesmo a dois
É igual feijão com arroz
Se faltar um na certa
Nada mais se completa

E deixa de ser festa
E sendo assim, não presta
Que amor não é quantidade
Amor é dualidade

E amar como eu te amo
Quem irá amar, não sei
Só sei que igual a nós dois
Só mesmo feijão com arroz

Pois, se faltar um na certa
Nada mais se completa
Porque juntos somos mais
E juntos somos bis
E nunca seremos demais
O que deixará o amor assim
Sempre feliz!
 
 
(Petronio)
Saiba mais…

Alegria de Quintal

Tão felizes nossos filhos lá fora
Brincam e você implica
O barulho eu sei, é demais
Não é só um que brinca

Irritada você briga comigo
Querendo que eu tome uma decisão
Que eu leve as crianças pra rua
Deixe de castigo ou ligue a televisão

No entanto acostumado com isso
Então me espreguiço e fico a sorrir
Querida, deixe as crianças brincarem
Porque logo mais elas irão dormir

Depois a infância é tão passageira
Que as vezes eu penso se ela é real
Vamos deixar nossas crianças brincarem
Enquanto ainda houver para elas um quintal
 
Vamos deixar querida,  elas brincarem
Enquanto ainda houver para elas um quintal...
 
 
(Petronio)
 
Saiba mais…
CPP