Entre a cegueira e a escuridão

Perdeu-se este silêncio na cegueira de uma
Noite deambulando entre os olhares da
Escuridão mais apetecida
Foi como um apagão na retina das palavras desfocadas pela
Míope ilusão de uma dioptria ilusória acromática e reincida

Por entre os olhares tântricos da escuridão pernoita minha solidão
Incansável desfocando todos os ecos de uma esperneante madrugada
Convalescendo nas brumas daltónicas da manhã chegando irrecusável

Pestaneja todo estéril silêncio moído na fábrica de tantas
Ilusões qual artífice da arte poética engravidando as palavras
Icónicas , fatídicas, frenéticas…hegemónicas

Trago em mim enferma a tristeza que saboreio num cálice
De desejos tão estafermos deixando a noite entregue à macieza
Da luz depenicando cada sussurro contemplado com tamanha ardileza

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Grato amiga pela singela mensagem

    Abraço poético

    FC

  • 3693330?profile=original

  • 3693117?profile=original

    • Obrigado Maria pela linda  e singela mensagem

      Votos de dia em paz

      FC

  • 3693288?profile=RESIZE_1024x1024

    • Obrigado Marso pela carinhosa mensagem

      Bem hajas

      FC

  • Momento sublime de composição, Frederico.

    Parece um momento de recolhimento, onde se pode sentir o silêncio se espalmar no espaço.

    Lindo poema.

    Destacado!

    • Obrigado Edith pela carinhosa e estima mensagem

      Votos de dia em paz

      FC

  • Sentidos medidos pelos olhos que e maseia de algo se manifestando  de dentro do cotidiano,  amurando-se onde o vazio é incapaz de algo fazer,  gemidos da aurora se traduzem pelas sombras que choram os desejo emáticos  

    • Obrigado amigo pelo seu carinho e gentileza

      Bem hajas

      FC

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