🎶Da Vinci: Pinceladas de Eternidade!🎶
Na alvorada de um 15 de abril de 1452, em Anchiano — vilarejo toscano que repousa como um sussurro entre os peitoris das colinas florentinas — nasceu Leonardo da Vinci, um bastardo do destino, filho de um notário e de uma camponesa. Era um menino com olhos de estrela e ouvidos de silêncio, que pressentia — nas frestas do mundo — a música invisível da criação.
Ainda jovem, sua alma foi acolhida por Verrocchio, onde a arte não era ensinada em dogmas, mas capitaneada por silêncios lúcidos e gestos enfáticos. E ali, entre tintas e argilas, nasceu um olhar que jamais se contentaria com o óbvio. Da Vinci não pintava o visível; pintava o que o mundo ocultava, como um lábaro secreto que tremula entre os véus do real.
Em A Última Ceia, os apóstolos tartamudeiam emoções — e suas mãos parecem plasmáticas, quase em movimento, como se o instante ali se recusasse a fenecer. Já Mona Lisa não sorri: ela guarda no flanco do olhar o segredo das eras — uma dicção entre o desejo e o mistério, como se sua boca lesse pensamentos.
Obcecado pelo detalhe, esmiuçava nervos e veias com a devoção de um histologista poético, como se a anatomia fosse apenas mais um idioma do belo. Seus cadernos, um lúdico conluio entre o empírico e o visionário, revelam a proficiência de quem ousou teorizar o voo das aves, reinventar pontes e poetizar a água.
Viveu entre Florença, Milão, Roma e, por fim, Amboise — França — onde expirou seu último sonho em 2 de maio de 1519. Morreu? Não. Apenas poisou na eternidade como quem assina o céu com pinceladas de luz.
"E por fim, Leonardo nos ensinou que a genialidade não grita — ela sussurra. Não nasce no ápice, mas no detalhe exacerbado, onde o coração, mesmo contido, recrudesce. Pintar é escutar com os olhos, e viver... é não banalizar o espanto.
Fim!
Que nosso querido —— Deus —— abençoe sua vida ricamente, um forte abraço!
P.S.: Estes versos e devaneios, banhados de sol e memória, nasceram da pena sensível de João Carreira — o poeta do tempo e da ternura. Cada palavra é sua, cada silêncio, um eco da alma que escreve com o coração.
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#JoaoCarreiraPoeta. —— 20/06/2025. —— 11h26min —— 0714 ——.
Comentários
Uma linda memória a renomes que parecem além dos mitos, Leonardo da Vinci, uma crônica de cosmos de pinceladas luminosas ou algo assim diferente de ler. Abraços!
Caro poeta, estas suas crônicas, além de amenas, ilustram: “A genialidade não grita”.
Meus sinceros parabéns e um forte abraço!
Da Vinci: Pinceladas de Eternidade!
Que lindeza de texto,João!
Eu amei cada linha e te aplaudo de pé!
Abraço apertadinho de sempre