Tampouco — A Arte da Ausência Presente.
— Tião poeta, bom dia, eu lhe chamei por dois motivos primeiro:
Você deve ter ficado rico, pois virou fumaça, ou seja, sumiu! Segundo: Juão Karapuça e Márcia estão se amando em Paris e, preciso descrever um vocábulo bem interessante. Topas?
— Decerto que sim, professor, esse cara é da família dos advérbios e tem alguns sinônimos como:
“Não, nem, sequer, também não…”
Exemplo: “Não gosto de laranja, tampouco de limão.”
— Beleza, Tião, vejo que não perdeu a prática.
E na poesia?
— Mestre, “Tampouco" é mais do que uma palavra:
É uma dança de negações que se unem,
côncavo e convexo, para construir o vazio onde antes parecia haver algo.
É a âncora de uma retórica sutil,
que espicaça o raciocínio e enaltece a beleza dos detalhes menos óbvios.
— Pois bem, Tião, não se trata apenas de refutar, mas de dissipar qualquer pretensão de presença.
Ao mesmo tempo, "Tampouco" ressignifica as perspectivas:
O nada era tudo, e o tudo, então veja, tornava-se nada.
É um artífice da linguagem purista,
construído com morfemas díspares que se harmonizam em uma ode à ausência.
— Sim, professor, é avassalador em sua simplicidade, capaz de cacifar até os argumentos mais sólidos, conferindo-lhes um tom de iminência enigmática.
Desde então, "Tampouco" reverbera em nossas frases como um sussurro poético, um ponto final que não encerra, mas convida à reflexão.
Haja visto que é um vocábulo com dualidade latente, pode parecer contraditório, porém, revela-se imprescindível.
Tanto quanto um espelho côncavo reflete o convexo, "Tampouco" é o eco de uma verdade oculta.
“Afinal, professor, a beleza de ‘Tampouco’ mora nos detalhes: ele não é um vazio, mas uma pausa que ressignifica o todo. Sobretudo, uma negação que afirma o inominável.”
Fim!
— Parabéns Tião pela bela crônica descritiva que acabamos de fazer. Que nosso
— Deus —
abençoe a todos ricamente. Um forte abraço a quem nos lê.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. — 15/11/2024. — 7h — 0513 —.
Comentários
João
magnifico trabalho descritivo e poetico
um abraço
Boa tarde,João. Não dá para ficar sem leituras, Tampouco sem visitar tua página... leitura imperdível. Bom final de semana.