Crônica — Café Da Manhã Na Cama

Café Da Manhã Na Cama

— kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

— Juão Karapuça! Está maluco?

— Não, professor, esse é meu grito de guerra!

Estou feliz, isso porque, tive uma noite de amor mega, power, super.

E estou louco para falar sobre esse tema kkkkkk.

— Pronto Karapuça. Descarregue toda sua energia sexual e poética.

— Mestre, obrigado por mais essa oportunidade, mas era uma manhã de domingo, e o sol tímido entrava pela janela, iluminando a alcova com uma luz suave. 

Já era de certa forma esperado que o poético Lapisito aparecesse com um café da manhã na cama, uma tradição que se repetia com o passar dos anos. 

Entretanto, naquela manhã, havia algo de diferente no ar, uma dualidade sutil entre o conforto da rotina e a sensação de que algo precisava ser ressignificado.

"Bom dia!"

Eclamou nosso personagem quase sussurrando, colocando a bandeja ao lado da poetisa Borrachita. 

"Eu estava justamente lendo o teu livro favorito, e pensei que poderíamos solfejar juntos a melodia dessas palavras, como fazemos com o nosso amor."

Borrachita sorriu, mas havia uma leve suspeição em seu olhar. 

"Lapisito meu amor, não é algo trivial para mim quando trazes café na cama, mas hoje... hoje sinto que há questões pontuais a serem discutidas."

Lapisito, com um sorriso lacônico, respondeu: 

"Obviamente, minha querida Borrachita, há uma dualidade entre a leveza deste momento e o peso das palavras não ditas. O amor, assim como este café, é tanto epidérmico quanto profundo. É uma compulsão que nos move, mas também, algo que precisa ser coeso e conciso."

Borrachita suspirou, lembrando-se de como o sonho e o amor não envelhecem, apesar das celeumas que a vida lhes imputou.

 "Lapisito, contextualizando nossa jornada, percebo que o que temos é imutável, mas precisa ser constantemente ressignificado. É inconcebível que sigamos sem enfrentar as questões que se escondem sob a superfície. Já era esperado que, em algum momento, teríamos que contrapor o conforto da rotina com a necessidade de renovação."

Lapisito, com uma expressão ostensiva de ternura, respondeu: 

"Borrachita, fazemos apologia ao amor, mas não podemos ignorar que ele, assim como nós, precisa de alvíssaras para se renovar. Duas almas machucadas pela vida, como as nossas, precisam não apenas de momentos emblemáticos como este, mas de sinceridade e compreensão."

Borrachita olhou para o café, para a bandeja e para seu amado, e sentiu uma suspensão no ar, um momento em que o tempo parecia parar. 

"Lapisito, meu amor talvez o que precisamos seja justamente ressignificar esses momentos, olhar para eles não como rituais imutáveis, mas como oportunidades de crescimento. E talvez, por isso, esta manhã tenha sido tão especial. Não pelo café em si, mas pelo que ele representa."

Lapisito sorriu, percebendo que Borrachita (a sua paixão) tinha razão. 

"Então Borrachita paixão da minha vida, façamos disso mais que uma rotina. Que seja um símbolo de como, ao nos contrapor às nossas próprias expectativas, podemos encontrar novas formas de amar."

E assim, com um brinde ao café da manhã na cama, eles celebraram não apenas o amor que nunca envelhece, mas a capacidade de ressignificar o que parecia inconcebível.

Fim!

E aí professor? Mandei bem?

— Digamos que sim, Juão Karapuça.

Que nosso querido 

— Deus —

 nos abençoe ricamente.

#JoaoCarreiraPoeta. — 01/09/2024. — 9h

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Dr. Carreira Coach

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Comentários

  • Gestores

    Que Deus nos abençoe ricamente.

  • Texto com criatividade e muita imaginção.Delicioso !!

    Bem haja poeta amigo

    FC

    • Obrigado poeta Frederico pela visita e apreciação.

  • Genial sua criatividade. Esses personagens se tornaram queridos dos leitores do site. Parabens

    • Que bom. Eu e eles agradecemos do fundo do coração. Bjus.

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