Borrifa a luz seus gomos de prantos tão indiscretos
Rabujam entre as tristezas mais absortas e obsoletas
Abocanham a vida lentamente povoando o
Antro de cada lamento ou palavra mais inquieta
Inaugurei o silêncio que pulsa no anfiteatro da vida
Deixando cada detrito da solidão tão desamparada,quase
Derrotada, erguendo os muros desta reclusão derradeira
Onde sei plantaria minha poesia erguida numa
Palavra fiel e tão verdadeira
No leito do tempo adormeci estirado entre os
Lençóis sedosos da saudade que agora expira
Espalmando todas as memórias peneiradas, joeiradas
Num pleno e inconsumível silêncio assim enladeirado
No quiosque das diversões compro cada verso editado
No semanário das mil e muitas ilusões alimentando com
Malicia a noite que se despe nesta estrofe trajada de tantas,
Artilheiras palavras expostas no escaparate da vida
Fecundada num murmúrio costurado com doçura tão matreira
Frederico de Castro
Comentários
É sempre um imenso prazer lê tuas maravilhosas poesias. Um forte abraço poético Poeta Frederico.
Meu querido amigo e grande poeta... Ainda muitas vezes não deixe marcas, -porque não é possivel para mim nesses momentos e circunstancias- sempre lio e sigo a vc... ¡E a todos!
Sua série anterior sobre o silêncio, foi e é espectacular...
E esta que agora comença com a solidão, também.
Uma sorte e grande honra para mim.
Feliz novo ano, com todas as bençoes do mundo.
Beijos-.
Ventos tocados por uma dor que suas rajadas grita o desamor que esta dentro dos olhos, os corações sentem essa insana amargura
Grato amigo pela singela mensagem
Abraço fraterno
FC
Que lindos versos poeta!
eu amei! e aplaudo!
Bjs
Obrigado Ciducha pela sua estima mensagem
Votos de Domingo feliz
FC
Obrigado Marso pela mensagem tão meiga e gentil
Bem haja
FC
Muito cativantes os seus versos amigo FC, meus efusivos aplausos, abraços.