— Olá mestre, boa tarde! Eu já estava fenecendo de saudades desse nosso bate-goela!
— Boa tarde, meu bom e auspicioso jovem Juão Karapuça! Eu também estava com saudades de nossos contos e crônicas!
— Professor, não podemos ficar tanto tempo sem nossas crônicas! Pois,
"aquele que não tem dinheiro, conta histórias!"
— Sim, Juão, e é por isso que você e eu estamos aqui.
— Sim, mestre, assunta só a história que vou contar:
"Na quietude da noite da Patagônia, Tião, um poeta de alma errante, rabiscava versos à luz bruxuleante do lampião.
Do outro lado do Vale Encantado, a meiga e sensual poetisa Ciducha, sua dileta inspiração,
repousava sobre lençóis perfumados de jasmim,
sem saber que cada palavra nascida do coração de Tião poeta carregava seu nome em segredo.
A brisa farfalhava pelas cortinas,
como se quisesse pontuar a melodia silenciosa dos sentimentos inconfessos.
Tião poeta, flexuoso entre a razão e o delírio, tartamudeava rimas,
buscando no relicário da memória os instantes em que o olhar de Ciducha lhe parecera inelutável,
transcendendo o tempo e o espaço.
Ele solfejava seus versos como quem tenta domar um destino caprichoso,
persuadindo a noite a lhe revelar se ainda havia esperança.
No entanto, porquanto a saudade fosse profícua, tampouco era precípuo o retorno.
Haja visto que o amor, às vezes, é um fricativo sussurro do passado, tão plurivalente quanto fugaz.
Entretanto, a poesia tinha proficiência:
Fazia com que Tião, poeta, empírico e inefável, encontrasse na ausência de sua amada Ciducha um ápice de inspiração.
O dogma da saudade se dissolvia em matizes líricos.
Portanto, como todo poeta, ele entendia que, o amor verdadeiro, mesmo silente, jamais fenecia.
"Afinal, o tempo pode separar os corpos, mas nunca os versos escritos com o coração."
Fim!
— Juão Karapuça, você é como um bom vinho, quanto mais o tempo passa, melhor você fica!
Parabéns para nós, isto porque, ficou ótimo o conto!
Espero que você que leu, estava com saudades e tenha gostado desta crônica, portanto, que nosso querido
—— Deus ——
te abençoe ricamente tu e tua casa. Um forte abraço.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 07/02/2025. —— 12h27min —— 0598 ——.
Comentários
Joãoooooooooooooooo!
Estou me sentindo a "rainha da cocada" a "Julieta do Romeu" a" Ciducha que é uma pretensa poeta" etc
Virei eu uma personagem do Juão Karapuça?
Que glória!
Vai direto para a história!
Meu abraço mais apertadinho hoje...
Ciducha (SE ACHANDO RS)
Uma beleza de canção Romeu and Juliet e que orquestra!!!
Uma belíssima crônica onde temos um encadeamento de versos em cultas palavras...As palavras dizem muito!!!
O personagem Juão Karapuça é sensacional.
Ele viaja na inspiração de um Poeta Tião que na inspiração de uma musa a nossa estimada Poetisa Ciducha e viaja em um dogma da saudade de um amor verdadeiro.....
" Afinal , o tempo pode separar os corpos, mas nunca os escritos com o coração "
Um desfecho expressivo para o propósito do Poeta Juåo.
Quem será este personagem poeta Juão?
Não importa , o que temos é uma belíssima crônica poética.
Parabéns amigo Poeta João Carreira.
" aquele que não tem dinheiro, conta história." verso popular de excelente enquadramento no texto.
Abraços fraternos prezado Poeta João Carreira
Bom dia!!!
Mestre e poeta Antonio!
É uma delícia sentir a sensual noite fenecer
com o alvorecer de um novo dia!
E aqui tenho nova chance de ser grato
por tamanha honraria ao ler esta tua linda e gentil apreciação,
bem como, deleitar-me,
quase que sempre na ambrosia de sua arte de escrever.
Um forte abraço, meu querido amigo!
#JoaoCarreiraPoeta.
Nossos comentários e avaliações são verdadeiras.
E você Poeta tem méritos e é merecido
Abraços fraternos prezado Poeta João Carreira
Obrigado de coração! #JoaoCarreiraPoeta.