Mote: O Assunto Que Move Mundos.
— Juão Karapuça boa tarde, eu confesso que sempre achei um “Zé Ninguém” esse senhor.
Mote, na minha percepção, era um nada do tudo que nunca existiu, mas o camarada é bem interessante.
“Mote pode ser um tema, um assunto, temático, argumento, matéria, lema, epígrafe, motejo…”
— Mestre, boa tarde! Ele é muito interessante sim:
O mote é uma figura de linguagem muito utilizada na poesia e na literatura em geral.
Trata-se de uma frase curta, concisa e impactante, que resume ou expressa de forma intensa uma ideia, um sentimento ou uma situação.
Esse temático pode ser utilizado como título de um poema ou como uma espécie de epígrafe, que antecede o texto e o introduz.
— Está bem, Juão, eu não sou criança, mas gostaria de ouvir uma fábula:
— O amado mestre é que manda.
“Houve um tempo em que o
“mote”
era só um ponto de partida, algo aparentemente singelo, mas inexpugnável para aqueles que o abraçavam com fervor.
Era o impulso, a essência da ideia que, transladada ao papel, ressignificava o mais banal em algo magnânimo.
Entre estereótipos e idiossincrasias,
os escritores viam no mote uma preeminência mágica, quase inescrutável.
Um dia, Ricardão, jactancioso aspirante a poeta, decidiu encontrar o mote perfeito.
Sua busca, entretanto, era peculiar:
Ele queria algo que “monetizasse” o que escrevia, algo com apelo.
Enquanto isso, seus amigos, parcimoniosos artífices da palavra, o olhavam com sutil indulgência.
“Poesia não se vende, Ricardão poeta”.
Diziam, embora ele, determinado, rebuscasse as ideias pueris como quem busca primaveris inspirações.
Foi numa dessas tratativas que uma epifania o atravessou:
Talvez o mote não precisasse ser algo perfeito ou homogêneo, mas algo que simplesmente tocasse.
No entanto, foi ao escrever sobre seus próprios devaneios e ambições que ele encontrou o que tanto procurava.
O mote, afinal, é o que diferencia o “sentido” de um “sentimento”.
Não era preciso teorizar além:
Bastava o simples, pois nele reside a beleza.
“Finalizando, professor, o mote perfeito é aquele que transforma o banal em essencial. Um bom exemplo é o famoso título 'O amor é um fogo que arde sem se ver' de Fernando Pessoa!'"
— Está aí, Juão, hoje eu vejo esse tal de mote de um jeito bem diferente. Parabéns para nós.
E para você que nos leu, um forte abraço. Rogo que
— Deus —
te abençoe ricamente, tu e tua casa.
Um forte abraço.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. — 05/11/2024. — 19h — 0497 —.
Comentários
Primorosa sua aula de hoje. Parabens, caro poeta. Boa noite e um grande abraço
Sinceramente, você é incrível em tudo! Seus comentários me elevam nas alturas. Gratidão pelo carinho.