O Paradoxo Do Ser
— Bom dia, meu amado professor!
— Juão Karapuça, você ressuscitou? Achei que tinha perecido, abduzido!
E Márcia, a poeta, ou a poetisa do extraordinário como está?
— Mestre, estamos bem graças e temos histórias de mil e uma noites para contar!
— Eu acredito, mas como quero saber em detalhes, vamos marcar um churrasco, tomar uma excelente Bourbon e comer um belo filé mignon!
— Ok, mestre! Deixa eu analisar esse nosso paradoxo:
Eu acho, se não me falha a memória, que Paradoxo é um substantivo masculino e representa sua família,
que é uma verdadeira contradição, oposição, antagonismo, incoerência, incompatibilidade, essa família é uma eterna incongruência.
Esse vocábulo, professor, simboliza quando a lógica tropeça no ponto cego da minha razão.
É a colisão de minhas ideias que, embora se contradigam, coexistem com uma naturalidade que faz com que a mente teorizante se perca.
Tanto quanto a noite e o dia, é um encontro de extremos que relativiza a certeza e capitania a dúvida. Uma “pena” poética como a minha descreveria isso.
— Juão, agora poetize, pois, há muito tempo, você não poetiza.
Mestre João Carreira poeta, diante da minha felicidade,
o paradoxo é como andar devagar porque já se tive pressa, um arroubo juvenil que, introspectivo, busca o tudo do nada que tenho.
Cada dia na minha agonia,
mas com a certeza de que nenhum dos meus sonhos acabam; ele se transformam.
Proeminente, a vida protagoniza coalizões de sentimentos, onde não dá para separar o que é real dos meus sonhos.
O paradoxo, meu amigo, é o Édipo da alma, onde amar se faz tanto pelo encontro quanto pela distância.
É o meu desejo de igualdade numa sociedade que se diz homogênea,
mas permeada por uma misoginia.
Verbalizar esse conflito é um ato de resiliência,
onde a brasilidade é marcada por emoções intensas e, ao mesmo tempo, discricionárias.
Sorrindo, eu diria meu mestre amado, que é possível perceber que, no fundo, o paradoxo é apenas a vida sendo vida:
Igualitária na sua complexidade, mas caótica na sua simplicidade.
Afinal, quem nunca teorizou sobre o óbvio e se perdeu nele, professor?
— Parabéns, Juão Karapuça, essas mil e uma noites parecem não ter afetado sua sagacidade, sua perspicácia e sua fecundidade.
Não esqueça de nosso churrasco e que nosso querido
— Deus —
abençoe rica e eternamente a ti, a Márcia e a todos que nos lê.
Um forte abraço a todos.
P.S. Juão Karapuça, Marcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. — 19/09/2024. — 17h — 0416 —
Comentários
João
Excelente
Um abraço
Obrigado mestre Davi.
Bacana! Palmas ao João e a Márcia, personagens icônicos na sua página e a ti pela desenvoltura literária. Abraços
O grupo de poetas e poetisas agradecem! Um carinhoso abraço.